A Força dos Otakus

Batalha entre shinigamis


"Aãy faleyof qe bnne ieso, aew powo bu cobqge, zac n njedm yoc nlmayçbu r powsqghiwoe fobrqvvvor n eezrqsfãy r feta powo sob fucpqigawoe duo iomêe powpmrgivhmm qe hmk zecmm fidumçno. Cro cusnmys qe njedm r rm grycm yudadezoc ceva avism yileddndo. Vigenère nunca esqueceria os companheiros."

Foi assim que ficou estruturada a nossa mensagem, tivemos que abdicar de acentos e colocamos algumas coisas erradas pra dificultar o acesso de outras pessoas, hã... Indesejáveis.

Assim que terminamos lacramos a carta e a enviamos usando Solid Script. Particularmente, eu não ajudei muito por que Hayato e o resto do pessoal do "Grupo de decodificação" (que mais tarde seria complementado e se tornaria, Serviço de Inteligência do Leste) dominavam tudo, então fiquei só olhando. Quando a carta foi enviada Yue me pediu para ver como estava o andamento do terceiro andar, enquanto ela organizava o pessoal do recrutamento e o pessoal do patrulhamento. Acenei com a cabeça em acordo e subi até onde Hiro e Mark estavam trabalhando.

No fim da escada que deveria dar para o terceiro andar havia uma porta com o nome: "Área para Treinamento". Bati nela, mas ninguém respondeu, então resolvi simplesmente entrar. Logo depois da porta Havia um corredor bem longo e um tanto estreito era bem grande, devia dar a volta no andar inteiro. O lugar estava no estilo Dojo japonês, um espaço amplo com paredes que pareciam de papel. A esquerda várias portas com um espaço de mais ou menos de 4m entre uma e outra, a direita um espaço com uns 9m de largura e apenas uma porta. Segui para a direita e entre na porta. Um espaço incrivelmente amplo, o chão era de madeira e no fundo uma pessoa estava agachada com as duas mãos no chão, enquanto uma mini arquibancada tomava forma apartir de um monte de entulho.

- Hiro? - Gritei sobre o barulho do entulho se choquando e da arquibancada crescendo. Ninguém respondeu. - Hiroo! - Gritei mais alto, o que foi uma péssima combinação considerando que o barulho parara e a sala tinha eco.

- Foi mal! - Exclamei quando Hiro se virou com uma cara de: 'Você bebeu o quê, hein?'

- Tudo bem. Aconteceu alguma coisa? - Ele me indagou.

- Não, a Yue só me pediu para ver como tava o andamento das coisas aqui. - Respondi.

-Ah, tá tudo bem. Eu e o Mark decidimos que o espaço daqui ficaria melhor dividido se fizessémos um espaço para treino em conjunto e outro para treino individual. Fizemos as paredes, divisórias e portas como você viu, mas ainda falta espalhar equipamento como bonecos-alvo entre outras coisas. Eu fiquei terminando a área de treino em grupo, enquanto o Mark foi movendo as coisas do escritório lá pra baixo. Pensamos que poderiam ser úteis.

- Uh! Ok. Precisa de alguma ajuda?

- Não, tenho tudo sobre controle.

- Ok, eu vou reportar e integrar o pessoal do patrulhamento. - Falei.

- Reportar? Parece que Yue está virando nossa líder, né? - Ele indagou.

- Não fico preocupado, se fosse assim, não teria problema algum. - Sorri e sai.

Encontrei com Mark na escada e ele me comprimentou. Passado isso fui atrás de Yue que estava na frente do prédio falando com um grupo de Otakus. Assim que ela terminou eles partiram.

Me aproximei devagar e quando cheguei do lado dela, perguntei:

- Quem eram eles?

- Eram os ninjas que vão tentar se infiltrar no quartel-general do Exército do Leste. - Ela respondeu receosa.

- Hm... Acha que eles estão preparados? - Perguntei.

- Não, são novatos, vão ter que contar com muita sorte. Pedi para que eles tentassem inutilizar alguns oficiais de alta patente e substituí-los, um deles usa técnicas da do clã Yamanaka então devem conseguir fazer um bom trabalho. Vão estar mandando relatórios semanais ou quando surgir alguma urgência por Shoujo Giga.

- Um com técnicas Yamanaka e outro Shoujo Giga, né? Você não acha meio impossível demais o que tá acontecendo com a gente?

