Entrei no hospital e fui para a recepção.

– Enfermeira, posso ver menininha? – perguntei mostrando o meu distintivo do NCIS.

– Claro. Vou acompanha-la até o berçário. – disse ela se levantando.

– Ela tem quanto tempo de vida? – perguntei.

– Só algumas horas. No máximo, um dia. Você é a primeira pessoa que vem visita-la. O pai disse que não quer saber dessa criança e a deixou em nossos cuidados. Mas como foi você a fazer à cesariana, você irá decidir. – ela disse pegando a criança do berçário e me dando.

– Não consigo. Ela é tão... linda!

– Escolhe um nome pra ela. Ninguém escolheu ainda, mas estávamos pensando em colocar o seu como homenagem por tê-la salvado.

– Não adiantou nada eu tê-la salvado. Ela vai morrer.

– Não diz isso. E se ela estivesse sem a radiação? Você não sabia. Fez bem ter feito à cesariana de emergência.

– Tem razão. Acha que ela fica legal com o nome... Alana? – sugeri.

– Bonito. Combina com ela, mas qual é o significado?

– É de origem grega, significa: bonita. - falei - Acho melhor eu ir, não posso ficar apegada a ela. Já tenho uma filha que tenho que dar bastante atenção. Então não acho bom eu ficar muito com ela. Mas, obrigada por tudo. Qualquer despesa que ela deu ou der é só colocar em minha conta. O desgraçado do pai dela não fez nada a ela, mas eu faço. – disse colocando Alana no berçário.

– Tchau. – disse ela.

– Tchau. – falei e sai.

Chamei um táxi e pedi para ele me deixar em casa. No caminho eu liguei para o McGee do NCIS.

– Escoteiro, tem como prender o desgraçado do pai daquela menininha? – perguntei.

Ziva me contou uma vez que ele já foi escoteiro. Ela me contou também sobre um caso ao qual ele se fez de conta que era um escoteiro novamente. Quando ela me contou pareceu que foi bem legal.

– Não e eu vou matar a Ziva por ter te contado! – falou ele furioso.

– Calma, eu gosto de escoteiros. Vou colocar a minha filha em um acampamento nas férias.

– Legal! Gibbs está interrogando o dono da lanchonete. – disse ele.

– Depois me conta tudo, mas me explique uma coisa primeiro?

– Claro. O que é? – ele perguntou curioso.

– O pai da menininha, ele foi na casa da namorada dele durante essas vinte e quatro horas. Como ele não soube que ela estava grávida?

– Ela escondia dele. A roupa de frio não era só por causa do envenenamento. Ela estava escondendo a barriga dele.

– Por quê? É filha de outro?

Não sabemos. Não queremos fazer os exames nela agora, pois ela pode sentir mais dor.

– Obrigada, McGee. Tchau.

– Tchau.

Desliguei meu telefone. Quando chegamos em casa a minha filha também estava chegando. Paguei o taxista e sai do táxi. Bruna saiu da limusine e veio correndo me abraçar.

– Mamãe! – disse Bruninha. – Fiquei com saudades. Por que não me ligou de manhã.

– Não deu, querida. Tive uns problemas para resolver. Vamos entrar. Temos convidados.

– Legal! Eu ia trazer as minhas amigas, mas eu tive um pressentimento que não devia, então eu combinei para outro dia.

– Tudo bem. Cadê a Tata? – perguntei.

– O Eanes está trazendo.

– Pega ela. Quero fazer uma brincadeira. – disse com um sorriso maldoso.

– Mãe! Já vai assustar os nossos convidados? – ela me repreendeu.

– Vai ser legal. E só vai ser uma convidada.

Ela foi até o motorista, pegou a nossa filhinha de estimação e me deu.

Quando chegamos na porta eu a coloquei no chão e disse:

– Fique ai até eu te chamar.

– Mãe... Sabe que se for uma filha de Atena ela vai surtar, né? – disse Bruna fazendo negativo com a cabeça.

– Claro! Eu não gosto dela, então, quero dar o meu presente de boas vindas a essa casa.

– Você não tem jeito. – falou ela rindo.

– Poxa! Todos falam isso! Assim magoa! – fiz drama abrindo a porta. – Olha, a casa está mais arrumada do que eu me lembrava!

Ela revirou os olhos.

– Claro, né, mãe?! Temos faxineiras, e bem que você podia dar valor a elas não bagunçando a casa.

– Não me culpe, suas amigas também fazem muita bagunça. – disse me defendendo. – Oi, pessoal. Fiquem a vontade, ok? – falei com um sorrisinho maroto.

Apolo logo fechou a cara.

– O que está tramando? – ele perguntou me revistando.

– Nada... Quero que conheçam a minha filha, Bruninha. – disse apresentando ela. – Bruninha, esses são: Percy, Clarisse e Annabeth.

– Filho de Porseidon, filha de Ares, e filha de Atena. Mãe! Ela parece legal, não faça isso! – disse Bruna brava.

