A Guerra Dos Opostos

Tudo dá certo, ou quase isso


ALEX POV

Logo depois, chegou nossa vez de ir. Sirius se despediu de nós com um abraço e várias recomendações para que fizéssemos um bom trabalho com a Sapa Velha. Ri com isso. Monstro se despediu de nós também e consegui tirar o pensamento de chutá-lo longe.

Saímos da casa e demos as mãos. Logo, senti a famosa falta de ar quando aparatamos, mas passou de repente.

Abri os olhos e vi a entrada do Ministério da Magia. Não vamos entrar pela cabine telefônica ou algo assim. Já que pretendemos causar o caos, temos que entrar pela porta da frente.

– Pronto Max? – perguntou Justin encarando nosso irmão mais novo. Max assentiu e tirou duas bombas de bosta dos bolsos.

– Boa sorte. – disse Harper e eu concordei.

– É. Vê se sobreviva à parte 1. – disse com um sorriso de deboche no rosto.

– Realmente muito engraçado Alex. – disse Max irônico.

Sai caminhando pelo lado oposto ao dos meus amigos, enquanto Max permanecia na frente do Ministério da Magia, esperando por nosso sinal. Essa hora, provavelmente, Harry, Rony, Hermione e Gina já devem estar disfarçados e iniciando o plano deles.

Chego até a esquina e faço o sinal de positivo, enquanto coloco o capuz da jaqueta. Max pega as bombas e...

CABUM!

Fumaça verde e eu cheiro horrível, se espalha pela rua. Vejo Max sair dali, tossindo e parecendo espantar moscas. Felizmente, ele não vai ficar com um cheiro ruim, já que graças aos gêmeos Santos – amigos meus de longas datas – existe uma proteção para o lançador de Bombas de Bosta. Pena que o Max não é profissional. Existem tantas coisas legais no ramo de marotices...

Enfim, passei correndo e rapidamente, entrei no Ministério da Magia e me escondi atrás de uma fonte, onde está escrita a frase mais ridícula do século: MAGIA É PODER.

Antes que eu possa entender mais alguma coisa, ouço gritos e estampidos. Viro para a porta e vejo Justin e Harper, acertando vários funcionários e comensais da morte – disfarçados de funcionários – que caem no chão ou desviam.

Pego minha varinha e vejo que dois comensais me viram. Realmente ótimo!

– Russo, Russo. Que surpresa. – disse um dos comensais, que identifiquei como Scabior, um seqüestrador. Mas o que raios ele está fazendo aqui? Deveria estar passeando e não no ministério!

– Pena que não posso dizer o mesmo. Defleparde Animalus. – disse acenando com a varinha e pensando em um rato. Logo, o comensal ao lado de Scabior, se transformou em um rato. Legal! Ainda bem que me lembro desse feitiço das aulas de feitiços com meu pai.

– RUSSO! Você vai pagar! – disse Scabior lançando milhões de feitiços na minha direção.

– Infelizmente, não tenho galeões, Scabi. – disse rindo. Scabior ficou mais furioso ainda. Mas um feitiço o atingiu em cheio e ele caiu no chão, inconsciente.

Não entendi. Olhei para todos os lados, confusa ao extremo. Justin estava duelando com dois comensais ao mesmo tempo e Harper, com um grande grupo de mascarados. Max surgiu e começou a duelar com quatro comensais de uma vez. Que me salvou afinal?

Tirei isso da minha cabeça, quando vi o caminho livre. Sai correndo, passando por papéis que voavam em todas as direções e pessoas, que corriam desesperadas, procurando abrigo.

Ouvi mais explosões e desviei de mais feitiços. Escondi-me atrás de uma coluna e respirei. Onde seria a sala da Umbridge? Onde ela está?

Droga, não pensei nesses detalhes. Pego uma faca na jaqueta. É hora de tentar ser esperta e rápida.

