A Doutora (Jodie Whittaker) estava na Tardis puxando cabos de alimentação que fluem um liquido verde florescente por eles. A Yaz entra pela Tardis e vê a doutora no chão do setor de painéis principais e sem entender pergunta: Doutora... O que é isso?

A doutora virou seu rosto para ela, sem se importar com seu macacão de couro e luvas cheias de graxa e seus óculos que parecia o dobro do tamanho de seus olhos, e disse gesticulando: Eu tô consertando os cabos de alimentação do jardim da Tardis.

A Yaz olhou para a Doutora e sabia que tinha algo acontecendo com ela, então se abaixou se aproximando dela e a Doutora tirou os óculos vendo que ela tinha algo para falar, e ela calmamente disse: Você tá preocupada. Eu sempre vejo você assim quando tá preocupada fica inquieta e não para de trabalhar na Tardis. Já é a quinta vez que você tá consertando o mesmo cabo.

A doutora sorriu e interrompendo sua amiga disse: na verdade aquele era o da Piscina, ele é Azul.

A Yaz olhou para a Doutora com um olhar de preocupação e afeto e perguntou vendo o sorriso da Doutora se desfazer: É sobre o homem que a gente ajudou? Você?

A doutora começa a lembrar que há poucos dias atrás ela se encontrou com sua versão do passado, sua primeira forma (Will Hartnell) e a Tardis teve sua massa espacial clonada e seu peso infinito fez a massa espacial inclinar já que diferente de ter várias versões da mesma Tardis, isso não tem o mesmo peso, mas duplicar uma consciência infinita numa massa infinita no espaço é totalmente arriscado, então foi colocada sua autodestruição em um lugar vazio e caótico no ano de 2048 no Brasil desolado, cinza, esfumaçado e destruído.

A doutora respira fundo com um pesar no olhar e diz: eu ainda acho que teve algo de errado.

Ela largou os cabos e tirou as luvas e disse para a Yaz sentar do lado dela, quando ela abriu a boca para acalmar sua amiga, o painel da Tardis começou a fazer um sinal de alerta que chamou a atenção delas, a Doutora tirou o macacão sobre a roupa e foi até o painel, a Yaz ficou preocupada e perguntou ansiosa: O que foi doutora.

A doutora olhou para ela e disse recuperando a leveza da respiração: É um pedido de socorro – ela deu uma breve pausa e respirou – do MI6.

A Tardis saiu de Sheffield e voltou para Londres, no salão do MI6. Na cadeira estava sentado um homem jovem, de cabelos escuros e compridos na altura dos ombros, ele estava com os dois pés sobre a mesa, vestia sua jaqueta de couro, fumava um charuto e usava óculos escuros. A Doutora saiu da Tardis, lá fora já era de noite e ela se deparando com esse homem perguntou: M?

Ele apontou para a porta e de lá entrou um homem magro, alto, meio grisalho e com sotaque britânico e disse: Olá Doutora – ele se aproximou tentando abraçá-la e ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, e ele percebendo mudou também - Então doutora, eu sou o Agente M.

Uma mulher de terno e cabelo comprido amarrado entrou pela sala e o M a apresentou: e essa é a agente Q.

A Doutora não deixou de notar o homem na cadeira mestra do MI6 que tinha tirado seus óculos escuros pendurando-os na gola de sua camisa, então ela perguntou apontando para ele: e que agente é esse?

Ele mesmo se apresentou dizendo: meu nome é Mercenário – ele disse esboçando seu sorriso que soltava mais fumaça da sua boca.

A Doutora sorriu e disse numa entonação sarcástica: Um Mercenário? Jura? Não parece grande coisa e nem honroso viver de tirar vidas.

O Mercenário esboçou um sorriso, mas sério em sua voz firme disse: Eu não sou “Um Mercenário”, eu sou “O Mercenário”, o original para ser mais exato.

Ela riu dizendo: Grande coisa

Ele interrompeu sua risada e disse: E você é O Doutor que sequer sabe seu nome – ele deu uma leve risada – quando a gente começar a descer a porrada em alguém você vai estar lá pra “beijar nossos dodóis”

O M interrompeu a discussão em um alto tom de voz e disse olhando para a doutora: o Mercenário interceptou uma suposta chamada que nossos tradutores não conseguem descobrir a língua, então achamos que você saberia identificar.

