Sakura tinha a impressão de estar imersa em um sonho. Ela se beliscou algumas vezes para ver se aquilo era mesmo real. Sasori tinha acabado de chegar a Full of Songs carregando um buquê de flores para a garota. O ruivo estranhou a atitude da garota mais não ligou muito, porque ela estava realmente linda em um vestido preto e rendado.

— Você deve estar me achando uma maluca né? – Perguntou Sakura assim que pegou as flores da mão dele.

— Bem, não achei muito normal, mas em você tudo fica fofo. Até as atitudes mais estranhas. – Comentou.

— Eu vou me explicar. É que eu nunca recebi flores antes. Tipo, te ver aqui com elas na mão só pra mim é uma coisa incrível. Foi um gesto bem bonito da sua parte, afinal só estamos saindo há uns dias. – Confessou.

— Engraçado que pra mim parece que te conheço há milênios. – Sorriu e Sakura ficou corada.

— Só um minuto que eu vou guardar o buquê lá em casa e já volto! Não some! – Pediu.

— Ok. Vou ficar aqui. Não tinha outros planos mesmo. – Deu de ombros.

Sakura saiu correndo e subiu até o terceiro andar da loja, onde ficava sua casa. De longe, Sasori acenou para os pais da rosada. Eles haviam sido apresentados outro dia. Tinha sido só um ‘oi’ pra quebrar o gelo, mas ele sentia que aquele tinha sido um passo importante. Engraçado Sasori se sentir dessa forma, pois ele mesmo sempre repetia pra si mesmo que aquele romance um dia iria acabar. O prazo a cada dia ficava menor. Quando Sakura voltou radiante, ela o beijou na boca.

— Nossa! Tinha até esquecido de te agradecer devidamente! – Sorriu.

— Acho que você ainda não me agradeceu devidamente. – Comentou.

— Ah, é? O que quer de mim? – Cruzou os braços.

— Quero conhecer melhor a sua loja. Konan me disse que você me apresentaria, mas até agora você não ofereceu.

— Pensei que estivesse mais interessado na dona da loja do que na loja de fato. – Insinuou e Sasori sorriu.

— Bem, a dona da loja é maravilhosa, mas a Full of Songs também tem seu charme!

— Ok! Por onde começamos?

— Por onde você quiser, Sakura. E, claro, se não for te atrapalhar.

— Relaxa! Essa hora o movimento é fraco!

Sakura segurou a mão do ruivo e caminhou com ela até a sessão Pop da loja. A Full of Songs era dividida por estilo e dentro de cada estilo havia uma outra subdivisão em década e ordem alfabética. O cantinho do Pop era a área mais moderna da loja e tinha até um videogame com jogos Just Dance.

Voilà! Vamos começar pela seção que a sensação dos adolescentes! A seção Pop! – Vibrou Sakura e Sasori sorriu.

— O que chama tanto a atenção para essa seção? – Perguntou Sasori.

— Ah, é a área mais moderna da loja. Tem videogame. E, tipo, os adolescentes costumam vir aqui depois da aula só pra olhar as novidades e jogar um pouco. É a ala da diversão. Sei que você não tem muito a cara de ouvir Justin Bieber e essas coisas, mas aqui é zero preconceito entendeu? Aqui tem de tudo!

— Uma pergunta. Você disse que aqui é dividido por estilo e a subdivisão é por década e ordem alfabética. Como fazem pra dar destaque aos lançamentos? – Perguntou curioso.

— Bem, você não deve ter reparado, mas na frente do caixa ficam os lançamentos! Além disso, no site da Full of Songs nós anunciamos. Fora isso, sempre tem alguma música de um álbum que é lançamento fazendo parte da trilha ambiente da loja que é pro pessoal ter curiosidade de saber o que é e perguntar o que tá tocando, então a gente indica “Olha, é disco tal”. Entendeu?

— O que tá tocando agora é lançamento? Por que eu nunca tinha escutado antes. – Comentou.

— Sim, é “Rihanna - Needed Me”.

— Qual a próxima seção?

— Vamos pra parte de Música Eletrônica. – Disse Sakura já carregando Sasori pelo braço.

