A Exterminadora De Youkais, parte II.
Capítulo 2 - Vamos ver quem é mais forte.
Era noite na Sengoku Jidai, Rin estava se despedindo de seus amigos para ir para casa:
– Bom, pessoal, eu já vou indo.
– Você está sozinha, Rin? – perguntou Sango.
– Sim, Sango-chan. Sesshoumaru-sama saiu para auxiliar o clã dele, não sei quando voltará. – falou meio triste.
– Eu e Kagome te levaremos em casa, certo?
InuYasha levantou a sobrancelha.
– Não. Ela não pode se esforçar muito. – falou o futuro papai preocupado.
Sango sorriu.
– A casa de Rin-chan não é tão longe e é importante que Kagome caminhe um pouco. Ela não pode ficar parada a gravidez toda.
– Tem razão, vamos Rin-chan? – disse Kagome se levantando.
InuYasha bufou. Rin seguiu em direção a sua casinha. O silêncio predominou entre as três moças. Kagome, incomodada com isso, decidiu puxar assunto:
– Então, Rin, como está sendo a vida de casada?
A jovem Rin corou.
– Ah, Kagome-chan, eu estou muito feliz. É uma pena que o clã dele esteja com tantos problemas, ele não fica em casa por muito tempo.
– Rin-chan, não querendo ser intrometida... – Sango começou – Sesshoumaru-sama não tem interesse no castelo e nas posses da mãe? Ele, bem, você sabe... sempre foi alguém que almejava o poder.
Rin sabia disso. Sesshoumaru sempre foi um youkai ambicioso, sedento de poder.
– Bom, Sango-chan, isso eu não sei lhe responder. Ele nunca falou comigo a respeito disso. Mas se bem o conheço, creio que se ele quiser um castelo e posses não irá atrás do que é da mãe. Ele irá construir o seu próprio castelo. Tenho certeza.
– Faz sentido... – concluiu Sango.
– Rin-chan, não quero que passe a noite sozinha. Vamos lá pro centro da vila, você pode dormir na casa de Kaede-sama. Não fique sozinha, por favor. – pediu Kagome.
Rin viu que estavam perto de sua casa. Pegaria um kimono limpo e suas coisas de exterminadora, para prevenir.
– Tem razão. Vou pegar um kimono novo e... – Rin esbouçou um sorriso. – Não será mais preciso, meninas.
– O que houve, Rin? – perguntou Sango.
– Sesshoumaru-sama já está em casa de volta.
– Como você sabe? – perguntou Kagome.
– Eu reconheceria esse youki em qualquer parte da Era Feudal.
As meninas sorriram e se despediram de Rin que foi correndo para casa.
– Kagome, - sussurrou Sango – o que acha da gente...
Sago não precisou terminar, a sacerdotisa já tinha entendido.
– Vamos, vamos espiar um pouco.
Elas ficaram perto da janela torcendo para o youkai não sentir o cheiro delas, e se sentisse (o que era muito provável) fingir que não estava acontecendo nada. Lá dentro, Rin estava exalando alegria só de ver o amado.
– Onde estavas? – perguntou o dai-youkai.
– Eu passei o dia na casa de Kaede-sama.
– Que bom. Não gosto que fique sozinha. – ele se aproximou da jovem, tocou seu rosto e a beijou suavemente.
Do lado de fora, Sango puxou Kagome que continuava com os olhos fixos na janela.
– Vamos, Kagome! InuYasha vai ficar preocupado se demorarmos muito.
– Vai dizer que você não achou fofo?
– Quem eu estou querendo enganar? Foi muito fofo. É, Sesshoumaru gosta mesmo da Rin-chan.
– Nossa amiga está em boas mãos, acredite. Agora vamos embora.
E seguiram seus caminhos. Enquanto isso, Rin estava tomando chá e contando as novidades para seu marido.
– Sesshoumaru-sama... – ela iria prosseguir, mas ele a interrompeu.
– Sabe que não precisa desse tratamento formal comigo.
Ela riu.
– É o costume, velhos hábitos são difíceis de largar. – justificou a exterminadora.
– Prossiga o que ia me contando.
– Bem, Sesshoumaru – ela soltou uma risadinha. Chamá-lo assim sem o “sama” era algo estranho para ela. – Kagome-chan está gravida. Isso te faz, tecnicamente, -ela abaixou o tom de voz e as palavras saíram em meio a risadinhas – um futuro tio.