Ele colocou um micro-computador com um espectrograma sonoro holográfico. A agente Q ligou o aparelho e disse: Essa é a forma do áudio, nós estudamos isso por um tempo.

A Doutora questionou sobre a existência do áudio e a agente Q mostrou para eles vozes estranhas e roucas que diziam: Kvin, Dek Ses, Dudek Kvar, Nau, Dek Sep, Kvardek Tri.

A doutora questionou muito preocupada: A Tradução da Tardis deveria estar funcionando, que língua é essa? – ela olhou para os Agentes e disse – posso levar isso para a Tardis? Eu conheço um lugar que pode fazer com que a rede psíquica neural que traduz as coisas funcione.

O M fez um sinal de positivo e a Doutora correu para a Tardis com a Yaz que entro assustada e perguntou: Aonde a gente vai?

A Doutora sorriu e disse: Ood Esfera, os únicos que podem nos ajudar em traduzir isso.

O Doutor pousou a Tardis numa estação ártica no planeta dos Oods, uma espécie humanóide com tentáculos na boca e um tubo que liga uma esfera na qual eles se comunicam psiquicamente.

Antes de sair da Tardis, a Doutora avisou para a Yaz vestir roupas de frio para aquele lugar. Quando as duas saíram, elas viram um planeta extenso com uma vastidão branca de neve e montanhas, e só se destacavam algumas bases nesse horizonte, onde os Oods trabalhavam agora por sua própria espontaneidade.

A Doutora e a Yaz desceram para uma das bases, e na entrada um Ood parou eles, a Yaz tentou disfarçar o estranhamento ao ver uma nova criatura assim e o Ood disse de forma pacifica: Olá, eu sou o 037, quem são vocês?

A Doutora mostrou seu papel psíquico dizendo ser um mensageiro buscando uma tradução, e mostrou o micro-computador de espectrograma sonoro.

O Ood disse enquanto sua esfera que carregava consigo brilhava

em verde em quanto ele dizia: Tudo bem, estaremos prontos para ajudar.

Eles entraram na base, onde tinham três Oods, mesas de trabalho e uma mesa digital com um brilho azul no meio da base.

Um Ood se apresentou a Doutora dizendo: Prazer, eu sou o 035 – ele estendeu a mão em direção ao micro-computador e perguntou – posso?

A Doutora deu o Micro-computador para o Ood 035 que colocou sobre a mesa digital e conseguiu ler o som, a doutora disse: a minha nave não conseguiu identificar o idioma, e minha amiga também não – ela apontou para a Yaz que complementou dizendo – e por isso viemos até vocês

Outro Ood se aproximou e estendeu o Espectrograma identificando outras camadas no áudio, ao fundo tinha sons de batidas de metal. Esse Ood se apresentou e disse: Eu sou o 036, identificador da base, esse áudio possui 39 camadas, nem todas elas são úteis, como por exemplo, a velocidade do vento e a direção a umidade do ar e o ambiente ao redor de onde foi gravada, mas esses 37 sinais mostram milhões de locais parecidos dentro de todo o universo conhecido. As batidas são numa frequência identificada como um sinal de socorro. A língua é Esperanto, um idioma humano.

A Doutora agradeceu e voltou a Tardis, por um tempo ela ficou sem entender como uma língua humana não tinha sido entendida pelos humanos?

Então ela buscou e começou a revirar a Tardis, a Yaz não sabia exatamente o que a Doutora estava fazendo, ou procurando, ela tirava partes do chão que ela não fazia ideia que davam para serem retiradas, até que a Doutora gritou: Eureka – ela saiu debaixo de uma das placas retiradas do chão e disse com uma respiração ofegante – eu aprendi essa com Arquimedes. Na verdade eu que ensinei essa pra ele.

Yaz questionou gesticulando: Eureka? - a Doutora fez que sim com a cabeça.

A doutora passou um tempo lendo com seus óculos, enquanto Yaz ria de vez em quando levemente ao olhar aqueles óculos de solda sendo usados para ler. Então a Doutora gritou de novo: Eureka! Eu descobri... São números em Esperanto. 5, 16, 24 e 9, 17, 43 – a Doutora sorriu e Yaz não entendeu – são coordenadas espaciais, que nos levam para... – a doutora colocou os números no painel e o que apareceu deixou ela em estado de choque, paralisada, seus olhos estavam demonstrando um sentimento vazio e triste, e suas pupilas dilatadas pareciam saltar, Yaz se aproximou e perguntou: Doutora, tá tudo bem?

