A Crazy Life

Finalmente uma explicação


POV Stiles

A Malia não parou de invadir meu quarto e arranhar minhas costas. Dói um pouco, mas já sofri coisa pior, como dormir de conchinha. Não era doloroso, até que era gostoso, mas me fazia ficar no lugar de mulher, isso não é muito legal.

- Malia. – sussurro. – Malia.

— Que foi Stiles? – pergunta sonolenta.

— Já são seis horas.

— E daí?

— Você tem que ir para casa. Seu pai vai sentir sua falta.

— Tô nem aí.

— Malia!

— Tá bom então. – ela se levanta, me dá um beijo e saiu pela janela.

Tentei dar uma cochilada, mas não consegui. Tudo parece estar girando em volta aquela tal de Annabeth. Acho que tinha ouvido falar dela antes. É, já havia escutado sobre ela sim. A loira é muito inteligente e tem uma silhueta e tanto, mas ainda assim, prefiro a minha Malia.

----------------- Em Beacon Hills High School ---------------------

- Scott, eu tô falando, se o Percy ainda não falou com a Annabeth, precisamos de um plano para ela não matar as pessoas enquanto estiver em forma de... Loba.

— Eu sei que o Percy vai conseguir convencer ela. – diz com convicção. – Afinal, eles são próximos, não é?

— Só que ela parece ser cabeça dura, Scott. O Percy até pode convencer ela, mas também pode ser que ele não consiga fazer isso antes de... bom, você sabe... Lua Cheia.

- Stiles, para de ser um pouco neurótico. Se ele não conseguir, vamos usar as boas e velhas correntes. – o sinal toca e vamos para a aula de economia.

—------------- No intervalo entre as aulas ------------------

Olhei para o lado e lá estava a Annabeth. A coitada não merece isso, ela é muito bonita (mas eu ainda prefiro a Malia, só para deixar claro), inteligente e não tinha nada haver com isto e agora estragamos a vida dela.

- Você tem que entender que o Scott fez isso para salvar a vida dela. – diz Lydia surgindo detrás de mim.

- Eu sei. Só acho que ela não merecia isso. Ninguém merecia.

- Também acho, mas isso fez todos nós nos aproximarmos. Se o Scott não fosse lobisomem, a Malia ainda seria um coiote, eu seria considerada esquizofrênica, os incidentes em Beacon Hills não teriam explicação. Bom eles ainda não tem explicação para a maioria das pessoas. A Annabeth não estaria viva.

Fiquei em silêncio. Lydia tinha razão. Se o Peter não tivesse mordido o Scott, nada disso teria acontecido e as mortes em Beacon Hills continuariam aumentando, cada vez mais.

Lydia foi para seu armário e eu fiquei lá, olhando para Annabeth conversando com sua amiga, Piper McLean, filha do ator Tristan McLean. Ela mora aqui com seu avô, Tom. Não sei o porquê, ela poderia estar em Hollywood, indo na praia quase todo dia, morar em uma mansão e esbanjar dinheiro. Enquanto eu e o Scott estamos sofrendo com as crises econômicas. Falta pouco para ele perder sua casa e virar um sem-teto e eu também. O pai dele poderia enviar um pouco mais de dinheiro para ele, mas isto não é coisa minha. Ele recebe salário mínimo na veterinária e a mãe não recebe muito. Acho que eu deveria arranjar um emprego, assim poderia aliviar as coisas para meu pai. (Autora: Stiles... dá pra parar de falar? Este parágrafo está muito grande! / Stiles: O parágrafo é meu e eu faço o que eu quiser com ele./ Autora: Tecnicamente ele é meu então... PARA!/ Stiles: Quer saber... Não tenho mais nada para falar mesmo! Fim do POV).

POV Annabeth

Aff! A minha prima Alison (não é a Allison Argent) DiLaurentis está vindo para a cidade em duas semanas e vai ficar na minha casa! Ela é uma chata e mimada. Diz que guarda seus segredos e depois te chantageia pra ela não contar para ninguém. E ela está planejando trazer suas amigas, mas não vou permitir que elas morem na minha casa. Mais uma preocupação. Vou fazer uma lista de preocupações:

— Lobisomens;

— Quem vai ser meu par no baile;

— A Alison vindo para Beacon Hills;

— Colégio.

Parece pouca coisa, mas elas são enormes do meu ponto de vista. Será que eu sou um ser sobrenatural? Tenho que falar disso com o Percy. Com quem eu vou ao baile? As meninas sugeriram o Percy. Alison? Essa não tem solução. Colégio? Acho que já dá para perceber. Eu sei que o ano mal começou, mas as provas vão chegar logo, e o segundo ano com certeza é mais puxado que o primeiro. Ainda mais que eu estou planejando pegar as aulas avançadas no ano que vem, e pra isso terei que deixar minhas notas estáveis este ano. Eu sei que o meu QI é alto, mas nada deixa de ser possível, né?

- Annabeth?! – pergunta a Sra. Martin, me fazendo sair dos meus pensamentos.

