A Fronteira

Capítulo 04


A Fronteira - Capítulo 04

CENA 01

Victor e Fábio amanheciam o dia juntos na cama, Fábio acariciava os cabelos de Victor que estava virado de costas dormindo ainda, ele relembrava o momento dos dois na praia, depois ele puxando Victor no carro e o beijando, ele sussurrava no ouvido de Victor.

Fábio: "Bom dia, amor, vou ficar mais um pouco, se você não se importar, eu fico até mesmo o dia inteiro, assim, agarradinho com você"

CENA 02

Charlene estava na cafeteria servindo as mesas, anotando os pedidos, durante o expediente Fábio e Victor apareciam pra tomar café juntos, Charlene ia em direção a mesa deles atender.

Charlene (Sorrindo e com caneta e caderno na mão): Bom dia aos rapazes, o que posso lhe servi-los?

Fábio: "Charlene, trás uns ovos mexidos, umas panquecas, pão e um café com leite. E você am.. (Fábio iria chamar Victor de amor, mas tentava ser discreto por um tempo ainda, e acabava trocando o diálogo por "amigo") vai pedir o que?"

Victor: "Pode trazer o mesmo que ele, Charlene"

Charlene anotava o pedido dos dois e saia. Victor e Fábio se olhavam, era um olhar de amor, carinho, afetividade.

Fábio: "Se eu pudesse te dava outro beijo aqui mesmo"

Victor: "Quando a gente voltar pra casa, vou te encher de beijo e beijar tanto essa sua boca igual como fiz ontem a noite"

Fábio: "Cara, esse é o momento mais emocionante da minha vida"

Victor: "Seu sorriso é resplandecente, deixou meu coração alegre, como diria a composição da música daquele desenho"

Charlene chegava com o café da manhã na bandeja, e colocava na mesa onde os dois estavam acentados.

Enquanto tomavam café, Victor percebia o celular vibrando com um som, era sua mãe ligando.

Fabio: "Não vai atender? Pode ser importante

Victor: "É minha mãe telefonando, mas depois eu retorno a ligação"

CENA 03

Dalva pintava as unhas, quando via uma propaganda de casais lgbts se beijando na televisão.

Dalva: "Fim dos tempos, bem que o povo da igreja fala."

Raissa tomava café da manhã na cozinha, escutava uma agitação vindo da sala, ia em direção até lá e perguntava por que sua mãe estava indignada.

Dalva: "Minha filha, o homossexualismo está dominando o mundo, daqui a pouco não vai mais existir nem homem, nem mulher"

Raissa: "Mãe, pelo amor, gênero e sexualidade são completamente diferente um do outro"

Dalva: "Minha filha, esse povo quer fazer sua cabeça, a gente não pode aceitar uma coisa dessas, o mal não pode vencer, é uma luta do bem contra o mal."

Raissa: "Mãe, quer saber de uma coisa, eu vou sair, pegar minha bolsa e ir no shopping encontrar umas amigas"

Raissa pegava sua bolsa, ficava indignada com sua mãe e saia.

Dalva (Pensativa): "Eu preciso dar um jeito de reverter essa situação, isso é o que chamam de tempos modernos"

CENA 04

Victor retornava a ligação perdida de sua mãe Helena. Ele estava no banheiro da cafeteria, com Fábio.

Victor: "Mãe, desculpa não ter atendido, minha cabeça estava em outro lugar"

Helena: "Sua mãe está aqui, filho, se precisar de qualquer coisa, eu mando dinheiro, pix, qualquer coisa pra você"

Victor: "Obrigado mãe, eu só retornei a ligação pra dizer que eu te amo, e que estou morrendo de saudade"

Helena (emocionada): Eu também meu filho, eu te amo, e desejo que um dia você volte pra perto de mim.

Fábio lavava as mãos e passava um líquido sabão que tinha no banheiro da cafeteria.

Fábio (Ria): Não deu pra eu deixar de prestar atenção na conversa, amei ouvir a voz da sogrinha.

Victor: "Vamos voltar pra casa, hoje você vai trabalhar?"