No painel de controle estava escrito: Polarfrey, Kasterbouros.

Yaz colocou a mão sobre o ombro da Doutora que naquele instante saiu de seu estado de choque, e então falou: Eu não sei o que é esse lugar, mas a gente vai passar por isso juntas. Ok?

A Doutora fez que sim com a cabeça e levou a Tardis até lá, eles pousaram em meio a uma floresta coberta de neve, a Doutora programou sua chave de fenda sônica para achar sinais de vida, então eles seguiram o sinal sonoro que a chave de fenda sônica deixava, então o sinal ficou mais intenso mostrando cada vez mais próxima a vida naquele lugar. Quando finalmente identificaram vida perto, eles começaram a ouvir sons de metal e uma voz se aproximando dizendo: Exterminar! (Repetidamente)

Elas começaram a correr para tentar fugir do Dalek a partir daí, e ele passou a tentar atirar nelas, então para sair de lá elas também teriam que desviar, então correram ouvindo repetidas vezes o “Exterminar” e conseguiram sair de lá seguindo a luz do sol, e quando menos arvores tinham, mais a frente dava para ver uma torre de comando que seria um lugar aparentemente seguro, até que um barulho cessou o “Exterminar” do Dalek perseguidor e elas chegaram até a parte clara da floresta.

Yaz, quase sem fôlego perguntou: Estamos a salvo daquele?

Sua resposta se deu na sequência com sons vindo de perto da torre, e dezenas, talvez centenas de vozes diziam “Exterminar”, e a aparição desses talvez duzentos Daleks fez com que elas entrassem num pânico paralisado, a Doutora podia sentir tantas batidas em seus dois corações que sentia que seria um dos seus últimos momentos, mas então elas ouviram os Daleks dizendo: A Morte dos Daleks está chegando. O Lobo Mau está vindo, O Lobo Mau está vindo

No meio de uma floresta vazia, uma música começou a tocar, Warriors de Imagine Dragons numa versão mais épica e lenta, enquanto isso uma fumaça preta rastejou por meio das duas e subiu há alguns metros atrás das duas, formando um circulo de fumaça que começou a sair uma luz de dentro, e no refrão começou a aparecer alguém vindo.

O Mercenário estava descendo do portal usando matéria escura para fazer asas detalhadas com essa matéria solidificada batendo asas do “Anjo da Morte” para que pousasse entre as duas, então ele pisou no chão e as asas sumiram, ele se preparou em posição de corrida e num ponto da musica ele saltou para frente com um enorme impulso com uma katana na mão direita, no meio da impulsão surgiu um anel de fumaça na frente dele que se abriu e fechou com ele dentro, depois ele reapareceu dando o mesmo impulso, mas numa velocidade muito maior, passando dos Daleks, puxando uma ventania que quase derrubou a Doutora e a Yaz, então ele parou cinco passos atrás dos Daleks e embainhou a katana fazendo com que um vento forte fizesse uma onda de corte que atingisse os 200 Daleks, e desses Daleks cortados ao meio e suas faíscas, o vento se uniu a elas em fogo e subiu uma Fênix no céu, então o Mercenário deu dois socos no lado esquerdo do próprio peito e a Fênix foi até o peito dele, formando um brasão de Fênix na camisa preta debaixo da jaqueta, escrito “Phoenix” nos entalhes.

As duas estavam impressionadas, mas ele não ouviu agradecimentos, só olhou para a torre e abriu um portal de fumaça preta debaixo dele e ele caiu sumindo de vista.

A Doutora e a Yaz foram até a torre de controle, chegando lá viram uma porta de ferro com uma barra na tranca e um sistema de engrenagens rotatórias. A Doutora usou a chave de fenda sônica na porta que se abriu

Do lado de dentro, se via um ambiente diferente do de fora, parecia um calabouço, e as janelas que se viam fora já não estavam lá, era por fora, um ambiente tecnológico que não passava de uma ilusão a nível psíquico.

Lá dentro havia um berço vazio e um corpo humanóide sintético derrubado em um canto, aparentemente morto.