A sessão de Música Eletrônica era muito diferente das outras. Sasori mesmo nunca tinha pisado lá, ela ficava no fundo da loja. Era uma seção fechada, escura, com iluminação de balada. Assim que eles entraram na salinha, estava tocando “Alesso - Heroes (we could be) ft. Tove Lo”.

— Sakura, esse espaço é muito legal, mas como as pessoas acham o que procuram? – Perguntou antes mesmo de olhar para as etiquetas dos discos.

— As etiquetas são fluorescentes. O ambiente é escuro e com luzes pra que as pessoas se sintam numa balada. A sala não é muito grande, mas já passa a sensação. – Comentou com um sorriso.

— Agora eu entendo porque vocês não faliram ainda.

— Eu sei que a venda de música anda mal mundo afora, mas aqui em Konoha as pessoas dão muito valor à música. Acho que é cultural. E a nossa loja é a melhor!

— E tem a vendedora mais linda também! – Elogiou e Sakura o beijou.

— Sim, a vendedora mais linda, mais legal, mais tudo e que ainda é dona de tudo isso aqui! – Sorriu convencida.

— Que partidão eu fui arrumar!

— Bem, vamos pra próxima sessão! Sertanejo!

Quando saíram do escuro, Sasori ficou incomodado com a luminosidade. No cantinho do sertanejo não tinha nada muito especial. Quer dizer, quase nada... porque na seção tinha um berrante. Quando eles entraram estava tocando “Chuva de Arroz, do Luan Santana

— Por que vocês têm um berrante? – Perguntou meio chocado.

— Ah, porque o sertanejo de raiz tocava berrante. Aí quem tiver interesse em tocar, pode pegar e usar. Enfim, sei que agora a moda é um lance mais universitário e tal. Tem até puxado bastante pro Pop. Mas a gente gosta de ter as coisas mais antigas também.

— Entendi.

— Você não gosta nenhum pouquinho?

— Não muito. – Fez careta e Sakura riu e em seguida começou a cantar.

Vai ser nossa cidade. Nosso telefone. Nosso endereço. Nosso apartamento. Sabe aquela igreja? To aqui na frente imaginando chuva de arroz na gente

— Com você cantando eu gosto! – Disse Sasori segurando a rosada pela cintura.

— Que bom! – Sasori então beijou a rosada.

— Engraçado que ouvido essa música com você me deu vontade de ir numa igreja e me casar com você! – Admitiu Sasori e o sorriso na boca de Sakura sumiu.

— Não brinca com isso, Sasori! Você sabe que vai embora daqui a pouco. Tá proibido de me fazer pensar em algo assim, entendeu? – Repreendeu Sakura.

— Desculpa. É que eu queria poder ficar aqui com você.

— Eu sei. Eu também queria. Mas chega! Não vamos ficar pensando em coisas tristes! Vamos pra seção preferida do seu amigo!

— Você vai me fazer ouvir o Safadão?

— Mas é claro! – Riu e puxou a mão do ruivo até a seção.

Assim que pisaram no canto, Sakura pegou o CD do Wesley Safadão e colocou pra tocar no CD player e pegou o fone duplo pra ouvir junto com o ruivo. Eles começaram a ouvir “Camarote” e Sasori se divertiu com Sakura dançando e cantando animadamente.

- O Deidara ia me zoar infinitamente se me visse ouvindo o Safadão! – Contou o ruivo.

— Ele não te obriga a ouvir com ele não?

— Não, eu já deixei bem claro que não é a minha praia.

— Ah, queria conhecer seu amigo! Pelo que você fala, ele deve ser a maior figura! – Riu.

— Você nem imagina! Eu sinto pena da Ino ter que aturar ele.

— Ah, se ela atura é porque ama né? Não julgo pessoas apaixonadas.

— Você é muito compreensiva.

— Pode ser. Bem, vamos para a última sessão! Quer dizer, ainda tem mais algumas, mas acho melhor eu voltar pra atender né? Então, vamos para a sessão de Rock que eu – só acho – que é a sua preferida!

— Obrigada @Deus! – Agradeceu Sasori e Sakura riu.

— Que dramático! Mais um pouquinho e você tava gritando comigo VAI SAFADÃO! VAI SAFADÃO!

