A Garota
Capitulo 19 - Fim
01 MÊS DEPOIS.
Passaram-se um mês desde que minha mãe faleceu, estávamos melhores estou cuidando de duas casas a minha e a do meu pai, ele está mais organizado agora, mas diz que sente falta dos puxões de orelhas que minha mãe dava nele, não vai ser tão fácil esquecer aliás ela é o amor da vida dele, sinto que meu pai nunca mais vai conseguir amar ninguém sem ser a dona Esmeralda. Hoje era o dia do meu casamento, eu estava tão animada... Queria ver o Duda, era meio impossível não se pode ver o noivo antes do casamento diz que dá azar, estou agora no salão de cabeleireiro fazendo o penteado e as unhas, daqui a pouco parto pra maquiagem e por fim o tão esperado casamento. Viviane está comigo, está barrigudinha já e o bebê dela tudo indica que será um homem, Mathias está junto com Eduardo se arrumando, eu não me contenho.
– Amiga calma, vai ter um treco. - Viviane diz, e eu sorrio.
– Não se mexa moça. - a manicure diz.
– Desculpas. - acabo prendendo o riso.
A hora passa voando, quando vejo já é hora de ir pra casa e por o vestido, tomo um banho rápido sem molhar o rosto e o cabelo. Fui pro meu quarto e encontrei Viviane terminando de retocar a maquiagem, ela estava linda vestido de madrinha, era um vestido dourado longo, com alguns detalhes , seu cabelo estava em coque sua maquiagem bem forte de acompanho com um batom vermelho e sua sandália não muito alta era prata, só aparecia o salto não muito grande mesmo, ela me ajudou a vestir o vestido de noiva, ele era branco tomara que caia, tinha um laço nas costas, muito lindo quando fiquei pronta olhei no espelho e meus olhos se encheram de lágrimas.
– Eu estou linda. - digo maravilhada.
– Está sim. - ela diz e seca as lágrimas e me abraça.
– Eu estou tão feliz, as pessoas importantes na minha vida que se foram, adorariam me ver assim. - digo.
– Até o James? - ela pergunta.
– Acho que sim, até o James. - digo suspirando e lembro-me dele.
– Sem lágrimas hoje, isso tudo é felicidade. - ela diz e me abraça novamente.
– Estou pronta. - digo terminando de passar o perfume.
– Então vamos. - ela diz, segura em minhas mãos e desço.
Chego lá embaixo, quando meu pai viu me olhou maravilhado.
– Nunca pensei que levaria a minha filha, no altar. - ele diz com os olhos cheios de lágrimas, eu o abraço.
– Não vamos chorar pai, estou atrasada. - eu digo e dou um sorriso.
– Filha eu te amo e estás linda. - ele diz.
– Obrigada. - sorrio agradecida.
Caminho pro carro e os meus irmãos me esperam, João vai na frente... Logo chegamos a igreja, meu coração bate mais forte, Viviane vai pro seu lugar junto com meus irmãos, cada um tinha um papel ali , as portas se abrem e a valsa nupcial começa a tocar, avisto Duda de longe impaciente, dou um sorriso e começo a entrar com cuidado pra não cair, eu tenho especialidades em cair... Chego á frente meu pai diz ; - Cuida bem dela. - me entrega as mãos de Duda, ajoelhamos e começa a cerimônia, não prestei tanta atenção somente na hora que o padre falou.
– Eduardo Almeida Campos, aceita Beatriz Chaddad como sua legítima esposa, para amá-la e respeita-la todos os dias de sua vida, e ele falou todas aquelas baboseiras.
– Sim. - ele diz e olha pra mim com o sorriso mais lindo.
– Beatriz Chaddad, aceita Eduardo Almeida Campos como seu legítimo esposo- ... E continua falando.
– Sim. - eu digo, tendo certeza.
– Que entre as alianças. - o padre diz , e Leila entra com Ana segurando a aliança, não pude conter a emoção, fitei o teto e voltei a atenção ao ver minha pequena andando.
– Aqui mamãe. - ela diz e me entrega.
Pego uma aliança e coloco no dedo de Eduardo.
– Aqui papai. - ela diz, e Duda pega a aliança e coloca no meu dedo e por fim, sorri.
– Eu os declaro, marido e mulher... Pode beijar a noiva - o padre diz e nos beijamos, vários aplausos, muitos aplausos paramos por falta de fôlego.
– Eu te amo. - digo.
– Eu te amo também. - ele fala e a gente levanta.
Quando saímos me deparo com Bryan com uma arma , apontando pros convidados e quando me vê, abaixa.
– Bryan... - digo assustada.
– Surpresa - ele diz e sorri.
– O que está fazendo aqui? - pergunto.
– Vim acabar com a sua felicidade. - ele diz com os olhos vermelhos.
– Vai embora, Bryan. - eu digo.
– Não antes de matar o Eduardo. - ele diz sorrindo.
– Vai embora. - digo chorando já de nervoso.
– Você é surda? Eu vou matar o Eduardo antes. - ele diz e começa a rir.
– Eu não deixo. - fiquei à frente de Eduardo, ele se aproxima.
– Sai daqui, cara. - Eduardo diz.
– Não vai deixar eu mata-lo? - Bryan pergunta sorrindo.
– NÃO - eu grito.