Yaz olhou assustada para o corpo e perguntou para a Doutora eu se aproximava do berço com seriedade: era ele que viemos ajudar?

A Doutora começou a escanear o berço, e sem esboçar reação ela respondeu: não, nosso objetivo era alguém nesse berço

Yaz olhou para ela e perguntou desesperançosa: então a gente chegou tarde demais?

A doutora terminou o escaneamento e disse com um sorriso estampado no rosto: não, não com essa belezinha aqui – ela disse mostrando a chave de fenda sônica e saiu correndo até a Tardis.

Yaz disse com um suspirar pesado: eu odeio quando ela não me explica as coisas.

Quando as duas entraram na Tardis, a doutora colocou a chave de fenda sônica para ser escaneada e puxou a alavanca da Tardis que se materializou no quarto de uma criança, as duas saíram e viram o Mercenário sentado numa cadeira balançando um berço e cantando uma música que as duas não entendiam a língua, ele viu elas e fez um sinal para que ficassem em silencio, já que o barulho da Tardis já devia ter alertado alguém.

Uma pessoa bateu na porta levemente e entrou no quarto, era um homem de cabelos castanhos entrou pela porta e disse: tudo bem ai? Que barulho foi esse?

O Mercenário disse: deve ter sido a maquina de lavar da senhora Noble, pode ficar tranquilo Dave.

Uma mulher de cabelos castanhos apareceu na porta e disse: a gente vai sair você pode tomar conta da Clara para a gente?

Após dizerem isso, o Doutor ficou impressionado com aquilo que parecia ser tanta coincidência

O Mercenário sorriu dizendo: Claro senhora Ellie, é meu trabalho – ele riu olhando o bebê sorrir para ele – e eu faço com amor.

Eles saíram do quarto e a Doutora se aproximou do Mercenário sentando na cama e dizendo: tá, agora explica tudo. Você é um assassino e babá nas horas vagas?

O Mercenário saiu da cadeira e apontou a chave de fenda sônica da Doutora para o móbile de estrelas e planetas da pequena Clara e um holograma de estrelas apareceu no teto do quarto, e então ele devolveu a chave para a Doutora, e após ela pegar, ele disse: leia minha mente... Eu sei que você pode fazer isso – ele olhou para Yaz e disse para ela – fica tranquila, se fechar os olhos também vai poder ver.

A Doutora pôs as mãos nas laterais da cabeça do Mercenário e os três que estavam psiquicamente ligados fecharam os olhos. A Doutora começou a ver o Brasil em 2026, pessoas indo as ruas fazendo protestos, destruindo casas, prédios, e patrimônios culturais, então essas pessoas saiam das suas formas humanas e se tornavam uma forma Xygon, uma criatura humanóide roxa que mudava sua forma para a de outra criatura, e os protestos anárquicos pediam igualdade nas eleições daquele ano.

A imagem passou para um político num palanque propondo a paz e igualdade com os Xygons como projeto de lei, até que ele tomou um tiro na cabeça. A Doutora viu o atirador Xygon por um momento até ver o exército brasileiro e alguns cientistas se reunindo em um total de dez pessoas, e a voz do Mercenário surgiu dizendo: mal sabiam eles que havia um impostor entre eles.

A Doutora viu um projeto de “Cyberdrons”, robôs de dois metros e meio de altura que pulavam tão alto e tinham uma força descomunal, e isso era apenas o primeiro teste, mas ela viu um dos cientistas modificar a interface para que não diferenciasse humanos de Xygons, e até 2028 já haviam milhões deles. Então ela viu uma criança de apenas um ano de idade em 2031, e essa criança estava ao lado de seus pais, mas o rosto deles era impossível de ser visto. Ela viu a criança com apenas um ano sendo levada para o internato militar, e nove anos depois, tendo visto os Cyberdrons matando humanos, e a chuva derretendo a pele e carne de uma pessoa, mas a Doutora não via o medo no garoto de dez anos.

Ela viu que ele começou a treinar tiro no colégio militar, e quando chovia, ele vestia roupas de borracha e mascara de gás para que a chuva ácida provocada naquele cenário cinza e poluído, não o atingisse.

