A Elite de Olimpo City.

Domingo de manhã. (Parte 1.)


Vocês devem estar pensando o que a Garota do Blog está fazendo de pé tão cedo. A verdade é que eu ainda não fui dormir. Por que eu desperdiçaria um tempo tão precioso dormindo quando a vida real é muito melhor?

Tem alguma coisa melhor que um domingão? Ler o jornal na cama, tomando um cafezinho e comendo um ovinho mexido? Não. Nós de Olimpo City não fazemos isso. Nosso café é um brunch e acompanha champanhe, roupa de grife e uma centena de amigos íntimos. E inimigos.

A tia de Percy, Hera Jackson está oferecendo o brunch anual da fundação de Poseidon. Todos foram convidados. Bem, nem todos.

...

Nico está na frente da porta do quarto da irmã pela terceira vez. Está usando uma calça de moletom preto e uma regata branca, revelando nos ombros uma tatuagem de relógio e no outro uma flor de lótus. Ele fecha o punho e bate na porta.

Bianca pegou um comprimido para dor de cabeça e foi até a mesa redonda, pegou a jarra de água e despejou um pouco no copo. Escuta batidas na porta e manda entrar. E toma o comprimido junto com a água. Está usando um short preto e uma regata cinza.

— Já acordou. – Afirma Nico.

Bianca anuí e coloca o copo vazio na mesa.

— E você veio ver se eu estou bem. – Diz Bianca. Nico dá um sorriso e levanta a sobrancelha concordando. - Eu estou bem, sério, só com um pouco de dor de cabeça, mas, eu estava bem quando você me perguntou lá na festa. E quando a gente chegou em casa, antes e depois de eu escovar os dentes. Eu sou a irmã mais velha tente não se preocupar muito comigo. – Bianca pede.

— Está bem. – Diz Nico, mas como ele iria fazer isso se durante 10 meses ele havia ido todos os dias ver a irmã no hospital. Devido ao coma da irmã Nico havia amadurecido.

— Olha, eu estou me sentindo uma idiota. Quer dizer, como é que eu fui pensar que o Leo queria só mesmo conversar? – Bianca questiona e se senta na cama.

— É porque você confia nas pessoas. O que normalmente é bom.

— Menos no caso do Leo.

— Isso aí. Não espere tanto dos outros. Nem todo mundo tem o mesmo coração que você. – Afirma Nico.

— Você vai ter que pedir desculpas para o Percy. Ele só tentou me ajudar.

— Se eu ver ele. – Diz Nico desinteressado.

— Faz isso por mim Nico. – Pede Bianca e Nico anuí e se vira para ir embora. - Mas a questão é: como é que você está? – Pergunta Bianca.

— Eu? Por que a pergunta? – Nico se vira para Bianca.

— No fim da noite, você e Thalia. – Bianca levanta a mão e imita o aceno de tchauzinho.

— Mandei muito mal? – Pergunta Nico e se senta na poltrona de frete para a cama de Bianca. - Ela deve estar achando que eu a odeio. Nossa, eu fui encerrar com um tchauzinho. – Diz Nico inconformado.

— Foi bonitinho. – Bianca brinca.

— No final da noite? Que isso, isso não existe.

— Como você não tem mais nada a perder.

— Nada exceto meu último sopro de dignidade. – Nico acrescenta rapidamente.

— Não. Isso você já perdeu. – Bianca brinca e dá uma risada leve.

— Quer saber, a gente nem vai se ver novamente. – Diz Nico e se levanta da poltrona e vai em direção a porta.

— Não faz isso Nico. – Fala a irmã e vai até ele impedindo de sair e ficando na frente dele. -Você gostou dela. – Afirma Bianca surpresa.

— Ela é legal.

— Não faz isso Nico. – Bianca o repreende.

— O que?

— Não se feche para o amor, Nico. Se deixarmos de acreditar no amor, por que gostaríamos de viver?