– Olha o que o amor não faz, vou te levar então. - ele diz e me puxa com tudo, Duda se desespera.
– Solta a Beatriz agora. - Eduardo tenta vir pra cima dele, mas ele aponta uma arma.
– Bryan, me solta, por favor. - eu dizia chorando, estava desesperada.
– Você vai comigo. - Bryan diz, me puxa, sai andando e olha pra trás - Vai atrás dela, príncipe idiota. - ele diz e começa a rir e me leva pra um carro preto todo escuro.
– Me deixa ir embora, por favor. - eu dizia chorando.
– Cala a boca. - ele grita comigo.
– O que você quer de mim? - eu dizia chorando tentando me afastar dele, ele me olha com um sorriso malicioso, ninfomaníaco.
– Me deixa ir embora. - eu disse chorando.
– Suas lágrimas não vão me ganhar, eu te amei Beatriz eu fui um canalha mais te amei, e você se deu pra esse idiota só porque ele era rico, sua interesseira - ele diz e deu um tapa na minha cara.
Paramos em uma rua deserta e pelo jeito ninguém daquele casamento tinha vindo atrás de mim, nem mesmo o Eduardo... Ele me carregou pra dentro de uma casa, por mim agora tanto faz deixe que ele me matasse, Duda não veio atrás de mim, não faço tanta falta, assim.
Chegamos á casa, e ele anda dois cômodos podres e me joga no sofá. - Viu, o seu principezinho meia boca, não veio atrás de você, acorda idiota! - ele me da um tapa.
– Para de me bater Bryan, seu monstro. - eu dizia e ele me deu mais um tapa, ele começou querer por as mãos por baixo do meu vestido, graças a Deus ele era muito cheio de pano e não terminava nunca.
– Essa bosta não acaba! - ele diz irritado e eu permaneço quieta. - Tire-o. - ele ordena.
– Eu não consigo! - eu disse.
– Claro que consegue como colocou? -perguntou ele.
– A dona do vestido que colocou em mim, é serio eu não consigo tirar. - eu dizia chorando.
– Ou você tira, ou você morre... Se vira, não mandei você comprar essa bosta cheia de detalhes. - ele diz cruzando os braços com a arma na mão.
– Eduardo , me deixa ir embora. - eu digo chorando.
– Do que você me chamou? De Eduardo? Sua idiota. - ele disse e cuspiu na minha cara, que nojo, limpei com a barra do vestido.
– Perdoe-me. - eu dizia chorando.
– Perdoa o caralho, eu estou longe de ser aquele idiota. - ele diz nervoso e eu escuto a porta se rompendo com tudo, penso rápido e dou um chute no Bryan jogando sua arma longe, ele segura minha perna e eu caio de costas no chão, sorte... Eu não queria ver mais ninguém morrendo por causa de mim, quando vejo é a policia.
– Solte-a - O policial dizia, minha perna estava doendo.
– Me solta Bryan, você está me machucando. - digo.
– Nem que me matem. - Bryan diz.
– Pegue a arma! - O policial mandou o outro, que pegou.
– Me solta Bryan, você vai quebrar minha perna seu canalha. - comecei a chutá-lo com o salto, sua força estava acabando.
Tentei virar, mas seria perigoso pra mim, voltei na mesma posição, o policial estava meio longe de nós e apontava a arma pro Bryan, foi tão rápido... Bryan levantou comigo e colocou uma faca no meu pescoço, me fazendo mais de refém ainda.
– Façam alguma coisa, caralho! - Eduardo dizia irritado.
– Não podemos, ele vai matá-la se tentarmos algo. - O policial dizia.
– Bryan me solta, eu prometo ser sua... Eu sempre te amei. - eu dizia mentindo.
– Não tem nem vergonha na cara. - ele disse e apertou meu pescoço.
Comecei a pensar, eu fiz judô e Jiu-Jitsu e porque estou com medo do Bryan? Com um golpe só posso derrubá-lo... Comecei a pensar em tudo que aprendi, foi quando eu peguei e virei de uma vez só, dei um chute tão forte nele , que ele caiu de costas, peguei a faca da sua mão.
– Sua vadia - ele dizia.
– Cala a boca que quem manda é eu. - eu disse dando tapas em sua cara, de ódio.
– Você não pode me bater! - ele dizia.
– Eu posso, eu vou! - eu chutava seu saco com o salto, e dava na sua cara com as mãos, dei um soco tão forte em seu nariz que ele desmaiou e eu sai correndo rumo a porta, foi quando o policial me viu.
– Cadê ele? - o policial pergunta e me arregala os olhos.
– Desmaiado, por favor, leve-o preso eu não quero mais correr riscos. - eu dizia suando e chorava.
Quando vi Eduardo chorando, corri ao seu encontro ele me olhava e secava uma lágrima, respiro fundo.
– Pensei que nunca mais faria isso. - digo e o beijo, um beijo calmo que perigo... Paramos ele me abraçou.
– Eu te amo, eu te amo e eu te amo. - ele disse.
– Uma cidade... Duas vidas... Uma garota rebelde... um bebê, o suficiente pra dizer que tudo isso mudou a minha vida, o suficiente pra dizer '' Eduardo, eu te amo mais do que a mim mesma''. - eu digo e ele me beija.
Fale com o autor