Olhamos para Klaus esperando por sua explicação, Elijah chegou logo após ele retirar o celular das mãos de Caroline.

—Pode explicar o porquê eu não posso ir?—Olhei para Klaus.

—Deixamos o alerta para Hayley que você estava na cidade. Mas não tivemos nenhum retorno dela ainda, mas sabemos que ela logo virá querida.— Elijah tentou me animar já que eu tinha ficado um pouco chateada com a noticia de que minha mãe ainda não fez nenhum contato.

—Lina estamos planejando sua festa onde vamos te apresentar a sociedade e se você sair antes pode acontecer algo ruim — Klaus disse — Não temos um acordo amigável com as bruxas ainda, Bonnie está resolvendo isso.

—Como assim?— Perguntei.

—Fizemos as bruxas acreditar que você não teria sua magia e Bonnie seria a líder da facção delas, porém ainda não tivemos uma resposta. — Ele respondeu.

—E se elas demorarem décadas pra responder, eu vou ficar aqui esse tempo todo?— Perguntei irônica.—Eles assentiram.——Isso não é justo Klaus, tínhamos quebrado o acordo, eu quero ir pra cidade!—Alterei minha voz pra ele.

—Lina, não desobedeça minha ordem.— Ele pediu.

—Só porque tivemos um momento legal hoje de tarde está se achando no direito de me por ordem? Não é bem assim que as coisas funcionam Klaus. Se eu quiser ir até essa festa, eu vou.— Disse em um tom autoritário pra ele.

— Eu não te dou o direito de falar nesse tom comigo Nicolina. Você não vai e ponto final.— Ele gritou pra mim.

Olhei pra Elijah pra ele me ajudar, mas ele ficou ali parado. Respirei fundo.

—Ok. Aproveitem o jantar sem mim!

—Volta aqu...—Klaus ia gritar, mas usei á minha velocidade acabei não vendo Stefan e esbarrei nele..

—Olha por onde anda!— Eu disse.

—O bom humor mandou um olá.— Respondeu ele.

—Sem piadinha.— Respondi andando pro meu quarto e tranquei a porta.

Não demorou muito para que Klaus batesse.

—Lina, abre essa porta imediatamente!

—Vai embora! — Coloquei minha cara no travesseiro.

—Eu não vou falar outra vez, abre essa porta ou eu derrubo ela.

Afundei minha cara no travesseiro mais ainda.

Klaus ela tá irritada, deixa que eu falo com ela.— Ouvi Seth dizer.

—Ela tem que entender que não é assim!—Ele respondeu.

Me levantei da cama e abri a porta.

—O Seth entra você não.— Disse e seus olhos ficaram perplexos quando eu fechei a porta, ele colocou a mão impedindo de eu fazer.

—Ele também não vai entrar, já chega desse garoto ficar aqui trancado com você durante a noite.

—Certo. Nenhum dos dois entra. Boa noite.

Movi a porta com magia fazendo ela fechar na cara dele.

Ouvi a respiração funda de Klaus, agora que Seth não sentia dores alguma eu podia usar magia e ficar brava o tanto que eu quisesse. O problema era que eu estava aprendendo a me controlar e a fome estava me matando por dentro.

—Se você quer assim, perfeito! Fica dentro desse quarto, vai me poupar de te colocar de castigo!—Klaus disse atrás da porta.

Me levantei e abri a porta. Vi que não tinha ninguém no corredor, mas um cheiro invadiu meu nariz, olhei para o meu lado e vi Stefan com umas bolsinhas de sangue nas mãos, meus olhos ficaram sombrios sem que eu quisesse.

—Calma ai garota — Ele dizia rindo — Eu trouxe pra você se acalmar.

—Eu estou calma— Pisquei para que meus olhos voltasse ao normal. Puxei a bolsinha de sangue das mãos dele — Entra.

Me sentei na minha cama e bebi como se fosse a ultima coisa que eu fizesse na terra.

—Quando você tá nervosa a sua fome aumenta.—Ele dizia tranquilo enquanto me olhava.

Terminei de beber e ainda sentia fome, ele me entregou a outra que provavelmente seria dele.

—Eu não entendo, quando finalmente estamos nos dando bem ele não quer me deixar sair. E o acordo? Eu deveria ir e vir quando eu quisesse!E eu quero ir nessa festa!

—Eu sei— Stefan fez sinal de shhiu com seu dedo indicador e tirou seu celular do bolso me mostrando uma mensagem.

"Bonnie está esperando no Rousseaus. Vou segurar Klaus, vocês tem 1 hr pra se divertir, beijinhos. Car."