Fábio: "Estou bem que merecendo uma pausa pro descanso, mais tarde eu passo no escritório, só vou mandar mensagem pra Dona Bruna, minha mãe, não quero preocupar ela, até porque eu dormir fora"

CENA 05

Bruna recebia a mensagem via Zap de Fábio e sentia o maior alívio. Judith colocava o café na mesa pra dona Bruna.

Judith: "O Fábio não dormiu em casa, olhei no quarto dele, a cama não estava amassada"

Bruna: "Deve ter saído com alguma das ficantes dele, mas isso não é minha única preocupação, o Fábio tem uma audiência pra amanhã, e sabe como é meu filho, ele ainda não tem tanta responsabilidade com o trabalho"

Judith: "Dona Bruna, não quero me meter nos assuntos particulares de vocês, adoro o Fábio, é um bom rapaz, sempre me tratou muito bem"

Bruna: "O Raul é muito intrigado, vou acender umas velas pra nossa senhora Maria pra ver se amanhã, ocorre tudo bem"

CENA 06

Raissa passeava com suas amigas no shopping, elas admiravam os vestidos da vitrine, observavam os sapatos, as marcas"

Raissa: "Meu sonho colecionar sapatos, comprar a loja inteira, virar uma it girl, que nem a Amora Campana daquela novela Sangue Bom, lembra?"

Lili: "Aquele vestido ali com certeza ficaria bonito em você, tem seu perfil."

Raissa: "Você acha? Vermelho é uma cor que eu não uso muito, mas obrigada!"

CENA 07

Douglas cumprimentava Vander, que estava na laje da casa dele.

Douglas: "Fala aí campeão, passando aqui pra ver como você estava homem"

Vander: "E essa preocupação toda comigo? (Cantava) É o amorr, que mexe com minha cabeça e me deixa assim.

Douglas: "Quer queimar meu filme pô, você é meu considerado, está tudo bem eu me preocupar contigo"

Vander: "Eu sei, estou apenas brincando, você é muito importante pra mim"

Douglas: "Não quer jogar uma partida de futebol comigo? Bora aproveitar que a quadra está vazia, daqui a pouco chega uns manés"

Vander: "Por mim tudo bem"

CENA 08

"O Que Eu Só Vejo Em Você" de Nando Reis tocando enquanto mostra imagens dos pontos turísticos do Rio.

"Porque não há tempo que volte amor, como diz o Lulu na canção"

Victor conversava com Fábio em seu quarto, e resolveu contar uma coisa.

Victor: "Eu ainda não me abrir pros meus pais, são pessoas extremamente religiosas, por isso eu deixei tudo pra trás e vim pro Rio arrumar um canto pra mim, não quis mais depender deles"

Fábio: "Eu me descobrir a pouco tempo, lá em casa, minha mãe é católica, eu nem acredito muito, mas deve existir um ser espiritual que protege a gente de todo o mal"

Victor: "Eu sempre soube quem eu era, eu só ficava com garotas por pressão da minha família, detestava minha tia, qualquer evento, fazendo a famosa pergunta: E as namoradinhas hein? Sacooo, eu não aguentava mais aquela vida, me mudei pra cá pro Rio, aonde ninguém me conhece"

Fábio: "Você é de onde mesmo?"

Victor: "Nasci em Manaus, mas meus pais resolveram se mudar pra Minas Gerais, lá eu cresci numa fazenda, confesso que sinto saudades de lá"

Fábio: "Perai, Fazenda? Seus pais tem uma fazenda?"

Victor: "Uma fazenda que eu vou herdar, mas nem estou botando muita fé, capaz de me deserdarem"

Fábio: "Nossa! Entendo, se meu pai souber, bem capaz de me afastar do escritório, ele fazia muitas piadas homofóbicas, ele e aqueles mala sem alças dos amigos deles. Nunca vou entender a sociedade, eles se espantam mais vendo duas pessoas do mesmo sexo se beijando, do que a violência que acontece ao redor do mundo"

Victor: "Não há nada de errado em ser gay, amar outra pessoa, amor é uma coisa tão bonita, pena que a sociedade vai demorar pra entender isso"

Fábio: "Amor é fogo que arde sem se ver."

