A Escolha
Eu te amo
No dia seguinte...
Pov's Elsa
—Pronto-declarei quando terminei de maquiar Merida.
Lhe entreguei o espelho e ela se olhou,arregalando os olhos em seguida.
—Caramba!Amei!-disse animada-Valeu Elsa!
Sorri,dando de ombros.
Eu estava com as meninas no meu quarto,tendo o "nosso dia",como Seeylfe tinha dito antes.
—O que acharam?-encaramos Seeylfe,vendo seu cabelo todo trançado-Moana que fez.
—Aí que lindo!Eu quero também!-aleguei.
—Ah...tá.Senta aqui-Moana indicou uma cadeira.
Me levantei da cama e me aproximei,sentando na cadeira e ficando de costas pra ela.
—Vê se não arranca a cabeça da Elsa quando for pentear o cabelo dela-provocou Seeylfe com um sorriso.Ela realmente não tinha filtro,pelo amor.
—Seeylfe...-repreendi.
—Ok,parei-riu-Ei Meri.Que tal eu passar a chapinha no teu cabelo?
—Enfia a chapinha no seu...
—EITA BAIXARIA!-ela cortou a Dunbrooch num tom incrédulo-Depois sou eu que é a boca suja!
Soltei uma risada.
—Elsa-chamou Moana baixinho e virei a cabeça para escutar melhor-Desculpa...
Franzi a testa.
—Pelo o que?-questionei.
Ela pôs a mão em meu ombro.
—Por tudo-cochichou.
Suspirei aliviada e coloquei minha mão sobre a sua,afagando-a de forma carinhosa.
(...)
—O busto fica frouxo...-comentou Seeylfe ao se olhar no espelho,trajando um vestido meu-Isso é porque a Snow tem uns peitões!
—Seeylfe!-protestei ficando vermelha.
—Que?É verdade-empinou o nariz-Vou experimentar outro vestido.
—Eu quero brincar disso também-respondeu Moana risonha se levantando e as duas entraram no closet,sumindo de nossas vistas.
Suspirei,me aproximando mais de Merida.
—Muito bem,pode falar-pedi.
Ela franziu a testa confusa.
—Do que você tá falando?-perguntou.
—De vez em quando,você estava com um olhar pensativo e às vezes com as bochechas coradas-relatei-Estava pensando em alguém.
Ela arregalou os olhos,corando violentamente,o que a entregou.
—Sabia-comentei-Meri,sabe as regras da Seleção.Seeylfe se arrisca demais e Punzi foi punida cruelmente.Não quero ver outra amiga minha sendo açoitada.
—Eu sei que é perigoso,mas...aconteceu-murmurou atordoada abaixando o olhar.
Dei um sorriso.
—Quem é?-questionei.
Ela me encarou receosa.
—Promete não surtar?-pediu.
Receosa,assenti com a cabeça.
Ela suspirou.
—É o Hans-revelou.
Torci os lábios constrangida.
—Não parece surpresa-comentou franzindo a testa.
—Não muito-aleguei-É que já peguei Hans lhe olhando uma vez,mas não imaginava que vocês tinham uma relação.Quando começou?
—Depois do baile de Halloween-respondeu abaixando o olhar-Eu não esperava que Hans fosse gostar de alguém e justamente de mim.
Ela bufou.
—Sabe o que eu mais odeio,Elsa?-perguntou irritada e eu neguei com a cabeça-É o que eu estou doida por ele!Argh!Que ódio!
Sorri.
—Você sabe que te entendo mais do que ninguém-alertei fazendo-a rir.
—"Odeio o Frost!Ele é um babaca!"-ela remedou me fazendo rir-Pagou com a língua!
—Pois é!-concordei-Quer que eu confronte Hans para saber as intenções dele?
—Ah...eu não sei...-disse receosa.
—Ou vai eu ou vai a Seeylfe-avisei fazendo-a arregalar os olhos.
—Tá bom!-cedeu rolando os olhos-Não conta para as meninas ainda.Fica só entre nós duas.
—Pode deixar-sorri.
(...)
Depois do almoço,pedi que Hans me encontrasse no jardim.
Eu estava sentada em um dos bancos quando o Silvys se aproximou,parando em pé ao meu lado.
—Senhorita Elsa-acenou com a cabeça.
O encarei firmemente.
—Estamos sozinhos,não precisamos de formalidades-aleguei-O que você realmente sente pela Merida?
(...)
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Ele arregalou os olhos surpreso.
—Porque está me perguntando isso?-questionou.
—Porque ela me contou sobre vocês dois e eu me preocupo com minha amiga-justifiquei séria-Responda a pergunta,Silvys.
Ele suspirou e sentou do meu lado,com o olhar baixo.
