Guerra Civil e A Fusão

P.O.V. Maxon.

O que começou como um concurso para que eu escolhesse uma esposa, acabou como uma guerra civil.

Fui ver a minha mãe e America estava no quarto com ela. Passando uma espécie de pasta nas suas costas que estavam em carne viva.

—Quem quer que tenha feito isso á minha mãe vai morrer.

—Respeito isso. Mas, não se preocupe ela não está sentindo nada. Coloquei-a para dormir, criei uma ilusão dentro da cabeça dela, como um sonho.

—Obrigado. Por nos salvar, por cuidar dela.

Vendo a minha mãe ferida e deitada naquela cama, saber que o lugar onde eu nasci, vivi e cresci havia sido destruído e que o meu pai estava morto me deixou realmente magoado e furioso.

—Sinto muito pelo o seu pai. Ele era um idiota, maluco, mas ele era o seu pai.

—Obrigado, eu suponho.

—De nada. Isso não é o fim, depois de anos de negligência e o diabo da droga controladora da mente, o povo chegou ao limite. Enquanto você viver, a Resistência nunca vai parar de vir atrás de você. Aspen, nunca vai parar de vir atrás de você.

—Por sua causa?

—Também. Mas, ele foi afetado pela droga. Aquela coisa o forçou a atirar na própria mãe. Ele matou a mãe dele por causa daquilo. Como se sentiria se estivesse no lugar dele? Não iria querer vingança?

—É claro.

—O problema com a vingança é que... nunca acaba. Você mata alguns deles, eles matam alguns de vocês. E continua. Olho por olho e o mundo acaba cego.

Ela tocou piano, mas também treinou atirar com arco e flecha.

—Você é arqueira?

—Meu pai me ensinou. Contra a vontade da minha mãe, é claro. Arco e flecha, espadas, bestas e até mesmo armas de fogo. Lutar com elas ou sem elas. E agora que minhas memórias estão voltando... eu começo a ver tudo diferente.

A Fusão.

—É isso o que é A Fusão?

—Não sei. Mas, é mais fácil agora. Eu não sou a America ou a Fênix, eu sou as duas ao mesmo tempo.

Ela estava ainda cuidando da minha mãe quando eu ouvi um barulho de motor.

—Eles estão aqui. Fique aqui dentro e cuida da sua mãe.

P.O.V. America.

Havia apenas um e ele se explodiu. Um bombardeiro suicida que feriu muitas pessoas, inclusive Celeste Newsome.

—Oliver, não!

O nobre descabeçado tirou um pedaço de madeira que havia atravessado a coxa de Celeste.

—Me dê a sua camisa. Agora!

Eu fiz um torniquete na perna dela.

—É a longa despedida, deve ter estado no tanque de gasolina.

—Onde aprendeu a fazer isso?

—Você aprende muita coisa quando sai de casa para trabalhar de voluntária. Você. Carregue ele e todos os outros que não conseguem andar para dentro.

—Eu não recebo...

—Agora recebe! Ela está ferida e envenenada! Agora, se mova! Isso é guerra! E quer você goste ou não, independente da sua casta eu tenho conhecimento que você não tem.

Ele obedeceu. Graças á Deus.

—Você. É enfermeira, ajude a cuidar dos feridos. Faça o antídoto para o veneno, na enfermaria tem tudo o que precisa.

Então, chegaram os comboios, veículos militares. Chegaram atirando com armas de fogo.

—Aspen! Aspen! Apareça seu desgraçado!

E ele apareceu. Desceu do veículo armado.

—Onde ele está? Me diga agora e vamos acabar com isso rápido.

—O que aconteceu com você? Essa vingança odiosa... isso não é você.

—Aquela porcaria me fez atirar na minha mãe! Eu passei minha vida toda trabalhando com uma enxada e um machado para bancar os luxos dessa gente!

—Eu entendo. Mas, o que o Rei Clarkson fez não foi culpa do filho ou da mulher dele! Se fizer isso, não será melhor do que o homem que te forçou a matar a sua mãe!

Ficamos a centímetros de distância e ele falou:

—Ou me ajuda ou sai do meu caminho.

Eu respondi:

—Me beija ou me mata.

Então, algo começou a acontecer. Senti a energia mais massiva do que nunca. E aconteceu sem eu nem perceber direito.

P.O.V. Aspen.

Os pés dela não estavam mais no chão. Mas, ela ainda estava andando como se houvesse chão e então... houve essa explosão de energia e a energia formou a imagem duma... Fênix.

Um homem de túnica preta, armado com uma adaga ficou de joelhos.

—Finalmente. A maior honra de minha vida.

Então ela desceu e começou a transformar gente em poeira. Tinha os olhos flamejantes, linhas de energia podiam ser vistas no seu rosto. Como veias.

Quando ela terminou...

—Parem agora! Já chega desta violência!

—Pensei que estivesse do nosso lado.

—Eu estou. Mais do que qualquer um. Eu vejo o que estão fazendo, esperam alguma mudança. Mas, nada vai mudar. Estão sendo usados. Os fracos sempre ficam á mercê de quem estiver no comando! Quer seja a Realeza ou a Resistência. Se continuarem por este caminho, a Resistência será a nova Realeza e vocês permanecerão na lama, na sujeira e na miséria.

Então, o Príncipe saiu.

P.O.V. Príncipe Maxon.

Ver aquele ser com olhos flamejantes e cabelos ruivos flutuantes, pairando sob a multidão enfurecida que agora estava quieta era... chocante.

—Porque vocês dois não se acertam? Como homens. Um duelo. É melhor do que sacrificar vidas inocentes, não concordam?

—De acordo.

—De acordo.

Ela tomou as armas de todos com um movimento de mão.

—Nada de trapaça. E que o melhor vença.