Abri um grande sorriso, eu já estava apaixonada pela minha mãedrasta.

Quando Stefan se levantou da cama ele ergueu suas mãos para mim e eu as segurei. Ele fez sinal para eu ir até o closet. Peguei uma blusa com touca e a vesti. Ele acenou que estava boa, pegou meu Ipod e ligou na minha penteadeira. A playlist era longa daria tempo para irmos e voltar sem que alguém percebesse. Ele segurou na minha cintura, senti um pequeno arrepio com o seu gesto e saltamos da janela.

[...]

A noite de New Orleans estava bem cheia. Muitas pessoas se divertindo. Stefan não soltava minhas mãos e sempre tinha que me puxar já que eu sempre ficava parada olhando qualquer coisa que me chamasse a atenção. Tudo aquilo era encantado para mim. Entramos em um bar e encontramos com Bonnie no balcão.

—Bonnie! — Acenei e ela veio me cumprimentar.

—Oi Lina, está gostando? — Ela estava animada também, Stefan me soltou e eu me sentei perto de Bonnie. Ele chamou o garçom e fez um pedido de bebida para nós.

—Eu nunca vi nada igual!— Disse um pouco alto já que tinha muitas pessoa lá dentro conversando e a música era alta.

O Barman deixou dois copos com Whiskys na minha frente.

—Isso é pra mim também? — Perguntei ao Stefan.

—É sua primeira fuga de casa, nada mais justo do que um bom Bourbon.

—Tá legal, o que é isso gente?— Ele se entreolharam não entendendo.—Eu sou a filha do Klaus e vocês me trouxeram pra um lugar onde ele não queria que eu estivesse, algo em trocar vocês devem querer, certo?

—Isso foi ofensivo. —Stefan disse.

—Todos concordamos que seria bom pra você sair de casa, Caroline nos induziu na verdade.— Bonnie disse rindo.

—Não poderia apenas dizer obrigada, como qualquer outra pessoa normal?—Stefan perguntou.

Acenei que sim. Ele levantou seu copo e eu levantei o meu. Batemos um no outro brindando e ele bebeu o dele em um só gole. Eu tentei fazer o mesmo e quase morri engasgada.

—Isso é muito...Bom.— Eu disse ainda tossindo. Ele estava rindo e acenou para o garçom trazer outra dose.—Vai querer me embebedar?

—Com certeza.— Ele disse e eu arregalei meus olhos surpresa.— Relaxa, quanto mais você beber, vai inibir sua fome.

—As ruas estão lotadas de pessoas se você quer aproveitar o festival, beba. — Bonnie disse piscando e bebeu sua cerveja.

—Sabe que é contra a lei né? Eu não tenho idade pra beber. — Disse em um tom brincalhão.

—Você é fora da lei—Stefan diss. Franzi o cenho.—Fora da lei da natureza, hibrida.— Ele disse rindo.

Revirei os olhos e movi o copo das mãos dele com magia fazendo cair em sua camiseta, Bonnie viu aquilo e caiu na gargalhada.

—Obrigado— Ele disse com ironia se levantando.— Fica de olho na menor aí para mim?

Bonnie continuou rindo, assim como eu.

—Vai secar isso logo Stefan.

Ele foi até o banheiro eo cara do bar trouxe mais uma dose pra compensar a que caiu. Ele estava rindo também e pareceu não se importar com o que aconteceu.

—Ele é um...?

—Uhumm— Bonnie respondeu entendendo minha pergunta. — Tem um bruxo e um vampiro a cada canto de New Orleans.

—E lobos.— Completei.

—Nem tantos assim, eles foram embora depois que você nasceu...— O celular da Bonnie tocou.— Eu tenho que atender Lina, você pode esperar aqui?

Acenei que sim e ela saiu rápido para fora.

Continue tentando beber meu whisky sem engasgar e notei que tinha alguém me olhando. Me virei e era um cara bem bonito por sinal. Ele estava me encarando e decidiu se aproximar, ele era alto, pele clara e cabelos loiros escuros. Ele se sentou do meu lado. Dei um sorriso meio sem graça e continuei olhando para a frente tentando disfarçar minha vergonha.

Ele ficou me encarando.

—Então você é a filha do Klaus.

—Temos um Sherlock Holmes aqui.—Disse ainda olhando pra frente dando um gole no meu copo e segurando a tosse.

—Andando com Stefan Salvatore e com Bonnie Bennet, só poderia ser.

—Por falta de opção é claro.—Revirei os meus olhos.