—Quando decidi vir como guarda do Palácio,além do motivo de querer meu próprio sustento,foi por você-revelou-Eu era apaixonado por você e queria conquistá-la.Mas você não deixava eu me aproximar dessa forma e ficava cada vez mais próxima do Jack.Antes de você dizer que estava apaixonada pelo Frost no baile de Halloween,olhei Merida de uma forma que nunca havia olhado pra ela.Começamos a conversar e percebi que havia uma garota completamente diferente da imagem que eu havia criado da menina Dunbrooch.E então...eu a beijei e quando fiz isso,senti coisas que nunca havia sentido com nenhuma garota que beijei.Merida bagunçou meus sentimentos e pensamentos de uma forma inexplicável,que quando você me beijou para tentar se vingar de Jack,eu não senti as mesmas sensações.Fiquei confuso e assustado por um tempo,mas hoje posso afirmar com todo o meu coração,que eu amo Merida Dunbrooch.Amo demais e quero muito que ela seja minha esposa,se ela aceitar.
Lágrimas escorreram pelo meu rosto,de forma silenciosa.
—Você mudou,Hans...-murmurei surpresa-E gosta mesmo dela.
—Amo,na verdade-corrigiu com um sorriso-Eu tenho sua bênção,Snow?
Ri,lhe dando um empurro de leve.
—Tem sim e boa sorte-desejei-Sabe muito bem que Merida não tem um temperamento fácil.
—Pode deixar-afirmou sorrindo.
(...)
Abri a porta do meu quarto e me surpreendi ao ver Jack sentado na minha cama.
—Oi!-exclamou se levantando-Vim lhe procurar,mas as criadas disseram que não sabiam onde você estava,então resolvi esperar aqui.
—Estava fazendo um favor para Merida-expliquei-Aconteceu alguma coisa?
Ele fez sinal para fechar a porta e eu fiz,me aproximando e me sentando ao seu lado.
Jack meteu a mão dentro do terno e retirou alguns papéis.
—São registros bancários do meu pai-respondeu me entregando.
Analisei os papéis por uns instantes,arregalando os olhos em seguida.
—Mas a origem de retirada do dinheiro vem dos cofres reais!-alertei assustada.
Ele suspirou.
—Eu sei-murmurou tristonho se levantando e se afastou,ficando de costas pra mim-Além de cruel,meu pai é ladrão.Ele estava desviando dinheiro público e com medo de que descobrissem,colocou a culpa nos Black.Nunca achei que ele fosse tão baixo à esse ponto.
Engoli o seco.
—Sinto muito-lamentei.
—Não precisa-disse-Os Frost não merecem governar Arendelle.Os Black são os verdadeiros governantes.Vou entregar essas provas para Breu e então você poderá subir ao trono,como a verdadeira herdeira.
Deixei os papéis em cima da cama,enquanto analisava Jack,emocionada.
Tudo o que ele havia feito por mim:Matar rebeldes para me proteger,tratar as castas baixas com devida justiça,tentar proteger Punzi e Flynn,levar chicotadas por minha causa,punir Courtney como merecia e arriscar sua vida para entregar o trono pra mim...tudo porque ele me amava.
E eu o amava também.Disso,não havia mais dúvidas.
—Jack...-minha voz saiu trêmula,mas continuei-Eu te amo...
Ele se virou pra mim,com os olhos arregalados.
—O que disse!?!-perguntou assustado.
Sorri,com os olhos cheios de lágrimas.
—Eu disse que amo você-respondi.
Ele arfou assustado.
—Elsa...-sussurrou.
Me aproximei dele e segurei seu rosto com as mãos,o encarando profundamente.
—Desculpa ter feito te esperar tanto...-cochichei.
Ele deu um enorme sorriso.
—Valeu a pena-garantiu.
Jack agarrou minha cintura e me beijou com tudo,enquanto eu subia minhas mãos para sua nuca.
Nossos lábios brincavam um sobre o outro até que o Frost foi mais ousado e sugou minha língua,me fazendo gemer.Puxei seus cabelos com força enquanto colava mais seu corpo ao meu.
Foi então que alguém bateu na porta.
Afastei-me ofegante de Jack,mas ele me agarrou pela cintura novamente e me puxou pra si,dando mordidas em meu pescoço,o que me fez arfar.
—Vossa Alteza,está aí?
Jack deixou meu pescoço e grunhiu,erguendo a cabeça.
—Tô ocupado!Ocupadíssimo!-respondeu irritado.
—É urgente,Alteza.
—Vai logo-pedi rindo.
Ele me deu um beijo rápido.
—Ainda não acabamos-avisou maroto antes de me soltar e se afastar.
Jack foi até à porta e a abriu apenas um pouco.
—Pois não?-perguntou sério e nada satisfeito.
—Perdoe-me incomodá-lo Alteza,mas tivemos notícias de ataques rebeldes às algumas casas-relatou o guarda-Uma dessas casas foi de Elsa Snow.Os pais dela foram assassinados.
Arregalei os olhos em choque.
Jack me encarou de olhos arregalados,enquanto eu sentia minha cabeça girar e o guarda empalidecia ao ver que eu estava presente.
Meus pais estavam mortos.
—Elsa...-disse Jack preocupado,se aproximando.
Minhas pernas fraquejaram e eu caí de joelhos no chão,enquanto respirava ofegante.
Foi então que as lágrimas desceram pelo meu rosto e um grito de angústia escapou da minha garganta.
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