POV por Henrik

Depois da noite anterior nenhum sinal ou noticia da Lina, provavelmente ela aproveitou a sua festa. O que sabemos é que o prefeito pediu uma reunião ao conselho antes do velório da sua mulher. Claro que vai declarar guerra aos vampiros e fazer algo contra nós. Lina passou dos limites e só de lembrar das cenas não acredito que minha irmã pode ser tão fria.

Matar a mãe da unica amiga e namorada do seu melhor amigo não é uma coisa boa. Seth ficou muito chateado com isso e foi ficar com ao lado de Larissa. No momento estamos discutindo, aliás, meu pai e minha mãe estão.

—Você é doente Klaus. — Minha mãe disse —Precisamos da nossa filha de volta e não essa garota que ela está agindo ser!

—Eu vou trazer ela de volta lobinha, mas do meu jeito. — Ele pegou um copo e despejou Bourbon dentro, ele estava calmo.

—Não sei qual jeito é esse. Deixando ela fazer o que quer, indo a festas e matando pessoas inocentes. — Minha mãe disse passando as mãos nos cabelos, ela estava arrasada pelo o que aconteceu.

—Não tenha certeza de que são pessoas inocentes. —Ele disse erguendo a sobrancelha.

—Então ela está agindo como uma justiceira? Desculpa, mas isso não vai colar, mesmo que são pessoas más, são apenas pessoas com família com uma vida e ninguém tem o direito de tirar.

—Touché.—Disse. Ela estava certa e eu estava cansado fisicamente e emocionalmente. Fiquei deitado no sofá a maioria do tempo, estava com uma bolinha de tênis jogando ao teto várias vezes.

—Irmão, precisamos fazer algo logo ela não pode viver assim para sempre, já passou da hora de prender ela até que consigamos resolver toda essa situação.—Tio Elijah disse, ele também estava bem tenso.

—Elijah, eu não vou prender minha filha você sabe que ela pode enlouquecer, tenho meus próprios métodos.

—Então você poderia fazer o favor de nos contar pai? Já não sabemos o mais o que fazer. — Larguei a bolinha e encarei ele.

Ele bebeu todo o liquido de sua bebida e focou seus olhos em mim.

—Ok. Você já tem seus brinquedinhos só precisamos achar um modo de você poder fazer o seu feitiço. —Ele disse quando foi até a porta para sair.

—Por um acaso vai conseguir uma brecha com as bruxas né? —Perguntei interessado.

—Nik, Davina vai saber quando Rik usar magia e se quer que eu te lembre as bruxas não querem que ninguém mais ressuscite um ser sobrenatural e estrague essa coisa da natureza sei lá o que... Ao não ser nós Vampiros Originais que não tem o que se fazer mesmo, elas tem que aceitar que vai doer menos. —Tia Bekah disse.

Meu pai se virou e olhou para nós, ele parecia que estava escondendo alguma coisa, respirou fundo fechou e abriu seus olhos.

—Lobinha vamos, temos uma reunião e você representa os lobos.

Minha mãe bufou, ela também odeia quando ele deixa as coisas no ar. Mesmo não querendo ela foi, encarei tio Elijah que estava nervoso por dentro, mas guardava pra si.

—As vezes eu acho que nosso pai devia ter batido um pouco mais no Nik pra ver se ele aprende a ser uma pessoa melhor.— Tia Rebekah disse sarcástica .

—Bom, por enquanto façamos nada até essa reunião acabar, mas ficaremos de olho aberto. O Prefeito não vai deixar isso barato. — Tio Elijah disse— Henrik, vamos vigiar eles caso tente algo contra meu irmão e a Hayley. — Ordenou.

Assenti quando me levantei, dei um beijo na bochecha da tia Bekah que ao virar bateu na minha bunda e riu .

—Cuidado lá, hein.— Disse ela piscando.

—Sempre tenho tia.—Falei ainda andando quando me debati com ninguém menos que Lina.

—Não escuta a tia Rebekah não idiota? Cuidado. — Ela estava nervosa, parecendo que tinha acabado de chegar de uma rave. Estava com a roupa surrada e algumas manchas de sangue, cabelo bagunçado os olhos machados de pretos e os saltos nas mãos.

—Uau. A noite foi boa pelo visto, você está acabada.

Ela parou no degrau da escada que começou a subir e desceu novamente ficando próximo a mim, coloquei as mãos nos bolsos encarando ela.