—Entendo, não deve ser lá essas coisas ser filha dele.

—Eu que o diga — Eu disse olhando para os lados procurando Stefan.

Ele estendeu sua mão pra mim.

—Henrik, muito prazer.

—Lina. — Fiquei meio receosa, mas o cumprimentei.

Quando nossas mãos se tocaram, senti um pequeno choque correr pelo meu corpo e o que tinha no balcão começou a flutuar.

Vi algumas imagens em minha mente de uma clareira. Esse Henrik piscou pra mim e eu soltei as mãos deles imediatamente..

—O que foi isso? — Perguntei assustada.

Ele deu um sorriso encantador e as coisas voltaram ao seu lugar, ele se aproximou de mim e falou baixinho.

—Não conta pra ninguém, mas eu sou como você também, um bruxo.— Ele piscou de novo e abriu um sorriso. Belo sorriso.

—Eu não sou só bruxa.— Eu falei baixo igual ele.

—Eu sei o que você é. A filha do hibrido Original, neta de uma das bruxas mais poderosas que eu já ouvi falar.

—Estudou bem sobre minha família hein?— Acabei rindo, talvez pela bebida.—Mas isso foi bem legal, onde aprendeu a fazer isso?

—É a coisa mais fácil do mundo, você deveria saber mais do que levantar apenas um copo.

—Eu ainda sou iniciante nesse módulo, tenho tido alguma aulas para melhorar.—Disse com vergonha.

—Se quiser ajudar com isso, você já sabe onde me encontrar.—Ele disse se levantando e eu me lembrei da imagem da clareia.—Seu namorado tá vindo ai e eu não quero atrapalhar. Como eu já disse, você já sabe onde me encontrar se precisar de um amigo ou de um professor mais jovem e bonito. Estou a sua ordens.

Ele fez uma reverência bem tosca e deu uma risadinha mostrando seu furinhos em sua bochecha, era lindo aquilo. Henrik era encantador e charmoso, tinha algo nele familiar, mas talvez seja a forma receptiva dele. Confesso que o achei interessante

—Ah não, ele não é meu namorado.

—Que bom, menos um na lista.—Corei.

—Você não está nem na fila de espera dessa lista, Henrik.— Stefan apareceu atrás dele.

—Eu não lembro de ter me apresentado pra você, Stefan. — Henrik disse quando se virou pra ele o olhando sério.

—Eu sei muito bem quem entra e quem sai da minha cidade. E acho que era o bom momento pra você sair, já encontrou o que tanto procurava? — Stefan cruzou seus braços.

—Sua cidade?— Ele de uma risadinha.—Achei que fosse dos Mikaelson's. — Ele deu uma olhada pra mim.

—Você sabe como funciona a monarquia na ausência deles. Eva e eu mandamos. E eu já mandei você ir embora.

—Stefan! — Eu o repreendi— Não fala assim com ele.

—Se ele não vai, nós vamos Lina.

Ele pegou nos meus braços fazendo com que eu levantasse do balcão, senti uma pequena tontura e Henrik me segurou para que eu não caísse.

—Não precisa ir se não quiser Lina.— Henrik olhou ameaçadoramente para Stefan que retribuiu o olhar.

—Calma ai vocês dois, ok!—Eu disse com medo de eles começarem alguma briga. Me virei para Henrik. —Olha, Sherloque foi um prazer te conhecer, mas eu tenho mesmo que ir, nos vemos por aí tá legal? Eu acho que já sei onde te encontrar.— Pisquei não tão encantadora como ele, mas ele sorriu.

—Se prefere assim.— Ele passou por mim encarando Stefan, deu um pequeno empurrão nos ombros dele. Stefan respirou fundo nervoso.

Continuei olhando Henrik sair, até que na porta ele deu uma olhadinha pra mim e piscou, eu fique bem vermelha. E Stefan ficou na minha frente.

—Te deixo alguns minutos sozinha e você sai flertando com o primeiro cara que aparece?

—Eu não estava flertando com ninguém, ele apareceu e acabamos conversando.

—Vamos sair daqui ou eu acabo matando esse cara.

—E por que? Porque ele estava me cantando, qual o problema nisso Stef?

—Problema nenhum. Eu tenho que cuidar de você Lina.

—E você acha que eu não posso me defender?

—Ele é perigoso, eu não sei ainda o que ele procura na cidade.

—Deixa eu te contar uma coisa.— Me aproximei dele e disse baixinho— Eu também sou perigosa.

Ele revirou os olhos e eu passei por ele empurrando seu ombros e eu quase caí, acho que a bebida está fazendo efeito em mim.