— Se você falasse isso pra mim na cama, eu não me importaria! – Sussurrou Sasori no ouvido da rosada que ficou arrepiada.

— Danadinho! Bem, vamos pra seção do Rock pra apagar teu fogo!

Sakura puxou o ruivo pela mão e foram até a sessão. Não tinha nada de muito especial, mas era a maior seção da loja e a única que continha vinis. Uma grande quantidade de vinis.

— Aqui é o paraíso. – Constatou Sasori.

— Bem, você já conhece essa parte, mas quem sabe a gente não ache algum vinil pra você?

— Eu to sem grana pra comprar.

— Ah, se a gente achar alguma coisa que você não tenha, eu te dou te presente. Relaxa!

— Ah, não quero abusar!

— Não é abuso! É só ser gentil com alguém especial pra mim. – Deu de ombros e começou a procurar.

— Olha, essa aqui eu não tenho. É o vinil do I’m With You do Red Hot Chili Peppers. Eu tenho só em CD. – Informou Sasori.

— Então é seu!

— Obrigado, Sakura! – Sasori beijou a garota que retribuiu.

— Bem, agora eu vou voltar ao trabalho!

— Posso te buscar no fim do expediente?

— Pode! – Sorriu.

— Ah, amanhã quero fazer um passeio com você de dia. Consegue ter uma folga?

— Como eu sou a minha patroa, acho que sim! – Sorriu – Vou pedir pra mamãe tomar conta da loja, ok?

— Ok.

— Pra onde nós vamos?

— Uma cachoeira aqui perto. Você já foi?

— Já. É fácil de chegar e vive vazia.

— Que bom!

[...]

No dia seguinte...

Quando chegaram na cachoeira, Sasori ficou impressionado. O lugar tinha um toque paradisíaco. Logo, ficaram apenas com as roupas de banho e entraram na água. Estava gelada, mas logo eles se acostumaram.

— Como isso aqui consegue ficar vazio? – Perguntou Sasori incrédulo.

— Não é turístico. – Respondeu Sakura molhando o cabelo.

— Como não?

— O povo local de Konoha esconde esse lugar para proteger da poluição. Se fosse turístico, logo estaria cheio de lixo. É melhor poupar. Aí só os locais sabem da existência daqui. Foi a Konan que te falou daqui né?

— Foi.

— Pra ela te contar é porque ela confia muito em ti. Esse lugar não é pra qualquer um.

— To feliz de ser alguém.

— Pra mim, você é alguém muito especial. – Disse Sakura abraçando o ruivo, que em seguida começou a beijar o pescoço da rosada.

— Bom saber disso também. – Ele marcou o pescoço de Sakura com chupão e ela gemeu.

— Você tá impossível hoje.

— Você me excita. – Confessou com um tom rouco ao pé do ouvido dela, que sentiu o membro do parceiro ficar duro.

— A gente tá num lugar público, Sasori. Controle-se. – Pediu baixinho.

— Tá tão deserto que a gente podia...

— Nem pense!

— Por que não?

— Se pegam a gente, estamos ferrados!

— O que tem?

— Atentado ao pudor ué!

— Desculpa, mas é mais forte que eu! – Sasori disse antes de beijar Sakura apaixonadamente. Então, ela sentiu o membro dele tocar sua intimidade por cima do biquíni, então se roçou nele. Após gemer, Sasori beijou todo o pescoço de Sakura até chegar aos seios. Ousado, ele arrancou a parte de cima do biquíni da parceira e começou a chupar os mamilos rosados de Sakura, que já estavam enrijecidos. Sasori a fez gemer. No entanto, a garota tirou forças de onde nem sabia para se afastar do rapaz.

— Sasori aqui não! – Disse ela procurando a parte de cima do biquíni que tinha sido jogada para cima de uma pedra.

— Ah, Sakura! – Lamentou.

— Outro dia a gente faz tudo o que você quiser, está bem? – Piscou.

— Eu vou cobrar. – Disse Sasori após afundar a cabeça na água. Queria tentar apagar seu fogo.

— Se for em um lugar seguro, eu não vou negar. – Sorriu maliciosamente e Sasori gostou.