Victor (Sorrindo): "Olha ele, todo poeta"

Fabio: "Cadê meu beijo?"

Victor se aproximava de Fábio, e os dois se beijavam.

Música tocando no fundo:

O Que eu Só Vejo Em Você:

"Talvez um dia possa rolar
Nós dois, juntos no mesmo lugar"

CENA 09

Anoitecia, Charlene novamente ia no bar "Cantaí" subir no palco e se apresentar. Ela cantava a música "Será" da Legião Urbana. Enquanto, isso Victor servia as mesas e anotava os pedidos e entregava a Renato os papéis.

Charlene (Cantando):
"Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer? OH oh Oh Oh)"

Renato (admirado): "A Charlene não é só bonita, como também tem uma voz perfeita, gostosa de ouvir"

Victor: "Isso é verdade, uma musa inspiradora"

Charlene (Cantando) "Uoh-oh-oh-oh-oh-oh

Brigar pra quê? Se é sem querer
Quem é que vai nos proteger?
Será que vamos ter de responder
Pelos erros a mais, eu e você?"

Charlene finalizava a apresentação, todos batiam palmas. Fábio aparecia pelo Cantaí.

Fábio: "Você foi sensacional, Charlene, quer me dar um autógrafo?"

Charlene: "Fábio, que bom te encontrar por aqui. Bora beber alguma coisa juntos"

Fábio: "Victor, trás um champanhe aqui pra essa musa da noite"

Victor ia em direção a cozinha do bar, ver se encontrava o champanhe em algum lugar, Renato aparecia.

Renato: "O Victor e a Charlene estão juntos, você sabe me dizer isso?"

Victor: "Não exatamente, apenas uma amizade colorida, segundo ele"

CENA 10

Mais tarde naquela noite. Fábio deixava Victor em frente a sua casa, estacionava o carro na frente do prédio.

Fábio: "Está tudo bem, Victor? Durante o caminho você não falou nada"

Victor: "Só cansaço, boa noite!"

Fábio: "Não vai me convidar pra entrar? Se você quiser a gente passa outra noite juntos"

Victor: "Não precisa, eu só vou tomar um banho, me jogar na cama e dormir"

Fábio (sorrindo) "Melhor ainda, te faço companhia no banho, e ainda ensaboo suas costas"

Victor: "Fábio, vai pra casa, a dona Branca precisa do filho dela lá"

Victor entrava no prédio, Fábio percebia algo de estranho em Victor. Ele colocava os cintos, ligava o rádio e dirigia de volta a sua casa"

CENA 11:

Marcelo jantava com seu filho Humberto, e sua esposa Marta. Ele estava muito animado pros projetos da igreja.

Marcelo: "Teremos um grupo de jovens na igreja, e você vai ficar responsável pelo comando dele Humberto, você vai orientar os jovens, dar aulas pra eles"

Humberto: "Será que eu consigo tomar conta de tudo?"

Marcelo: "Vai sim filho, eu orei a Deus e pedir pra ele dar muita sabedoria pra você, ele vai te direcionar muito bem quando você tiver no comando da liderança"

Marta: "Seu pai está certo, Humberto, você vai conseguir desempenhar bem sua função na igreja, você é sangue do meu sangue, Deus falou comigo em sonho que você faria grandes milagres pela nossa nação"

Humberto (pensativo): "Eu vou pensar a respeito disso. Vai ser nos domingos então esses encontros com os jovens?"

Marcelo: "Vai sim meu filho, alguns dos filhos dos membros da igreja já estão sendo convidados, precisamos lutar pela vida desses jovens, que estão se perdendo no mundo, nas drogas, no vícios, em atos homossexuais, entre outras coisas"

CENA 12

"Meu caminho é cada manhã " de Capital Inicial tocando até o final da cena enquanto mostra o jardim da frente da casa onde Fábio morava.