—E você irmãozinho está maravilhosamente lindo, com essas roupas de marca, esse cabelo super hidratado e esse perfume extremamente bom cheirando a importado...Tenho certeza que agora é ótimo pra você ter um teto, comida boa, roupas novas, uma família e não é mais um garotinho órfão perdido ai no mundo que morava debaixo de uma ponte.

—Você está fedendo a cachaça, vai tomar um banho e dormir Lina, não tenho tempo para seus "insultos". — A ignorei e subi a escada.

—Vai cuidar da sua vida. —Ela gritou.

—É o que eu estou fazendo. — Pisquei pra ela que ficou quieta. Subi e fui até meu quarto me trocar.

[...]

Assim que me troquei, fui até a cozinha e lá estava ela comendo um sanduíche e bebendo um copo cheio...de sangue pra variar.

—Seu cheiro agora está mais agradável.—Disse quando abri a geladeira.

—Qual o seu problema comigo irmãozinho?—Ela disse com a boca cheia.

Peguei uma bolsa de sangue e dei um gole.

—Eu não tenho problema nenhum com você, tenho problemas com as coisas que você faz, irmãzinha. —Larguei a bolsa e fui para perto dela tentar mais uma vez — Lina, essa não é você. Você não faz mal as pessoas que ama e nem sai matando qualquer pessoa só por diversão, liga logo essa humanidade.

Ela engoliu o que continha em sua boca e a limpou. Se virou pra mim com seus os olhos lacrimejados e sorriu pra mim como um anjo. Parece que ao falar isso causou algo nela. Então ela se levantou segurando a minha mão com gentileza e me olhou carinhosamente.

—Você tem razão Rik...Eu não sei onde é que eu estava com a cabeça fazendo essas coisas terríveis...—Sorri com a resposta dela e em uma velocidade mais rápida que a normal ela torceu a minha mão e quebrou o meu pulso. Eu gritei de dor e ela enfiou uma faca e perfurou minha mão deixando-a presa em cima da mesa. Gemi com a dor e ela veio para perto do meu ouvido. —Eu acho que vou ligar a humanidade agora irmãozinho e voltar ao sofrimento de ter perdido o Stefan, aliás, eu só perdi porque o seu titio estupido preferiu me salvar. —Ela olhou para tio Elijah que entrou na cozinha assustado com a cena, ela soltou a minha mão e jogou a faca no meu tio Elijah que segurou no ar. —Pelo amor de Deus deixem de ser patéticos não podem ver que eu estou melhor assim? Me deixem em paz eu tenho mais o que fazer!

Ela saiu da cozinha batendo os pés forte e tio Elijah veio até mim largando a faca na mesa, pegou um pano para colocar na minha mão para estacar o sangue.

—Você está bem? — Ele analisou a minha mão — Isso vai curar rápido.

—Eu cansei tio! Acho melhor fazermos algo logo ou eu não respondo mais por mim. —Disse com raiva deixando ele na cozinha sozinho.

[...]

Havia um prédio em frente a igreja eu e tio Elijah ficamos no terraço, daqui de cima ninguém ia nos ver e poderíamos ouvir a reunião.

O prefeito não veio sozinho, Jonathan Fuller o novo Xerife estava com ele, assim como o seu filho Lucca, eles não estava com cara de bons amigos. Até porque a sua mãe foi morta pela minha irmã. Tinha outros humanos do conselho também. Davina chegou com algumas bruxas e Bonnie.

Minha mãe já estava lá dentro com meu pai e alguns dos lobos. Alguns vampiros tinham entrando e outros ficaram na porta de vigia, quem olhava parecia até que eram devotos e estavam em uma missa. Deixei meus ouvidos atento.

Acho que podemos começar— O prefeito disse. —Ontem a noite a garota Mikaelson matou a minha mulher e eles quebraram o tratado de paz.

Esse tratado já tinha se quebrado a muito tempo, vocês que não perceberam.— Davina disse.

Meu pai e minha mãe não havia se pronunciado ainda.

O que eu quero é que eles sejam banidos para sempre da cidade e que todos estejam de acordo comigo para tomarmos as devidas providências. — O prefeito disse eu ouvi gargalhadas do meu pai.

Eu vou me retirar desse lugar, é muita baboseira. — Ele disse.

Acho melhor você ir embora mesmo, não sei o motivo de você estar aqui, seu monstro!— O Prefeito gritou e em poucos segundo sua respiração estava falhando, claro que meu pai segurava seu pescoço.

