Lua de sangue: segunda noite (parte final)

Ao ver a cena Tim gritou incrédulo, Suzanne o segurou para que ele não se aproximasse de Valerie, pois Damon o mataria. Damon, por sua vez, abriu os braços e deixou com que ela caísse no chão, ele segurou a tesoura para que ela não perfurasse ainda mais, mas o ferimento já estava profundo.

- O que você fez garota tola? – Damon esbravejou – Você matou meu filho!

Valerie estava mergulhada na dor, ela não estava consciente da besteira que acabara de fazer, ela já estava fraca e a perda de todo aquele sangue a mataria definitivamente. Tudo o que ela podia ver era o vermelho do céu, ela queria que fosse a ultima vez a ver o céu, pois ela preferia isso a viver ao lado de Damon e dar um filho a ele.

- Se morrer é o que você quer... Então você não vai conseguir! – Damon estava furioso com aquela atitude, pois aquele seria o filho que ele perdera de Helena, e Valerie não tinha o direito de tirar isso dele.

Damon mordeu novamente seu punho, deixando seu sangue escorrer pelo seu braço, Suzanne e Tim assistiam a tudo, ele implorava para que ela fizesse ago para parar Damon, mas ela tinha medo que Tim fosse o preço a pagar por salvar Valerie. Suzanne agarrou Tim pelos braços e o levou para dentro da mansão, ela não permitiria que ele assistisse a tudo.

- Abra a boca! – Damon ordenou furioso – Abra sua maldita boca!

Valerie tentava de todas as formas, não deixar que o sangue de Damon tocasse seus lábios, ela lutava para que a morte a levasse antes disso, pois dessa maneira a vingança da Damon nunca aconteceria e ela jamais se tornaria um monstro como ele.

Ao tentar fazê-la engolir seu sangue, Damon não percebeu a chegada de seus inimigos. Henry atacou Damon violentamente, o tirando de cima de Valerie, ambos caíram dentro da fonte de água cristalina que enfeitava o jardim, toda a água foi jogada para fora. Assim que Henry atacou Damon deixando Valerie livre, Peter em sua forma de lobo correu ao encontro dela, ele a segurou com a boca e num movimento rápido e forte, a jogou para cima de suas costas, ele correu para fora da mansão em direção a floresta.

- Achei que você quisesse transformá-la, não matá-la! – Henry disse a Damon.

- Por que acha que queria matá-la? – Ele perguntou sarcástico.

Henry viu a tesoura cravada na barriga de Valerie e aquilo despertou sua curiosidade, ele não entendia o porquê Damon faria quilo.

- Eu dei um filho aquela vadia! – Damon o provocou – E a vadia o tirou de mim!

Henry ficou enfurecido com o que ouvira, jamais ele pudera imaginar algo tão horrível, e o fato de Damon tê-la tocado o deixava enojado.

- O que te deixa mais furioso? – Damon continuou a provocá-lo – O fato de eu tê-la engravidado? Ou o fato de você não ter feito isso antes?

Henry o atacou novamente, agora mais brutalmente que antes, seu corpo era cheio de ódio, ele estava disposto a acabar definitivamente com tudo aquilo. Damon revidou a altura, aquela seria uma disputa de gigantes, ambos alvejavam o pescoço, a parte mais frágil de um vampiro.

Num momento Henry se viu encurralado por Damon, que o jogou contra uma dura parede de concreto, Henry podia ouvir o som de seus ossos estralando com a força que Damon fazia para parti-lo, a dor era quase que insuportável, mesmo que para um vampiro. Num movimento rápido, Henry o atingiu com um soco, o jogando para longe, a força de sua mão deslocou a mandíbula de Damon, que não se abalou.

Damon esperou que Henry se aproximasse, para revidar com um forte chute que resultou na quebra de três costelas, Henry demorou a se levantar e Damon se aproveitou deste momento para o atingir com mais golpes. Quando conseguiu se levantar, ele percebeu que seu braço esquerdo havia se deslocado e sua mão direita estava quebrada.

- O que espera? – Damon o provocou o chamando para a luta – Achou que seria tão fácil quanto foi com os recém nascidos? Venha e lute como igual!

Henry sabia que estava perdendo a luta, mas seu orgulho não o deixava parar, ele iria até o fim, mesmo que tudo acabasse com sua morte.

Damon o encurralou novamente, e o segurou contra a parede, e ao ver que Henry já estava sendo vencido, não perdeu a oportunidade de provocá-lo ainda mais.

- Agora entendo o seu interesse e o do lobo por ela. Ela é realmente deliciosa. Já experimentou o sangue dela? Aquele sabor é inesquecível, não é? – Damon queria deixá-lo ainda mais enfurecido, antes de o matar – Não se preocupe, vou cuidar bem dela e do filho que vamos ter!

Damon atingiu seu objetivo, o de deixar Henry cego por tanto ódio, mas para sua infelicidade, Henry usou o ódio a seu favor, juntou todas as forças que tinha, e mesmo com seus ossos quebrados, agarrou a cabeça de Damon firmemente, e com um movimento rápido e brilhante, pulou por cima dele e separou a cabeça de seu corpo, Damon não teve a chance de se proteger.

- isso é por todas as vidas que você destruiu! – Henry disse olhando para a cabeça que estava em suas mãos.

- Você conseguiu! – Suzanne disse ao entrar no jardim – Por um momento achei que estávamos perdidos!

Suzanne correu e o abraçou, aquela fora uma das poucas vezes que Suzanne demonstrou sentimentos, ela apenas o fazia com Tim, em sua intimidade. Tim correu para o jardim, ele olhou para todos os cantos, enquanto Suzanne e Henry armavam a fogueira para destruir os restos de Damon, sem encontrá-la Tim perguntou preocupado:

- Onde está Valerie?