Judith abria as cortinas do quarto, Fábio cobria a cara no travesseiro.

Fábio: "Dona Judith, fecha essa cortina, não sou morcego, mas por enquanto prefiro ficar no escuro"

Judith: "Seu pai telefonou, a audiência foi marcada pra hoje, do caso que vocês vão tomar"

Fábio se levantava rapidamente da cama, e corria direto pro banheiro.

Fábio: "Judith, prepara uns sandubas pra mim, que vou tomar café da manhã no escritório, preciso dar uma olhada em mais algumas coisas necessárias"

Fábio, após finalizar o banho, vestia seu terno, pegava sua mala, e corria pra garagem pegar seu carro e dirigia. Fábio estava tão apressado que nem o Rádio ligou, ele gostava muito de escutar música.

CENA 13

Fábio chegava no escritório, seu pai Raul estava lá, só esperando por ele.

Raul: "Filho, vamos, a gente vai indo direto se encontrar com o juiz, o nosso cliente, o André está aguardando a gente lá, a audiência já vai começar"

Fábio nessa hora, sentia vontade de sumir, porque acha que não está pronto ainda pra audiência do caso.

CENA 14

Estavam reunidos na sala, o Juiz, André, sua ex esposa Fernanda, o advogado dela Jonas, Raul e Fábio. O caso já estava acontecendo e o assunto sendo debatido.

André: "Juiz, a Gabi, precisa ficar sobre minha guarda, sobre o mesmo teto que eu, essa mulher não tem condições pra dar um futuro como eu posso favorecer minha filha"

Fernanda: "Ai que você se engana, onde eu moro, a Gabi vai está segura, além de mim, vai ter a companhia dos avós, e tudo isso acima de tudo vai fazer bem pra saúde mental dela"

André: "Essa vagabunda quer tirar a minha filha de mim, igual na outra vez, se separou de mim, e foi embora com a menina, sem deixar ela se despedir de mim"

Juiz: "Ordem agora, sr André, eu não vou admitir qualquer tipo de insulto aqui"

Fábio: "Meritissima, meu cliente pede perdão, e promete falar só quando for chamado"

Juiz: "Muito bem, seguindo em diante. Sr André, o que tem mais a dizer?"

André: "Seu juiz, a Gabi sobre o mesmo teto que eu não vai passar nenhum tipo de necessidade, eu posso pagar a escola particular dela como eu faço, e além de tudo, ela vai receber muito amor, da avó, da tia e os demais"

Jonas: "Meritissima, a minha cliente confessou que chegou a ser ameaçada no mesmo dia que levou a filha com ela."

Juiz: "O Senhor confirma a acusação?"

André: "É mentira, isso é uma falcatrua vindo dessa aí, e esse advogado dela aí é o amante dela"

Juiz: "O caso entrará em recesso por enquanto, na volta, saberemos o resultado final"

CENA 15
Victor conversava com Carla em seu quarto. Ele se abria pra ela sobre o que estava sentindo naquele momento.

Victor: "Eu fico enciumado só de ver ele chegando perto da Charlene, ainda mas sabendo que eles já tiveram uma espécie de amizade colorida"

Carla: "Eles nunca tiveram nada mais sério, o coração do Fábio nesse momento pertence a você"

Victor: "E o meu pertence a ele, eu estou morrendo de saudade dele nesse momento, ele deve está agora no trabalho, eu sempre fico muito mexido quando ele aparece, eu amo tanto esse cara"

Carla: "Vocês já estão juntos, né? Eu fico tão feliz por você Victor, você merece ter encontrado um cara incrível"

Victor: "A gente está namorando discretamente, os pais dele, nem os meus sabem da nossa relação amorosa nesse momento, mas eu pretendo ainda esse ano abrir o jogo pra eles"

Carla: "Você tem muitos planos com o Fábio? Eu vi vocês mais cedo hoje na cafeteria enquanto eu fazia uma caminhada matinal, vocês formam um casal muito bonito"

Victor: "Pretendo, aliás, eu pretendo morar com ele na fazenda, já imaginou, a gente vivendo um romance de cowboys? Que nem aquele filme do Jake Gyllenhaal, mas claro, que teríamos o nosso final feliz"

Carla: "Você vestido de agroboy, deve ser a coisa mais fofa."