— Ela chegou tão de repente e já me envolveu. – Confessou Nico. - Você está certa. Sabe de uma coisa? Eu vou lá falar com ela. Vou me desculpar pelo tchauzinho. Vou dizer que eu gosto dela. E vou pedir uma segunda chance. Melhor, vou conquistar uma segunda chance. – Nico diz confiante.

— Isso, vai sim. – Bianca diz e Nico vai em direção a porta do quarto, mas Bianca acrescenta. - Espere aí. Adorei o plano, mas seria melhor você trocar de roupa, e tomar um banho.

Nico concordou e saiu do quarto.

...

Thalia está no quarto de Jason na clínica. Ela está sentada na poltrona e Jason na cama. Thalia contou a ele sobre o encontro dela com Nico.

— E foi assim? – Jason imita o aceno de tchauzinho. - Tchauzinho é mesmo péssimo.

— Talvez ele quisesse ser engraçado. – Argumenta Thalia.

— Ou talvez fosse tímido. – Acrescenta Jason.

— Ou tenha me odiado. – Diz Thalia.

— São poucas as pessoas que odeiam você. – Jason disse e Thalia faz uma carreta.

— Sei lá. Talvez tenha sido melhor assim. A última coisa que eu estou precisando agora é de um namorado. É que ele é tão misterioso e engraçado.

— Parece que você está gostando dele.

— Ele é um cara legal. – Thalia diz e faz uma carreta e acrescenta – E a Annabeth foi tão má comigo ontem. Eu nem sei o porquê. De qualquer maneira, depois eu converso com ela e a gente resolve. Acho que vou na casa dela.

...

Annabeth está na sala de estar, está na frente da lareira usando uma camisola escura e um roupão fino branco por cima. Suas amigas Piper e Hazel, dormiram na casa dela e estão deitadas nos divãs. A emprega Hestia, trouxe bolos e sucos para as meninas que agradeceram.

— É melhor a Thalia nem dar as caras. – Annabeth disse enraivecida. Ela pega o vestido que está ao lado da lareira, o vestido é curto tomara que caia da cor azul. E nele tem um bilhete de sua mãe.

“Fui a Paris. Brunch as 14h. Use perolas”.

— Não quero ver a cara da Thalia na escola e é melhor ela nem aparecer hoje no brunch.

— Você está chateada mesmo com ela. – Afirma Piper.

— Tomara que nunca fique assim com a gente. – Fala Hazel.

— Vocês nunca farão o que a Thalia me fez. – Diz Annabeth.

— Não, nunca. – Diz Piper.

— Claro que não. – Diz Hazel.

Mesmo as duas não sabendo o que aconteceu.

— Será que o Luke se lembra do brunch. Ia ser péssimo eu aparecer sem meu namorado que eu amo. E que também me ama. – Annabeth disse, e liga para Luke.

Luke acorda no sofá com seu celular vibrando em cima da mesa de centro da sala de estar da suíte do Percy.

— Alô? – Pergunta ele assim que atende o celular.

— Oi, amor. Acordei você?

— Não. Estou acordado.

— Tome um café e uma chuveirada, dorminhoco. Hoje tem o brunch da fundação do pai do Percy, no Palace.

— É. Claro. – Diz Luke e desliga o celular e joga na mesa de centro.

Luke levanta do sofá e vai andando como um zumbi até a porta do quarto de Percy e bate na porta fazendo barulho e chama ele para acordar.

— Luke, não faça barulho. Tem gente aqui tentando se recuperar. – Percy grita.

— Hoje é o brunch do seu pai. – Afirma Luke.

— Botei o alarme para as 9h.

— Já são 10h. – Afirma Luke.

Percy suspira e levanta. A porta do quarto de Percy abre e quem sai é Calipso que cumprimenta Luke. Luke não ficou surpreso por uma mulher sair do quarto de Percy, pois ele sempre tem alguém diferente para namorar.