Oito anos depois viu ele já no exército, a criança humana era o Mercenário, e isso a Doutora já reconhecia. Ela o viu em batalhas, ele foi treinado em artes marciais mistas para um possível combate próximo e seu treino de tiro já fazia com que ele acertasse qualquer tiro. Então no caminho de uma batalha, conversando com seus amigos de batalha, ela ouviu dizerem que ninguém sabia os próprios nomes, eram chamados por números ou codinomes que sempre mudavam de acordo com as missões, e naquela missão o apelidaram com o nome do político que levou um tiro na cabeça há vinte e dois anos atrás por se parecer com ele, que antes era escritor e ator, e ele passou a usar o nome Scottie Malcolm Phoenix como seu nome.

Então a Doutora viu um campo de batalha arrasado e a voz do Mercenário surgiu dizendo: Essa foi a batalha bissexta. Ela era uma invasão a uma fábrica de Cyberdrons que seria primordial, e era chamada assim porque nas nossas Dogtags estavam datas de um ano bissexto, uma para cada um dos 366 soldados.

A Doutora viu uma batalha perdida, 365 soldados morrendo, e centenas de maquinas morrendo, naquele campo de batalha só sobrou um... O Mercenário, ela o viu coletar as 365 Dogtags dos seus amigos e voltar para a base eu um dos caminhões que levaram eles até lá.

Chegando à base, ele se apresentou ao General com uma lancheira de metal estilo anos 60, onde tinha todas as Dogtags. Ele as deixou sobre a mesa e o General perguntou num tom autoritário: Relatório da missão soldado 29-02?

O Mercenário disse com um pesar na voz para responder: Fracasso, os 365 soldados morreram – ele apontou para as Dogtags e continuou – e eu...

O general cortou o que ele ia dizer, agora num tom de raiva: Não avançou? – O Mercenário ia responder, mas o general gritou – Exonerado... Por desonra e covardia, ao exército e acima de tudo, ao seu país.

O Mercenário estava saindo e o general disse: pegue essas placas para você viver com o peso da sua covardia, por que nós não vamos tolerar fraqueza nessa base.

Ele pegou a Lancheira e foi saindo, se despedindo e os soldados batiam continência para ele enquanto ele passava. Ele começou a andar pelas ruas desoladas da grande São Paulo e torcer para não ver nenhum Cyberdron ou começar a chover, então ele ouviu um som estranho passando pela avenida paulista e viu a Tardis, sem saber o que era, ele entrou, viu um interior branco e tecnológico, um painel de controle que logo se transformou no atual interior da Tardis, ele riu aliviado com um brilho no olhar, então detrás do painel de controles surgiu uma mulher com a aparência de Rose Tyler (personagem da série), e ela perguntou: Qual é o ultimo som que você gostaria de ouvir?

Seu sorriso sumiu, uma luz amarela ficou intensa vinda do painel de controle e a duplicata da Tardis explodiu com ele dentro. Ele então apareceu em 1984 no Lago Silencio, em Utah, com suas roupas completamente queimadas e metade do seu corpo em ossos que então começaram a se restaurar e ele levantou com o corpo restaurado, a lancheira em mãos e sem roupa, e no sol ardente subiu até um bar e ao entrar as pessoas riam dele por estar nu, e um cara de quase dois metros de altura o ameaçou, então ele ouviu a voz da mulher que encontrou na Tardis: esse é o momento de todos eles, você sabe o que fazer.

O Mercenário deixou o lugar vestido do jeito que conheceu a Doutora, (tirando a jaqueta de couro que ele não conseguiu nesse dia) e atrás dele dava para notar o bar sendo um local de carnificina.

Ele teleportou para a cabeça do Cristo Redentor no rio de janeiro ao por do sol, com uma chuva vindo, e ele se sentiu feliz por isso, sentir a chuva pela primeira vez.

Então ele foi Teletransportado para um lugar escuro e infinito, e a mulher que ele viu na Tardis estava lá e disse a ele: Você ainda não entendeu né? O que bombeia em você e te deixa vivo, sou eu. Eu me chamo Lobo Mau, a consciência mais antiga e poderosa do espaço e do tempo, você só tem os poderes que tem, e só sobrevive a lugares como a Zona Neutra que é cheia de matéria escura, porque eu não quero morrer. E você só sobrevive a mim, porque um corpo sem massa infinita me da uma oportunidade melhor para sobreviver, mesmo que eu seja apenas uma voz na sua cabeça.