– Poxa, mas é só um pouquinho. Não acho que vai fazer mal. Pelo menos eu não trouxe a nossa amiga.

– Nancy! – Apolo me repreendeu. – Não faça isso.

– Quero dar o troco, ela merece. – fiz bico.

– Fazer o quê? Quando ela quer algo ninguém pode impedi-la. – murmurou Apolo.

– Isso mesmo! – concordei dando um selinho nele. – Tata, pode vim.

Percy, Clarisse e Annabeth estavam mais perdidos do que cego em meio de um tiroteio. Quando Tata chegou perto Annabeth gritou tão alto que fui obrigada a tampar meus ouvidos. Comecei a rir pior que uma louca e peguei a minha tarântula. Sim, eu sou cruel, confesso. Mas eu devia ter filmado, essa foi a melhor!

– Cheila, leve a Tata para a casinha dela. – ordenei a uma de minhas empregadas. – Cara, eu devia ter filmado e colocado no youtube! – disse rindo.

– Você devia ser a Deusa da Vingança. – disse Apolo. – Combina com você.

– Querido, já tem uma e eu tenho a benção dela. E não era de se esperar que eu fosse uma santa.

– Ninguém esperou isso, mamãe. Você já é vingativa de natureza, nem precisa de uma benção para isso. – disse Bruninha.

– É né, Brubs? A natureza é comigo! Gostou do presente, Annie?

– Por que fez isso? – ela perguntou tremendo de medo.

– Porque você merecia um troco por ontem. Cara, to cansada. – disse bocejando. – Sonia, o jantar vai estar pronto que horas? – perguntei.

– Querida, ainda é seis e meia. Abby só chega as oito e só jantamos às nove horas. – disse Apolo.

– Mamãe, enquanto estava fora eu fiz doces com a Sonia. – disse Bruna correndo para a cozinha.

Quando ela voltou estava com uma bandeja bem grande com mais de vinte cupcakes de joaninhas.

– Que lindos, Brubs. – disse pegando alguns, mas ela deu tapinhas na minha mão. – Ai, deixa sua mãe pegar, poxa! – fiz pirraça.

– Não, mãe! Primeiro os convidados e as pessoas que trabalham aqui. – falou ela oferecendo a Annabeth e cochichando no ouvido dela, mas dava para qualquer um ouvir. – Me perdoe pela minha mãe. As vezes ela não bate bem. – e ela continuou a oferecer para os outros.

– Apolo! – disse dando um tapa no braço dele.

– Ai! O que foi agora? – disse ele acariciando o braço ao qual eu dei um tapa "um pouco" forte que até ficou a marca da minha mão.

– Me defende, poxa! Ela é sua filha também. Briga com ela, coloca ela de castigo, sei lá! Faz algo!

– Ta. – ele foi até Bruna, tirou a bandeja da mão dela e deu a uma de minhas empregadas.

Ele pegou ela no colo e começou a roda-la enquanto ela gargalhava.

– Eu te adoro, Bruna. Foi muito irado o que você fez! Sou seu fã, garota! – disse Apolo dando vários beijinhos no rostinho dela.

– Apolo! – o repreendi. – Vai dormi no sofá por causa disso. Poxa, eu disse para me defender e não para agradece-la!

– Mas ela tem razão. E eu fico no lado da razão. – falou fazendo cócegas nela.

– Não, você fica no sofá. Sem falar mais nada. – fiz cara de emburrada.

– Conversem e fiquem à vontade, ok? Vou coloca-la pra dormir. – disse Apolo me pegando e me colocando em seu ombro.

– Me solta seu brutamontes! Eu vou te acusar por assedio sexual! Me solte! – gritei batendo e chutando ele.

Todos estavam rindo com a cena enquanto Apolo subia as escadas comigo em seu ombro, eu ainda não parava de bater e dar socos nele. Ele me colocou na cama e ficou em cima de mim, me impedindo de sair.

– Chato! – resmunguei.

Ele como resposta me beijou como nunca tinha me beijado e eu, óbvio que, correspondi ao beijo com a mesma intensidade. Entrelacei minhas pernas em sua cintura enquanto eu o devorava com beijos sedentos e ele passeava com seus dedos em minha cintura. Ele tirou toda a minha roupa e eu a dele. Ele começou a beijar levemente meu peito, logo abaixo da minha clavícula. Eu não aguentei e cravei meus dentes em seu ombro, ele em resposta prontamente abocanhou minha barriga, mordendo meu quadril com força, enquanto sua mão subia até um de meus seios e agilmente o massageava, fazendo com que eu me contorcesse em baixo dele. Dor e prazer. Agarrei seus cabelos e fiz com que ele trouxesse sua boca novamente para mim. Não parávamos de gemer. Depois de transarmos ele foi tomar banho. Me cobri com o cobertor e peguei meu celular. Ele terminou o banho e perguntou:

– Não vai dormir?

– Não. Estou com medo do que meu pai mandou Hipnos me mostrar.

– Então vai tomar seu banho e desce. – ordenou me dando um selinho e descendo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.