— Você viu meus sapatos de salto alto? – Pergunta Calipso e Luke aponta para o corredor, no qual, estão os sapatos e ela agradece. Calipso se despede de Percy com um beijo na porta do quarto dele e vai embora.

Luke e Percy vão até o balcão da cozinha, Luke se senta e Percy vai pegar bebida alcoólica, um frasco de “green magma” e o liquidificador para fazer um remédio para a ressaca dos dois.

— Aquele cara o acertou legal. Para você não dar uma de herói. – Diz Luke, vendo o olho roxo de Percy.

— Se eu soubesse o nome dele, eu matava aquele maldito imbecil. E o Leo também.

— O que será que deu no Leo? – Luke questiona.

— Sei lá. Só porque ele não consegue pegar a Quione ele tinha que tentar estuprar alguém. Eu quero matar ele.

— Agora você virou matador? Vai matar eles com sua caneta? – Pergunta Luke brincando com a caneta e joga em cima de Percy.

— Não sacaneie a minha caneta, Luke. É marca registrada. – Diz Percy pegando a caneta e colocando ao lado no balcão.

— Imagine: “ morto por uma caneta. ” Seria engraçado. – Diz Luke e dá uma risada.

— O cara me deu um soco, já lhe falei, foi um mal-entendido. O Leo está me devendo. Agora, é melhor sair de nariz sangrando do que de coração partido.

— Por quê? Eu nem falei com a Thalia ontem.

— E quem falou da Thalia? – Percy questiona e liga o liquidificador.

...

— Então, melhorou? – Pergunta Nico, entrando no quarto de Bianca. Ele está usando uma camisa cinza e uma jaqueta jeans azul com as mangas arregaçadas, uma calça jeans preta e sapatênis preto.

— Agora sim, vai arrasar. – Diz Bianca.

— Está legal, então eu vou nessa. Ah. E sobre o que aconteceu ontem com o tal do Leo, se você quiser falar com alguém que não seja seu irmão, me avise. – Nico pede.

— Certo. – Concorda Bianca.

— Legal. – Diz Nico e vai saindo do quarto.

— Espere. Tem uma pessoa, sim, com quem eu queria falar. – Diz Bianca e vai se arrumar. Coloca uma blusa preta com mangas caídas no ombro e um short jeans.

Nico e Bianca desceram as escadas e encontraram Hades na sala de estar.

— Oi, onde é que vocês vão? – Pergunta Hades e acrescenta. – Vão perde o café da manhã.

— Foi mal pai. – Diz Nico.

— Não dá. – Acrescenta Bianca.

— Mas eu queria saber sobre o encontro de ontem. – Fala Hades.

— Depois. – Diz Nico, saindo pela porta.

— E da festa.

— Quando a gente voltar. – Diz Bianca.

...

Luke liga para a recepção do hotel pelo telefone fixo da suíte.

— Palace Hotel, recepção.

— Oi, é o Luke Castellan falando da suíte dos Jackson. Eu sei que vocês não costumam dar esse tipo de informação, mas, você poderia me dizer qual é a suíte dos Grace, por gentileza?

...

Thalia está andando pelas calçadas de Olimpo City. Thalia ligou para Annabeth mas caiu na caixa postal e Thalia está deixando sua mensagem de voz.

— Oi, Annie, sou eu. Você ainda deve estar dormindo. Mas eu estou indo para sua casa. Queria conversar com você. Está bem. Beijinhos. Tchau.

Annabeth vê uma chamada não atendida de Thalia no celular e deleta, ainda enraivecida.

Parece que as mesas já estão postas. Logo que os convidados chegarem, vamos começar a servir. Vejam o que está no cardápio. Intrigas, mentiras, brigas e traições?

...

Thalia está no quarto procurando seu coturno preto, mas o quarto está cheio de caixas com coisas dela.

