Era verão, e eu procurava aproveitar meus verões ao máximo. Normalmente, eu saía com Robert, o qual costumava ser meu melhor amigo e companheiro para tudo, mas devido a circunstancias não reveladas a mim, Robert viajou. E é claro que com Robert ou sem Robert, eu iria sair.

Perto das quatro da tarde, um grupo de amigos os quais fiz amizade recentemente devido a viajem de Robert, passaram na frente de minha casa gritando o meu nome. Todos eram mais velhos que eu, e minha vó sempre me aconselhava a andar com gente da minha idade. Sinceramente? Nunca ouvi nenhum conselho dela levando em conta que ela criou a verdadeira Effy Stonem. Como de costume, eu já estava arrumada a horas, comecei a ter esse habito nas férias pois nunca se sabe quando uma nova boate que não me reconhece é aberta por aqui.

— Vamos logo Elizabeth, você sabe que nós não temos o dia inteiro! — Assim que Carlie gritou, apareci na porta ajeitando meu decote.

— Você sabe muito bem que eu sou Effy, e não Elizabeth. — Revirei os olhos enquanto falava. Já havia avisado a eles como gosto de ser chamada, mas parece que ainda não haviam entendido.

— Tanto faz. Ande logo. — Gritou Joan do outro lado da rua acompanhado do resto do pessoal.

Assim começou a minha noite. Paramos em diversos bares para comprar bebida alcoólica e Joan, com seus contatos, conseguiu ecstasy por um bom preço. Eu, claro, fiquei de fora de quase todas essas compras, afinal eu era a menor de idade, a caçula, a menina com quinze anos que já anda com um grupo de pessoas com dezoito que bebem e se drogam desde que nasceram. Eu não me importava muito com isso, pois no final da noite, era sempre eu a que brilhava mais.

Porém, naquele dia foi diferente.

Aproximadamente dez horas da noite recebi um telefonema da minha vó. Ela dizia que eu precisava voltar urgentemente para casa, eu obviamente não voltaria se não sentisse o tom de urgência em sua voz. Consegui arrumar uma desculpa para o pessoal e sai de lá o mais depressa possível. Não demorou muito e eu já me encontrava na rua da minha casa.

Durante o percurso, não havia pensado no que poderia ser. Talvez, minha vó estivesse passando mal, mas decidi afastar todos esses pensamentos horríveis da minha cabeça.

Em mais ou menos três minutos de caminhada, já estava chegando em casa. Estava tudo escuro na sala, e eu ouvia vozes vindas da cozinha, decidi ouvir atentamente a conversa, e então reconheci as duas vozes: uma era da minha vó, e a outra...

— Mãe? — Foi tudo o que consegui falar antes que a figura alta, magra e morena virasse para mim.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.