- Claro que acho. Por isso que vou fazer tudo para poder nos ajudar. - Yue respondeu.

- Mas você já fez muito. Vai tomar um banho e descansar, eu seguro as pontas. Falta fazer alguma coisa?

- Eu só ia dar uma olhada na produção de alimentos com a Rai-chan. - Franzi a testa olhando para ela. - A maga de plantas.

- Ah! Ok, eu vou lá. - Afirmei.

- Então vou tomar um banho. E o Hiro?

- Que? Não, ele num tá tomando banho. Quer que eu chame ele pra tomar banho com você?

Ela me deu um cascudo bem forte e exclamou:

- Ridículo! Queria saber se ele e o Mark já terminaram a área pra treinos.

Eu ri.

- Estão quase lá.

- Tá bom, vou indo então. - Ela acenou de leve com a mão e começou a voltar.

Eu fiquei mais um tempo ali, olhando para o céu da tarde. Os ninjas pularam o portão e saíram.

"Que Deus os guie" - Pensei. - "A eles e a todos nós." - Suspirei. - "Onde iremos parar?"

~.~

"A primeira clareira que você encontrar dentro do jardim ao redor do prédio partindo em linha reta da oitava janela do terceiro andar do lado direito do prédio". Por que quando eu perguntei, simplesmente não disseram, o lugar que tiver as maiores árvores de todo o jardim?

Apesar das instruções toscas era até bem fácil achar o lugar onde a tal Rai estava trabalhando. No início eram apenas plantas rasteiras, mas elas foram aumentando de tamanho até eu chegar num amplo espaço com a terra fofa e arada. Olhei para os lados procurando alguém, mas o lugar estava vazio. E quando me preparei para chamar por Rai, cipós verdes brotaram das árvores ao me redor e foram em direção ao meu rosto, desembanhei a espada e os cortei em defesa, mas rapidamente, outros cipós sairam da terra, enlaçaram meus pés e me ergueram. Tentei cortar os cipós dos meus pés, mas outros saíram da terra e enlaçaram meus braços.

"Merda, por que isso só acontece comigo?" - Pensei.

- RAAAAI! - Gritei. Nenhuma resposta. - Droga, RAAAAAI!!

Depois de alguns segundos uma menina com cara de sono, pôs a cabeça entre várias árvores e disse:

- Hã? Que houve? - Aí ela focou o olhar em mim e gritou assustada. - Ah! Desculpe, Naoki-dono é que eu terminei as plantações e coloquei os aceleradores de crescimento, aí fiquei cansada, aí resolvi tirar um cochilinho, só que aí eu pensei vai que acontece alguma coisa melhor eu pôr uma defesa, né? - Ela falou tudo isso muito rápido e acrescentou uma risada histérica no final. Aí eu que pensei que ela tinha bebido alguma coisa beeem forte.

- Não... Tudo bem. - Disse com um sorriso torto. - Eu só vim conferir como anda o trabalho.

- Ah! Bom, ali... - Ela apontou pro chão. - Eu plantei Cenoura, Macaxeira (Aipim), Batata e Milho. - Ela deu outra risada histérica. - Milho é bom de plantar dá pra fazer um monte de coisa, a prova é que os Maias achavam que os humanos vinham do milho, só que aí eu me pergunto, e como todos nós não virávamos pipocas no sol, né? - Outra risada histérica.

Dei outro sorriso torto e ela continuou.

- Eu troquei os genes de algumas árvores ao redor então nós temos pessegueiras, macieiras, mangueiras e outras eiras. - Mais uma risada histérica, eu estava começando a ficar com medo dela. - Aí depois eu adicionei uns fertilizantes que devem fazer com que tudo aqui dê frutos 3 ou 4 vezes mais rápido. - Outra risada histérica, me perguntei se tinha alguma chance desses fertilizantes terem mexido com o cérebro dela.

- Oook! Obrigado pelo bom trabalho, eu já vou indo então. Hã.. Você tá bem? Precisa de alguma coisa. "Um transplante de cérebro ou ser internada numa clínica talvez" - Essa última parte eu recolhi para a minha mente.

- Na verdade, eu encontrei uns colgumelos que não me pareceram venenosos então eu comi, achei que podiam ser bons e quem sabe até usados, né? Mas eu tô com um pouco de dor de cabeça.