— Pai? Você viu meu coturno? – Grita Thalia - Não acho nada nessa zona. – A morena reclama.

— Bem, ajudaria se você desembalasse. – Disse Zeus, na porta do quarto com uma xícara de café. - Olhe, você voltou para casa, para sua vida, você tem que organizar sua rotina.

— Isto não é minha casa, isto é um hotel. E a gente está aqui porque você cismou que não gosta da cor das paredes da nossa casa. – Disse Thalia irritada. Zeus entrega o coturno que estava em uma das caixas. Thalia pega e senta na cama. - Pai, eu já falei que vou a esse brunch, o que mais você quer de mim?

— Thalia, porque você está assim? Você adora festas. Você não é assim. – Fala Zeus.

— Talvez eu seja assim. Talvez não saiba como sou de verdade. – Diz Thalia.

— Está bem. Então me diga. – Pede Zeus e Thalia só olha para ele e volta a colocar os coturnos. - Então, você e o Nico se divertiram ontem no show? – Pergunta Zeus, tentando puxar assunto.

— Sim. Mas, a gente acabou indo parar na festa Beijo na Boca.

— Então a Annabeth deve ter ficado feliz.

— A Annie? Não ficou não. Nem um pouco. E é por isso que eu estou indo lá para casa dela. – Diz Thalia e pega sua bolsa do lado da cama e se levanta e passa por Zeus.

— Bem, esteja de volta para o Brunch, está bem?

— Pai. – Thalia resmunga.

— Querida, escute. Eu sei que voltar foi difícil, mas quanto mais você se esconde, mais vão pensar que você tem realmente alguma coisa a esconder.

— Isso vindo de alguém que está escondendo meu irmão numa clínica. – Thalia rebate.

— É diferente. Estou falando sério, não se atrase. – Diz Zeus e Thalia sai e bate à porta com força fazendo barulho.

...

Thalia foi atendida por uma empregada que a deixou entrar.

— Oi, Annie. – Cumprimenta Thalia assim que vê Annabeth descendo as escadas.

— Thalia. – Diz Annie surpresa.

— Trouxe algumas coisinhas para o nosso café. – Diz Thalia e levanta uma sacola.

— Eu não me lembro da parte de ter te convidado você aqui. – Diz Annabeth e vai até a mesa de centro da sala e olha algumas revistas.

— Eu liguei para você. Annie hoje é domingo. Bolo, croissants, nosso café da manhã. Já é tradição. – Fala Thalia.

— Eu fiz novas tradições.

— Não podem ser tradições se são novidades. – Diz Thalia ficando irritada. Annabeth se deita no divan e olha um jornal, Thalia vai até ela e senta na ponta do divan. – Olhe, Annie, eu estou me esforçando. Achei que estava tudo bem entre a gente.

— Estava. Antes de eu saber que você transou com meu namorado. – Fala Annie e Thalia fica surpresa.

— Quem lhe contou? – Thalia questiona.

— O Luke me contou. Pelo menos, ele achou que deveria me contar a verdade. – Annabeth disse magoada, mas não demonstrou sentimento.

— Eu não sei o que dizer. – Confessou Thalia.

— Não precisa falar nada. Eu não ia acreditar mesmo. – Diz Annie e se levanta e vai em direção as escadas e Thalia logo atrás.

— Annie, me desculpa. – Pede Thalia arrependida.

— Quer saber? Eu sempre soube que você era vadia, mas nunca pensei que fosse mentirosa também.

Se uma flecha tivesse atravessado Thalia teria doido menos do que as palavras de Annabeth.

— Annie, me diga o que fazer. – Pede Thalia.

— Não faça nada, Thalia. Apenas se afaste de mim do meu namorado e dos meus amigos. – Diz Annie e sobe as escadas.

A visita de Thalia foi breve e aparentemente dura. Mas sabe o que vem por aí? Vingança. Disseram que é melhor quando servida fria. Alguém com fome?