Victor: "Eu tenho umas fotos salvas aqui no celular, vou te mostrar"

Victor mostrava as fotos que havia tirado alguns anos atrás dele na fazenda, Carla ficava encantada.

CENA 16

O Juiz decretou a guarda temporária da filha pra Fernanda, e que André só poderá vê-lá uma vez na semana. Após todos saírem da sala, ficou somente André e Raul.

Raul: "Nós lamentamos o ocorrido, haverá outras oportunidades da gente reverter tudo"

André indignado: "Eu nunca mais ponho os pés naquele escritório da sua empresa, que vexame eu passei nessa manhã, advogado bem razoável aquele seu filho"

Raul: "Você é um cliente fixo e muito bem importante, eu te peço uma segunda chance"

André: "Não tem chance, não tem nada, eu vou tentar encaminhar outro advogado pra mim nos próximos meses"

CENA 17

Raul foi até sua empresa, em direção ao escritório de Fábio.

Raul (revoltado): "Por sua causa nós perdemos um cliente importante, que pagaria o dobro se vencessemos o caso hoje. Você é um advogado ou não é? Você acha que eu te coloquei aqui na empresa pra que? pra ficar horas só sentado com a bunda nessa cadeira."

Fábio: "Eu não tenho culpa se o cliente hoje não sabia se auto controlar, eu fiz minha parte hoje"

Raul: "O pessoal aqui da empresa tem razão, eu ando colocando demais todas as fichas em você"

Fábio: "Talvez eu não seja igual como você, eu sou diferente, por que você mesmo não resolveu assumir como advogado do cliente?"

Raul: "Você quer me desafiar, moleque? Eu só não te coloco no olho da rua porque você é meu filho, e por causa da sua mãe"

Fábio: "Você já falou tudo o que tinha pra falar, eu vou indo nessa"

Fábio saia do escritório, ia em direção ao elevador, nem ouvia direito o que a secretária falou, caminhava em direção à seu carro.

CENA 18

Fábio estacionava o carro em frente ao prédio onde Victor estava morando, ele subia até o andar específico, dava umas batidas na porta. Victor se levantava do sofá, ele estava em frente a tv assistindo novela e atendia, ele ficava feliz ao ver Fábio, apesar de ter ficado enciumado na noite anterior com ele e Charlene no bar.

Victor (Feliz): "Amor, entra aí, que bom te ver. Você quer um café, uma água?"

Fábio: "Café eu aceito, eu quero mesmo é conversar, vim conversar com meu namorado."

Victor derrubava sem querer a panela do café no chão da cozinha ao ouvir Fábio chamando ele de namorado.

Fábio: "Tive uma discussão com meu pai, eu fui péssimo no caso da audiência hoje"

Victor: "Amor, está tudo bem, você pode ter perdido a batalha, mas também não é o fim do mundo. Seu pai, segundo você é bem racional, faz tempestade em copo d'água"

Fábio: "Faz intriga com tudo, eu gosto do meu pai, mas a nossa relação de um tempo pra cá só está envolvendo trabalho. Às vezes só queria ir embora, atravessar uma fronteira, como eu havia falado, a vida nem é pra ser tão pesada."

Victor: "Te dou todas as razões do mundo, saudades da fazenda onde eu morei por muito tempo."

Fábio (pensativo): Victor, é isso, a gente precisa viajar pra Minas e passar uns dias na fazenda.

Victor (Surpreso): "Eu adoraria voltar, poder levar você, mas meus pais nunca iam aceitar ter um filho, você sabe, gay"

Fábio: "Vamos nessa viagem de forma discreta, você vai me apresentar como amigo pros seus pais que eu sou um amigo que você conheceu aqui no Rio, e que quer passar férias na fazenda por uns dias"

Victor: "Até que não seria má ideia"

Fim do capítulo..<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_240608_140709_192.sdocx-->

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