Abaixa. esse. tom. de. voz. Quando se pronunciar a mim. Não sou eu que tenho que temer a vocês e sim vocês temer a mim, eu sou Klaus Mikaelson!

Klaus...—Minha mãe disse calmamente — Isso não era o combinado.

Lobinha eu não aceito ordens de ninguém, muito menos de seres inferiores a mim. — A respiração do prefeito voltou ao normal, meu pai deve ter soltado ele. — Eu não vou a lugar algum e nem a minha família. Se querem tomar atitudes vão em frente eu estarei ansiosamente esperando.

Klaus. — Davina disse. — Não acabou, nós estamos com eles e contra todos vocês.

Davina minha querida, pode se ajuntar até mesmo ao papa que estarei esperando esta noite mesmo se quiser. Agora se me permitem, tenho mais o que fazer.— Meu pai disse saindo da igreja com a minha mãe atrás, quando ele saiu olhou para cima com o reflexo me esquivei.

—E vocês dois continuem ai para saber o que eles estão planejando não quero nenhuma surpresa porque hoje a noite será divertida. —Olhei para Elijah que riu ao saber que ele sabia o tempo todo que estávamos ali. Ele entrou dentro do seu carro e partiu dali.

Fiz o que ele me pediu e continuei ali. O alvoroço foi grande porque o Prefeito estava com ódio e queria preparar o velório de sua esposa que seria hoje a noite para toda a cidade. Davina estava soltando todo o seu veneno também em cima dele.

Claro que ele não espera que atacamos hoje a noite, por causa do velório de Elisabeth é a hora perfeita.

Davina, por favor respeite o velório em respeito a minha mãe.

Por isso mesmo Lucca, ele não vai contar que faremos algo hoje a noite!

Hoje a noite, hoje a noite…é isso!

—Tio, meu pai quer que eu faça o feitiço hoje a noite! É claro, por isso ele veio a essa reunião, essa a brecha que ele queria.

—Niklaus muito calculista. — Ele concordou.

[...]

Cheguei em casa e nenhum sinal da minha irmã, fui direto encontrar meu pai e o achei sentado em sua poltrona.

—Pai, você é um gênio. — Disse pra ele que sorriu — Obvio que Davina vai usar magia para entrar nessa casa e é a melhor hora pra fazer o feitiço.

Ele fez sinal de silêncio com a mão e apontou para seus ouvidos e para a porta.

— Eu disse a vocês que eu tenho os meus métodos. — Ele ergueu o seu copo e deu um gole da sua bebida - Eu só preciso que você façam exatamente como eu disser.

—Como quiser.

Tio Elijah entrou e trancou a porta.

—Henrik, pode fazer com que não nos escutem? — Acenei que sim — Ótimo, então faça agora.

Fiz o feitiço e ele se sentou.

—Minha mãe e a Tia Bekah não podem saber?

—Não quero que elas saibam, porque precisa sair tudo absolutamente perfeito e realista. — Meu pai disse.

—Davina e as bruxas irão atacar hoje a noite. Bonnie está nos avisando sobre tudo e nós iremos ao velório da Elisabeth como uma falsa amostra de solidariedade. — Tio Elijah explicou.

—De alguma forma, elas tentarão nos atacar quando estivermos vulneráveis, claro que daremos essa chance a ela e ai você entra. Você vai ao cemitério e vai esperar a corrente da magia delas e aproveitará para fazer o seu, só iremos precisar saber quando tempo você precisa para que possamos continuar distraindo elas sem que desconfiem. — Meu pai explicou.

—Não vou tomar muito tempo se elas usarem uma quantidade forte de magia, o que usarão porque vocês não são tão fáceis de se derrubar...Eu vou conseguir fazer o feitiço a tempo sem que elas percebam.

Ouvimos batidas na porta e era Tia Bekah.

—Nik você tá ai? Que silêncio é esse?

Estamos combinados, vá ao cemitério e faça todos os seus preparativos, quando tiver o sinal comece. — Concluiu Klaus.

— Tá, mas e a Lina?

—Ela vai aparecer no velório com certeza, e isso é a nossa deixa para ficarmos vulneráveis.

Já estava tudo combinado então retirei o feitiço e a porta se abriu.

—O mundo acabando lá fora e os bonitões aqui dentro fazendo uma reuniãozinha e nem me convidam.— Ela disse nervosa já pegando uma dose pra ela e se sentando. Aproveitei para sair dali sem que desconfiasse de algo e fui me preparar.