Pulo da minha cama. Estou suando frio. O que houve com aquele sonho? Era diferente. Nos outros eu sempre acordo quando a sombra me ataca. Por que dessa vez eu tive que ver a minha morte? Espere... como eu sabia da minha morte? Porque eu me lembro claramente dos pensamentos da garota, e ela sabia exatamente o que ia acontecer.

Qual o nome da garota? Noto que nunca o ouvi em nenhum de meus sonhos. Não. Uma vez eu o ouvi, no primeiro dessa sequencia de pesadelos. Elizabeth.

Continuo pensando nas perguntas quando meu despertador toca e eu dou um pulo. São 07:20. Eu vou chegar atrasada.

Saio pulando casa afora, depois de me arrumar, e , milagrosamente, chego antes do professor na sala.

Assim que entro, vejo minha melhora amiga, Grace.

Grace é uma pessoa muito bonita, porém ela só usa preto e parece emanar uma aura escura em volta dela. Seus olhos são incrivelmente azuis, mas bem claros, e, depois que você se acosuma com o jeito dela, ela é muito amigável. Não fosse pelas roupas pretas, e por ela andar comigo, não tenho dúvidas de que ela seria a pessoa mais procurada no colégio.

Ela me vê antes que eu me sente e me cumprementa:

– Oi, Lizzy.

– Já falei para você não me chamar de Lizzy, eu odeio esse nome. - Digo.

–Tudo bem. Algo de novo sobre os sonhos?

Eu a coloco à parte do meu sonho dessa noite. Ela parece surpresa por ago que eu contei. Não, o correto seria dizer anciosa.

– Em todos os sonhos, você está apenas como uma observadora, - Isso é verdade, apesar de eu não ter notado. - você tem alguma idéia do por que de você estar como a menina dessa vez?

– Nã...

O professor entra na sala, e eu paro de falar. Eu escuto alguns suspiros das meninas, ele deve ter trazido algum convidado bonito. Não ligo muito para a aula de história, então apenas penso nas perguntas que rodeiam minha mente.

Como Elizabeth sabia que ia morrer? Será que ela já havia passado pela mesma experiência antes. Isso poderia ter acontecido....

Quem é aquele homem que a matou? Ele pode ser alguem que ela conhece. Talvez, muito provavelmente, não.

Como as sobras responderam a ele? Talvez...

– ... certo, senhorita Lizzy? - O professor pergunta, pelo menos eu acho que é o professor, já que a voz é diferente.

– Hã? - Eu digo, e escuto risadas pela sala.

– A Rainha Vitória já possuia muitos nobres durante o período de 1800, certo, senhorita Lizzy? - Ele repete.

– Desculpe, eu não sei. - Falo. Nunca fui muito boa em história, mas olho pro rosto do professor para ver se ele se desapontou com a minha resposta.

Me assusto com o que vejo.

Olhos incrívelmente azuis, um nariz perfeito, muculoso, barba para fazer, cabelo castanho. Aquele definitivamente não era meu professor de história, que era gordo, feio, tinha cabelos grisalhos e olhos cinza, quase como sem vida.

– Você é Je'Aunt Françoise.