Saio correndo e atropelo várias pessoas. Chego aos elevadores e pego um. Este desce chacoalhando e para. Não sei porque estou aqui afinal, mas na sala dela, Umbridge provavelmente não estará então é hora de improvisar.

Caminho para fora do elevador e vejo que estou em um lugar bem sombrio. Silencioso até o extremo e frio o suficiente, para você se sentir congelado por dentro.

Passo para um corredor e então, noto o porque do frio repentino e do medo que me penetra. Dementadores. Vários deles.

Pessoas estão chorando e tremendo, sentadas em um banco do lado de fora de uma sala com uma grande porta. Com um sobressalto, constato que é o nível de julgamentos. Respiro fundo. Aprendi a fazer patronos, não tenho o que temer.

Passo pelos dementadores, quase sentindo como se não pudesse respirar e que o frio, congelasse até mesmo meus pulmões.

Chego na porta da sala de julgamentos. Os dementadores parecem alvoroçados com a minha presença. Decido entrar e ver o que acontece. Abro devagar a grande porta, e escorrego para dentro da sala. Vejo que é grande e em alguns cantos, tem dementadores também.

O teto é alto e desenhado e à frente, vejo quem eu vim procurar: Dolores Joana Umbridge ou como prefiro, Cara de Sapo ou Terror de Rosa.

Ela se diverte. Vejo que é um julgamento para ver se a pessoa é ou não bruxa.

– Você poderia nos dizer de que bruxo ou bruxa você tomou essa varinha? – perguntou ela, com sua voz irritante.

Continuo caminhando, aproveitando que todos mantém a atenção na Umbridge. Aperto minha varinha contra minha mão direita.

Yaxley está sentado ao lado de Dolores e tem um sorriso sarcástico no rosto, como se soubesse o destino da mulher sendo julgada injustamente, e adorasse a idéia. Do outro lado, está uma mulher de cabelos grisalhos, e que parecia bem nervosa. Não sei o porque, mas ela parece não se adaptar àquele lugar.

Ela me fita e arregala os olhos. Com assombro, noto que é Hermione. Não me perguntem como sei disso, mas sei. Faço sinal para que ela fique quieta e continuo caminhando. Tomara que ninguém me note, tomara. Mas todos parecem absortos demais no julgamento para dar atenção a uma garota encapuzada que passa por trás de Yaxley e Umbridge e se senta um pouco longe de sua amiga disfarçada.

O julgamento se segue, e de repente, Hermione faz um comentário muito idiota para Dolores, sobre um medalhão.

– O quê? — rosnou Umbridge, olhando para baixo. — Ah, sim – uma velha herança de família, — ela disse, acariciando o medalhão em seu colo amplo. — O ‘S’ significa Selwyn... Eu sou aparentada com os Selwyns... Na verdade, são poucas as famílias de bruxos com as quais eu não tenho algum parentesco... Uma pena, — ela continuou, numa voz mais alta, folheando o questionário da Sra. Cattermole, é acho que a mulher se chama assim. — que o mesmo não possa ser dito de você. ‘Profissão dos pais: verdureiros’.

Uma raiva passa por mim quando vejo Yaxley rindo. Ele esteve atrás de mim e dos meus irmãos, na “Competição dos Feiticeiros da Família Russo” e naquele mesmo dia, Dumbledore morreu. Eu pego uma das minhas facas mais cruéis.

Umbridge está com a Horcrux. Noto isso, depois de observar bem a situação. Os dementadores estão nos cantos da sala, muito quietos e vejo, que é o patrono da Cara de Sapa que os mantém longe. Levanto repentinamente, mas antes que eu possa fazer qualquer coisa, alguém ao meu lado surge e estupora Umbridge.

Olho para o lado e vejo nada mais nada menos, que Harry Thiago Potter. Yaxley parece confuso, mas quando vê o que está acontecendo é tarde demais.

– Estupefaça! – gritou Harry e o comensal, caiu estatelado no chão.