Ele veio atrás de mim e eu não vi Bonnie. E continuei caminhando.

—Dá pra ficar perto?— Stefan disse em um tom grosso.

—Eu tenho poucos minutos e quero aproveitar ao máximo, não to afim dos seus pitis.

—Pitis?— Ele riu e eu continuei andando.

—É, eu disse piti, está surdo. Onde tá a Bonnnie?— Eu estava me estressando.

—Eu não tenho a minima ideia, acho melhor nós irmos.

—Quer saber? Eu não vou a lugar algum com você.— Coloquei minha touca.— Eu não estou acreditando que você tá fazendo isso...

—Quem tá fazendo alguma coisa aqui é você, que é me deixar frustado.

—Você frustado? Não se faz de doido pra cima de mim.— Andei mais rápido entre as pessoas— Quem você pensa que é pra me questionar com quem eu devo falar ou não.

—Lina, pode ser mais especifica?— Acho que ele não me ouviu.

—Céus, me dê paciência! Quer saber de uma coisa? Eu vou procurar por Bonnie sozinha!

—Lina, você não vai a lugar algu...

Era tarde demais, sai em minha velocidade.

Tinha uma multidão se divertindo, elas estavam agitadas, cantavam e dançavam. Fui para um pouco mais longe já que poderia aparecer o chato do Stefan para acabar com a minha noite. Me lembrei de que estava procurando por Bonnie e até vi uma garota parecida com ela.

Quando ela virou em um beco percebi que não era ela. Estava tentando voltar quando um grupo de garotos estava indo em sua direção mal intencionados, aquilo não me parecia ser certo.

Parei e pensei em continuar a procurar por Bonnie, mas ouvi um grito abafado e não podia deixar aquilo acontecer, foi quando eu voltei e aqueles nojentos estava tirando a roupa da garota a força.

—Ei! Fica longe dela!—Instintivamente eu gritei. Eram uns 3 caras nojentos em cima dela. Eles me olharam e eu vi a garota se debatendo em pânico.

—Quer participar da festinha também gostosa?— Disse um cara com uma garrafa de bebida na mão direita vindo ao meu caminho, com reflexo dei um passo pra trás.

—Que isso gatinha, vem até aqui não fica com medo não.— Ele dizia com uma voz estranha, ele estava muito bêbado e o seu amigo ria enquanto o outro continuava tentando tirar a roupa dela.

—Eu disse pra ficar longe dela.—Tentei parecer firme.

Eles se entreolharam e começaram a rir.

—Qual é, se não quer participar vai embora daqui!—Ele foi longe demais.

—Eu tô cansada de vocês homens darem ordens pra mim—Respirei fundo—Esse é meu último aviso: FICA. LONGE. DELA. —Cerrei meus dentes.

Ele deu um gole na sua garrafa, derrubando um pouco em sua camiseta, ele passou a mão na boca pra limpar o seu estado era deplorável.

—Ah gatinha, o seu pedido não vai ser possível realizar.

Fechei meus punhos e meu coração estava acelerado.

—Escolha errada, gatinho.

Meus olhos ficaram sombrio. Ele me olhou assustado puxando o outro amigo que estava rindo, que parou no mesmo instante que me olhou. Eles ficaram assustados e começaram a correr se esquecendo do outro amigo que tirava a roupa da garota.

Caminhei até ela e sem nenhum carinho peguei no pescoço do cara e o joguei contra a parede, no mesmo instante ele desmaiou. Olhei para a garota que estava assustada com aquilo e se assustou ainda mais por me ver.

—A festa pra você acabou aqui.

Pisquei pra ela que aparentou estar grata, mas ainda sim com medo, ela ajeitou suas roupas e saiu correndo.

Me virei e os dois correndo, em velocidade fiquei na frente deles, eles se assustaram e um caiu em cima do outro, mas logo se levantando e correndo na direção oposta.

—Qual é, me convidaram para a festa e já estão saindo?

Eles se assustaram com a minha velocidade quando eu parei novamente na frente deles.

—O que você é?— Ele me perguntou quase chorando, ele estava em pânico.

Eu ouvi o seu coração disparar. Acho que ele não estava mais bêbado, atingiu a sobriedade em minutos. Suas pernas tremia e o seu amigo estava do mesmo jeito. Senti prazer do jeito que eles estavam. Aquele era o momento em que o caçador aprecia a sua presa.

—O que é você ? —Ele insistiu e eu fui chegando perto dele lentamente e mostrei meus caninos.

—Você já vai saber.