Aaah, tá explicado.

- Se é esse o caso melhor levá-la pra a enfermaria. Pode ser perigoso. - Acompanhei ela até a enfermaria e fui ver como estava o andamento da área de treinamento.

Subindo as escadas me deparei com Mark e o indagei:

- Hey, como está andando a reforma do terceiro andar?

- Ah, já terminou. Eu, inclusive, estava indo descançar um pouco.

- Hm, ok, então acho que vou experimentar o trabalho de vocês.

- Ok... - Mark hesitou por um momento, mas depois me perguntou. - Eh, Naoki, tem algum vestiário masculino indo pra minha direita?

- Não.. O único vestiário masculino fica pra sua esquerda, por quê?

- É que o Hiro quando terminou disse que ia tomar um banho pra descançar, mas eu vi ele seguindo para minha direita. Bom deve ser besteira, bom treino!

Mark desceu a escada e seguiu seu caminho, mas eu tive que parar por um momento. O Vestiário feminino ficava na direção que Hiro seguiu. E a Yue foi... Será que eles dois... Ri mentalmente do meu próprio pensamento, não, isso seria idiotice.

Subi a escada. E fui para uma das alas individuais. O espaço era grande o suficiente para trinamento, tinha autro bonecos alvos e era em formato de um paralelepípedo de mais ou menos 5mX8mX3m. Me alongei, fiz uma série de 30 abdominais e 30 marinheiro. Continuei o treino com Kendô, e treinei com a Sode no Shirayuki, a Tobiume e a Suzumebachi.

Foi quando eu estava tentando invocar um Kidou (sem sucesso) que Akimi abriu a porta da ala individual. A essa altura eu já estava bem suado e tinha tirado a camisa porque tava calor, aí assim que ela foi um cena um tanto constrangedora porque ela ficou olhando pra mim um tanto fixamente.

- Eeeh... - Ela babulciou. - Desculpa, Naoki-san, eu achei que essa área tava vazia.

- Não, tudo bem. - Falei olhando pra ela, Akimi tinha prendido o cabelo num rabo de cavalo, linda como sempre.

Ela fez menção de sair, mas eu a segurei pelo pulso. Ela se virou pra mim e eu senti meu rosto queimar.

- Aaah... Akimi-san, você não gostaria de treinar comigo?

Ela hesitou por um momento.

- Ok, tudo bem.

Fomos até a área de treino em conjunto. Dentro do espaço inteiro só havia nós dois. Afastamos alguns bonecos alvos e coisas desse tipo e nos posicionamos.

Desembanhei minha espada e fiquei em guarda, ela também. Esperei ela atacar, ela não fez, então eu comecei. Ensaiei alguns golpes, ela tinha bons reflexos. Aumentem a pressão e ela passou a atacar também. Estávamos bem igualados então eu usei o shunpo para ir pra suas costas e tentar por a espada em seu pescoço. Mas ela usou o shunpo para ir para as minhas costas. Me abaixei pra desviar do golpe dela e tentei derrubá-la, sem êxito. Ela se afastou, mas não deu indício de golpes, simplesmente manteve a postura, então eu a ataquei novamente. Dei mancada, ela apontou uma mão pra mim e pronunciou:

- Bakudou no Yon: Haynawa.

O bakudou envolveu meus pulsos, e na surpresa não pude remediar. Foi tudo realmente rápido. Logo em seguida ela completou:

- Bakudou no Rokujyuuichi: Rokujou Kouro.

Fiquei completamente imbolizado. Ela usou o shunpo pra ir pra minhas costas pôs o dedo na minha cabeça e falou:

- Mais um passo e eu mando um Byakurai. - Ela soltou uma risada, como se tivesse vencido. Eu sorri.

Injetei metade da minha reiatsu nos kidous que se quebraram. Usei o shumpo para ir pra suas costas e bati com o cabo da minha zampakutou nos seus joelhos. Ela caiu nos meus braços.

Sua zampakutou caiu no chão e ela não a pegou de volta, e, sinceramente, naquele momento eu tinha mais coisa pra me preocupar. Nossas corpos estavam estranhamente juntos. Eu podia ver cada detalhe do rosto dela, os olhos, o cabelo, a boca... Aproximei meu rosto do dela, e ela correspondeu o ato. Foi definitivamente a batalha mais satisfatório que eu já participei.