Ele respondeu nervoso: Isso não importa, só quero saber que lugar é esse e o que quer de mim?

Ela riu e disse: talvez demore algum tempo e vá doer um pouco tomar todo o conhecimento de espaço e tempo de uma interface, mas essa é a zona neutra, um espaço entre universos, e você pode saltar entre todos eles por conta da sua massa universal, e o que quero de você além de sobreviver, é consertar a linha do tempo das migalhas de brechas que o Doutor deixou. Pessoas que deveriam morrer, eu vou te dar os nomes e você vai achar, assim como pessoas que você precisa salvar.

Ele disse: então O Doutor é o cara que faz as merdas na linha do tempo, e eu sou o Lobo Mau? O Anjo da Morte?

Ela o interrompeu e disse: O Mercenário?

Ele gostou desse nome e isso estava estampado no rosto dele, e ela passou a mostrar todos os rostos do Doutor e disse: eu não tenho imagens de todos os seus alvos, e você se move, ou move as coisas e pessoas no espaço e tempo, por memória fotográfica, a partir do momento que você viu você usa os portais de matéria escura ou o teleporte rápido para chegar ao alvo ultrapassando a velocidade da luz e estabelecendo controle sob minha proteção. Você era conhecido por não errar nenhum tiro, isso na velocidade da luz, você pode derrubar um prédio com uma bola de papel.

As imagens passavam e na imagem da doutora ele já tinha se virado e se teleportado. Primeiro ele foi até uma base onde o Doutor (Christopher Eccleston) e a Rose deixaram um Dalek escapar, mesmo o Doutor querendo matar ele no começo, o Mercenário estava escondido atrás de caixas e após eles saírem, ele teleportou até onde o Dalek pousou e atirou nele com uma arma comum, multiplicando a velocidade da bala pela velocidade da luz.

Depois viu o Doutor (David Tennant) conversando com uma criatura acorrentada, vermelha e gigante com chifres, a representação da besta, e ele estava com uma luva que ele inventou na zona neutra (com materiais roubados, assim como todas as armas e coisas que ele roubou para deixar no lugar onde vive) e perguntou: Posso matar esse?

A voz na cabeça dele disse: Não – então ele escorregou e ia cair sobre a lava, mas abriu um portal e caiu em cima da sua cama.

Aliviado disse: eu sabia que isso era importante.

Depois viu o Doutor e Marta Jones sendo perseguidos por Lazarus numa festa, ele estava usando um filtro psíquico no peito que ele inventou no brasão da sua camisa, que fazia os outros verem ele vestido como ele quisesse e ele estava disfarçado de garçom e ele perguntou se podia matar, mas a resposta era não.

Depois ele inventou uma pulseira que deixava ele invisível e ouviu a conversa do Doutor com Wilfred Mott, em que ele dizia: “Não que eu seja inocente. Eu também tirei vidas, e fiquei pior, fiquei mais esperto. Manipulei pessoas para que se matassem”.

Ele deu um basta naquele momento, e pulou para a morte do Doutor (Matt Smith) no lago silencio, quando ele fingiu sua morte e disse: ele esteve disposto a arriscar milhões pelo que? Se isso é ser bom, se assim é o doutor, alimentado pelo complexo de Deus... Eu prefiro ser o Carniceiro neutro.

Ele pulou para o momento em que o Doutor encontrou com outras duas versões de si e negociou o destino da guerra com Xygons, então voltou a zona neutra e começou a se irar e destruir muito do que ele destruiu, e a voz na cabeça dele se materializou na forma de Rose Tyler e disse: por que?

Ele chorando disse: eu não me lembro dos meus pais, eu não pude lembrar, e esse desgraçado é a razão.

Ele se teleportou para a conversa do Doutor (Peter Capaldi) com outra pessoa que havia se tornado imortal, no fim dos tempos.

Depois ouviu ele conversando com Bill Potts sobre existirem poucas pessoas que valem a pena para salvar o mundo e ele voltou a zona neutra para conversar com a consciência: esse cara não entende o que é salvar esse mundo, ele proclama isso e nunca entendeu, ele sequer esteve numa situação na qual eu estive. De onde eu venho, milhões vivem sem saber o que é o dia seguinte, pois não tem como pagar contas e comprar comida, e se não viverem das migalhas, certamente não existe dia seguinte. Ninguém como ele, um senhor do tempo, sabe o que é ter medo de não conseguir alimentar os próprios filhos no dia a dia.