Pego minha faca e arranco o medalhão de Umbridge. Hermione parece desesperada com o fato da sra.Cattermole, estar em perigo com os dementadores. Harry toma o controle da situação e jogo a horcrux para Hermione, que pega e coloca no bolso interno das vestes.

Ainda estou com minha arma na mão, minha faca pequena e bem afiada. Sem dó, nem piedade, a prendo nas costas de Dolores Umbridge, perfurando-a. Arranco a faca do lugar e vejo que o sangue jorra.

– Isso foi pelos meus pais, Cara de Sapo. – disse com raiva.

– ALEX! – gritou Harry me chamando. Viro e vejo os dementadores, bem próximos de mim.

Antes que Harry queira me salvar, pego minha varinha e grito:

– Expecto Patronum! – gritei e pela primeira vez, vi que o animal era uma corça, não uma onça como sempre fora. Os dementadores recuaram e encarei Harry, desnorteada. Então, entendi tudo em um piscar de olhos. O patrono dele é um cervo e qual é a fêmea do cervo? Droga, droga, droga. Por que pelas calças de Merlim, os patronos têm que mostrar seus sentimentos?

Vi que Harry parece surpreso. Resolvo tentar fazer algo para sair de perto dele. Lembro de Justin, Max e Harper lá em cima.

– Vamos. Temos que encontrar Rony e Gina. – disse Hermione aflita. A sra.Cattermole, parece surpresa e confusa, mas nos segue quando saímos da Sala dos Julgamentos, que vai ser encontrada pelos funcionários horas mais tarde, totalmente destruída.

Chegamos até os elevadores e os dementadores, nos perseguem. Entramos e quando as criaturas tentam nos alcançar pelas grades, Harry produz mais patronos. Ele se vira para mim e por incrível que pareça, sorri. Retribuo o sorriso, bem nervosa. Estamos bem próximos quando as grades se abrem.

Saímos para o saguão, correndo. O que eu estava pensando no elevador? Harry e eu não vamos ficar juntos e ponto. Ele também parece repensar nas suas atitudes quando estávamos lá dentro.

Encontro Justin, Harper, Max e Gina. A ruiva parece desnorteada e agarra a mão de Max rapidamente. Eles estão cercados por comensais. Ainda correndo, pego duas facas. Atiro uma delas que perfura os miolos de um dos comensais da morte, que explode em cinzas.

Os outros se viram para nós e vi Rony chegando como o sr.Cathermolle. Como sei que é meu amigo atrapalhado? Porque ele está atrapalhado.

A sra.Cathermolle parece feliz por um momento. Harry estupora milhares de comensais que caem no chão. Os outros são funcionários que abrem espaço para nós.

Rony nos segue correndo. Ele está voltando ao normal. A sra.Cattermolle para de nos seguir por um momento, e vejo que é porque o verdadeiro sr.Cathermolle surgiu. Os dois se abraçam e seguem com os outros trouxas fugitivos, para uma das lareiras.

Continuamos correndo, fugindo de Yaxley. Harry agarra minha mão e por um minuto, sem pensar, sabendo que vou me arrepender depois, retribuo o aperto.

Chegamos à lareira e entramos em um salto. Tudo gira e caímos em um banheiro. Yaxley sai de um boxe e Hermione, assume a aparatação.

Sinto a falta de ar e continuo agarrada à mão de Harry. Mas de repente, vejo que algo não está certo. O meu olhar bate no Largo Grimmauld número 12, mas quando acho que vamos entrar, tudo gira de novo e caio em um chão, nada macio.

Viro e vejo árvores. Ergo-me nos cotovelos e vejo Harry jogado um pouco mais distante de mim e logo ao meu lado, estão Max e Gina, um em cima do outro. Eles se separam rapidamente, bem confusos e constrangidos.
Harper e Justin estão de pé, fazendo feitiços de proteção em torno de nós. Hermione está ajoelhada ao lado de Rony e ao me aproximar dos dois, com os cabelos bagunçados, roupas totalmente sujas e minha varinha na mão, tenho náuseas por ver que nada parece bem. Rony estrunchou.