“Um sobrinho? Aquele bastardo já tem um herdeiro?” Pensou Sesshoumaru.
Ela pegou o chá e se sentou perto dele. Encostou sua cabeça no ombro do dai-youkai e ele passou o braço por sua cintura.
– Está cansada, Rin? – perguntou tranquilamente.
– Um pouco. Se importa seu ficar um pouco aqui, encostada no seu ombro?
– Claro que não me importo. – ele passou as mãos nos cabelos de Rin e em pouco tempo a jovem estava dormindo. Ele, pacientemente, colocou-a em seus braços e recostou-a no futon. Olhou para a beleza de Rin e ainda perplexo se perguntou mais uma vez: “como uma humana pode exercer tanta influência sobre mim? Como posso amá-la tanto?” Então, ele também fechou os olhos a fim de descansar um pouco, mas algumas preocupações invadiram sua mente. Takara e o jeito como havia mostrado sua indignação ao sentir o cheiro de Rin em Sesshoumaru. Ela com certeza queria vingança e Sesshoumaru jamais permitiria que Rin fosse vítima disso. Precisava protegê-la ainda mais.
Longe dali...
– Toshiko, minha irmã, sabes quem eu encontrei nas terras do clã do falecido general Inu no Taisho? – perguntou Takara para sua confidente e irmã mais nova.
– Quem? Não me diga que o príncipe...
– Sesshoumaru. Isso mesmo. Continua belíssimo.
– E você continua com essa fixação por ele? E o pior, continua fazendo com que nosso exército lute contra eles? Esqueça essa vingança tola, minha irmã. – era evidente que, mesmo sendo mais nova, Toshiko era mais prudente e sensata visto que sua irmã era mais exlplosiva.
– Vingança tola? Tenha dó, Toshiko! Eles humilharam nosso exército.
– Mas isso faz muito tempo. Você só está matando mais e mais soldados nossos nesses embates. Você sabe o quão forte é o clã deles e agora, pelo que me disse, estão sendo comandados pelo príncipe Sesshoumaru. Isso é loucura!
– Não subestime o nosso exercíto! – Takara aumentou o tom de voz. – E justamente agora que Sesshoumaru é o general é que as coisas ficarão bem mais interessantes.
– Esqueça-o. Desde que o viu pela primeira vez não consegue esquecê-lo. Está presa no passado, minha irmã. E sem querer ofender, ele nunca sequer olhou para você.
– Pois não sabe ele o que está perdendo! Sou uma youkai completa, forte e bonita.
– E muito modesta. – completou Toshiko.
– Pare com suas ironias. Mas sabe o que me incomodou quando o encontrei?
– O fato dele continuar solteiro e mesmo assim não querer nada com você? – chutou Toshiko.
– Não, muito pior. Sesshoumaru cheira a humano. Eu pude sentir o cheiro humano nele.
– Takara, vocês está me dizendo que é provável que Sesshoumaru seguiu o mesmo caminho do pai e agora está com uma humana? – ela soltou uma gargalhada. – Eu disse para esquecê-lo, e agora mais ainda, já que ele é um youkai compromissado.
– Eu tenho cara de quem desiste? Não, minha irmã. Eu vou conseguir fazer com que Sesshoumaru se livre de sua humana e ainda fique comigo.
– Esta sua paixão por ele está te deixando cega, Takara. Por favor, tenha cuidado. No fim, não diga que eu não avisei. – dizendo isso, Toshiko saiu deixando sua irmã sozinha.
“Toshiko não sabe o que está por vir.”
– Kazuo! – gritou Takara. Kazuo era um dos servos mais fiéis dela, um youkai tranquilo e muito obediente.
– Sim, minha senhora. – respondeu o criado.
– Quero que você descubra a localização do príncipe Sesshoumaru e o que ele está fazendo de sua vida agora. Se está casado, se tem filhos, se mora sozinho... essas coisas.
– Sesshoumaru-sama, filho do falecido Inu no Taisho?
– Esse mesmo. E seja rápido. É só isso. – falando nisso Kazuo partiu para seguir a ordens de sua senhora.
“É humana do Sesshoumaru, espere-me! Vamos ver quem é mais forte...”
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