Então o Mercenário pulou para a Doutora e seus companheiros, Yaz, Ryan e Graham, no momento em que Ryan e Graham se recusam a matar um cara cheio de dentes na cara e prendem ele. O Mercenário espera e quando todos saem, ele abre a cápsula em que o vilão está preso e aponta uma arma na cabeça dele e pergunta: Posso?

O vilão não entende, mas o quando a consciência confirma a morte dele, o Mercenário puxa o gatilho e mata ele.

Então a Doutora vê a ultima memória, o mercenário recebeu coordenadas da consciência para um resgate, mas sem a memória fotográfica ele não sabe onde é, são só coordenadas espaciais, então ele pega um galpão, simula ser um pedido de socorro do MI6, chama atenção do Doutor para um ambiente holográfico, usa o poder que a consciência da Tardis deu pra ele para fazer eles não entenderem um áudio que ele mesmo gravou, faz a Doutora achar o Planeta e se teleporta até a Doutora, e resgata a criança que era a missão, devolvendo ela aos pais.

A Doutora e a Yaz abrem os olhos assustadas, e percebem que a própria musica que ele estava cantando para fazer a Clara dormir estava psiquicamente alterada no tradutor da Tardis, sendo simplesmente uma música em português. Ele sorri e a Doutora simplesmente entra na Tardis com a Yaz e tira ela dali. Dentro da Tardis a Yaz pergunta: Doutora, o que foi aquilo?

A Doutora responde em estado de choque: vimos 750 anos de alguém que me perseguiu por muito tempo, e eu duvido que reste algo humano nele, quando eu senti seu corpo, seus órgãos fluem e vivem não mais de sangue, mas da energia da Tardis... Eu nem sei se ele ainda é capaz de sentir algo.

A Tardis projeta um Holograma do Mercenário que diz: agora fiquei chateado.

A Doutora se sentindo até ameaçada perguntou: O que você quer?

Ele sorriu e disse num tom mais insano: eu quero te fazer uma proposta. Eu posso te dar o que você quiser. Posso te devolver Rose Tyler, salvar River Song, proteger a mente de Dona Noble para que você a veja, Salvar Amy Pond e Rory Willians, salvar Clara Oswald, Bill Potts ou qualquer outro companheiro que você teve.

A Doutora começa a pensar na proposta seriamente e pergunta: E o que você quer?

Ele diz: Destruir a Tardis para sempre.

A doutora já age sem paciência gritando: E por que você acha que eu faria isso? Por que você faria isso?

Ele respondeu gesticulando: eu estou parcialmente ligado a sua Tardis, e ela a mim. Você só viu o que você quer, mas você não viu um garoto de 18 anos sendo exonerado por se importar com seus amigos ao invés de enfrentar milhões sozinho, você não viu alguém que viveu 750 anos sozinho, acordando de crises de stress pós-traumático todo dia nesse tempo, um Bipolar com mais de 100 tentativas de suicídio fracassadas por causa de uma consciência que quer viver e trata ele só como um casulo. Se eu destruir a Tardis, meu coração para de bater pra sempre.

A Doutora viu que sua intuição errou, mas mesmo assim com certo pesar, sabendo que ela tem uma parte de culpa nisso, ela diz: a resposta ainda é não.

Eles voltam para Sheffield, onde a Doutora se despede da Yaz e deita no chão da Tardis pensando.

Enquanto isso, um demônio de Karavat, uma criatura humanóide que deforma seu corpo como quiser para dar medo as suas vitimas está correndo assustada e se esconde ao fim do corredor, e o que poderia dar medo a um demônio.

No corredor, uma foice faz um som estridente sendo arrastada. O demônio escondido usa força telecinética para fechar a porta de metal, as luzes começam a acender e duas explodem, e a do meio fica em vermelho.

Na porta o que persegue bate 5 vezes e no fim a porta cai, e o Mercenário caminha sob a luz vermelha cantando lentamente: “quem tem medo do Lobo Mau? Lobo Mau?”, e então ele acha o demônio e só se ouve um grito estridente.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.