- Sim. – falei. “Espero que não seja uma pergunta”.

- Você está bem?

- Sim, por quê? – pergunto. Ela olha para meu caderno. Lá estavam imagens de livros de sobrenaturais, como de lobisomens, os sintomas que indicam que você é um... bom, não preciso dizer novamente. Eu provavelmente estava olhando fixamente para as imagens. – É para uma pesquisa.

- Ok, mas quero que guarde isso e preste atenção na aula.

Fechei meu caderno e fiquei quieta. Uma garota do meu lado deu uma risadinha. Que se dane! Tenho preocupações maiores.

Olhei para o relógio. Onze e cinquenta e sete, apenas três minutos para acabar e eu poder ir almoçar para poder conversar com o Cabeça de Alga.

—------------------ 2 min e 55 segundos depois --------------

Cinco... quatro....três....dois....um. O sinal toca. Finalmente posso conversar com o Percy. O que será que eu falo para ele, em relação ao baile, porque a parada dos lobisomens ele que vai ter que explicar.

Vou para a fila pegar meu almoço e vejo aqueles maravilhosos olhos verde-água vindo em minha direção.

- E aí Sabidinha!

- Me fale sobre esse troço de lobisomens logo.

POV Percy

- Não é melhor sentarmos? – pergunto.

- Desde que isso acabe logo. – terminamos de preencher nossas bandejas e nos sentamos em uma mesa no canto do refeitório.

- O que está esperando? – pergunta Annie impaciente.

- É meio complicado... - ela me interrompe.

- Desembucha logo!

- Vamos comer primeiro.

- Você me trouxe aqui para conversar ou enrolar?

Decidi ir pra piscina. Lá não iria ter ninguém, assim eu poderia explicar da maneira que eu queria.

- Vamos! – puxei-a pelo braço e fui a arrastando pelo refeitório.

- Mas e o meu almoço?! – ela tentava livrar seu braço da minha mãe. Ela era bem forte.

- Te pago um depois.

----------------------- No ginásio --------------------

Sentamos-nos na beirada da piscina.

- Por que me trouxe aqui? Não poderia conversar comigo lá no refeitório? – pergunta Annabeth estressada.

- Foi aqui.

- Aqui o que?

- Onde me transformaram.

- Como assim?

Flashback On:

Três meses atrás

Só conseguia ouvir o barulho dos meus braços e pernas batendo na água e minha total concentração, estava na competição de amanhã, que poderia me garantir uma bolsa de estudos em qualquer faculdade.

TUM! Não liguei para o barulho, devia ser apenas o faxineiro. Mas eu estava enganado. Assim que eu estava saindo da piscina, um vulto passou rapidamente por mim e obviamente levei um susto. Andei rapidamente até a toalha. Mas, antes de eu sequer chegar até ela, algo me joga para trás e caio na piscina. No fundo da piscina, eu abri meus olhos, minha perna direita tinha um arranhão profundo. A dor era quase insuportável. Subi para a superfície e aquela coisa tinha ido embora.

Flashback Off

— Você inventou essa história? – perguntou Annabeth.

— Como que eu conseguiria inventar tanta coisa? – ela deu de ombros. Ela estava acreditando. Como eu sei? Não sei como explicar, apenas sei.

— Por que você tá querendo me convencer de que isso tudo é real?

— Acho que nem preciso dizer. – do jeito que Annie é, ela já teria pesquisado tudo sobre lobisomens.

— Lua Cheia. – ela deu uma pequena pausa. – Quem é o Alfa de vocês?

— Scott McCall.

— Sério?! Isso explica como ele virou bom no lacrosse da noite pro dia.

— E além de um Alfa, ele também é um Alfa Genuíno!

— Amanhã você vai me levar até ele. – diz ela entusiasmada.

— Beleza.

Annabeth olhou para seu relógio.

— Ai Meu Deus! Estamos perdendo a aula de inglês! Precisamos ir! – diz ela se levantando desesperada.

— Espera! – ela olha para mim com um olhar mortal. – Que tal você matar aula hoje?

— Você pirou?!

— Olha... Você precisa ver alguém. Ele vai te ensinar muito sobre os lobisomens. – agora seu olhar era curioso. – E você precisa matar aula pelo menos uma vez na vida.

— Pela primeira vez em muito tempo, você está certo.

— O que estamos esperando?! – me levanto e ando em direção a porta. Enquanto isso meu celular começa a tocar. Era minha mãe.

Ligação On:

— Oi mãe.

— Oi filho.

— Por que me ligou?

— Eu sei que você está em aula, mas sua prima está vindo para a cidade.

— Qual delas? – eu tinha muitas primas.

— A Bárbara.

— Ok. Mas por quê?

— Te conto depois, beijos e presta atenção na aula, hein!

— Tá, tchau.

Ligação Off

— Era sua mãe, né? – pergunta Annie, que estava atrás de mim.

— Você ouviu a conversa?

— Não consegui não ouvir. Imagina quando ela descobrir que você está matando aula!

— Ela não vai descobrir. Agora... Vamos.