Estavamos escondidos em uma casa abandonada, escondida entre os prédios, Eu John, Lizzie, Travor, Sarah e Chuck os pais de John e Travor.
Eu estava agachada no meio do entulho. A única coisa que podia ouvir, além de nossas respirações ofegantes, eram os gritos das pessoas do outro lado, os buscadores, agora sabia os nomes deles, estavam pegando todos, tinha certeza que estavam com aquelas armas enormes, mas não ouvi nenhum tiro. Parecia o inferno
Me surpreendi que nenhum buscador tenha entrado aqui até agora, talvez estivessem preocupados de mais com os infelizes humanos lá fora.
- A invasão começou agora? - susurrei
- Não, a invasão já aconteceu a muito tempo, talvez muitas décadas atrás - O susurro de Sarah foi tão baixo que quase não.

- Nunca vi uma coisa assim - eu apontei para a janela, trancada por varias madeiras atravessada nela.

- É porque eles agiam silenciosamente quase a humanidade toda foi sucumbida e ninguém percebeu, mas nós descobrimos - Ela olhou para Chuck com um sorriso convencido - Enfim, como o números de naves começou a ser maior as pessoas começaram a desconfiar e fugir, então não havia mas porque agir silenciosamente, agora eles apenas buscam humanos.

Ela falava com as mãos de um geito engraçado como se estivesse explicando a teoria do Bing Bang.

Sarah e Chuck eram cientistas, do tipo obcecado por extraterrestre, parecia que tinha muito tempo para ensaiar aquilo.

- Eu te avisei não foi pirralha - Travor falou sussurrando também.

Eu ia falar poucas e boas para aquele moleque idiota, nada daquilo ainda me parecia verdade, como se fosse um pesadelo e acordaria daqui a pouco.

- Deixa para lá - falou John em um tom que sempre me acalmava.

John era um menino muito fofo sempre do meu lado, tinha um cabelo liso e castanho claro, vinha até a metade da orelha e enrolava um pouco nas pontinhas, seus olhos era de um caramelo lindo. Até que era forte para a idade, ele também fazia patinação artística, na verdade patinávamos juntos, e como sempre tinha que ficar me levantando, ganhará alguns músculos.

- Meus pais viraram um deles, não foi? - perguntei com a cabeça baixa, com medo da resposta que já sabia qual era.

- Chuck e Sarah apenas assentiram.

- Quando vamos sair daqui? - Lizzie perguntou para Sarah, mudando de assunto.

- Quando a situação estiver mais calma lá fora.

- E para onde vamos? - ela quase gritou.

- Shiiii - disse Travor com o dedo em seu lábio.

- Desculpe - ela disse constrangida.

Dessa vez foi Chuck quem respondeu.

- Temos uma pequena cabana, que usamos para acampar, fica escondida entre muitas árvores e é difícil de achar.

De repente ouvimos um barulho na porta, que estava selada com muitas madeiras, assim como a janela.

Eu estava tremendo tanto que, que peguei a mão de John que também estava.

- Acha que tem alguém ai? - Disse um homem

- Não, mas devemos checar todos os lugares

Eles começaram a bater na porta, para tirar as madeiras, Sarah e Chuck já estavam de pé prontos para sair, John levantou calmamente me puxando com ele, nossas mãos agarradas, sem querer pisei em uma pedra grande que caiu fazendo um barulho enorme. Eu parei bruscamente, fechando o olho e desejando que não tivessem ouvido aquilo.

- Ouviu isso? - perguntou um dos homens.

Pude ouvir que se apressaram em tirar as madeiras, Sarah fez um sinal para agente correr, e eu corri sem me preocupar com o silêncio.

Chegamos ao que me pareceu a portas do fundo da casa, tinha bastante madeiras ali, Sarah e Chuck estavam desesperados para tentar tira-los dali.
- Eles estão vindo - gritou Lizzie

- Parados não se mecham, não vamos machuca-los - gritou um homem

- Não se aproximem - falou Travor

Eles não tinham armas nehuma ,mas Minhas pernas estavam bambas e não podia respira direito, Travor se pois na frente dos pais, enquanto eles tentavam arrancar as madeiras.

Um deles pegou meu braço, e me puchou, eu estava de braços abertos, John segurava minha mão e o buscador meu braço, tentando me puchar delicadamente.

- Solta ela! - gritou John chutando a barriga do cara.

-Vamos! - gritou Sarah

Saímos por uma pequena passagem por baixo, senti um dos homens pegar meu tornozelo, Sacudi meu pé, mas o homem era muito forte, sua mão cobria meu tornozelo todo.

- Não precisa ser assim - ele gritou

John puchava minha mão.

- Sacode o pé! - John gritou.

- to sacudindo!

- Vamos logo! - gritou Travor dentro de um carro do outro lado da rua.

- Então chuta ele - falou desesperado.

John soltou a minha mão e pegou minha cintura e começou a me puchar.

- Eu não posso!

- Pode sim

Fechei meus olhos e chutei o homem, tentei não chutar forte apenas para ele largar meu tornozelo, e adiantou. John me levantou e corremos em direção ao carro. Antes mesmo de fecharmos a porta o carro já estava em movimento.

- Uau - Travor começou a rir feito um idiota - Caramba eles quase te pegaram.

- Isso não tem graça! - gritei para ele.

- Tem sim!

Tive vontade de dar um soco na cara dele, que já estava segurando um bom tempo.

- Tem alguém nos seguindo? - perguntou Chuck sério.

- Não - respondeu John, que apesar de ser mais novo que Travor era menos imaturo que ele.

Estavamos em uma rua escura, tinham alguns homens parados na rua.

- Ajam normalmente - disse Chuck calma de mais.

Meu corpo ficou tenso, quando passamos pelos homens, eles estavam segurando uma arma firmamente, Chuck acenou com a cabeça, e o homem respondeu.

- Ufa - disse travor, o menino idiota.

Depois de alguns minutos Travor voltou a falar de novo.

- Estou com fome, tem alguma coisa para comer ai?

- Tem... - Sarah começou a olhar para a sua bolsa - Barras de cereais, e coca cola.

- Serve - Travor pegou algumas barras de cereais e uma garrafinha de coca cola e entrou algumas barras para minha irmã.

- Tá com fome? - Perguntou john para mim

- Não, só um pouco cansada.

Coloquei minha cabeça no ombro de Lizzie, e tentei relaxar naquele pesadelo.

- Vai ficar tudo bem - eles passou a mão nos meus cabelos, e beijou minha testa. - descanse agora.

Eu estava morrendo de sono, mas não consegui fechar meus olhos, cada vez que fechava a imagem da minha mãe com uma arma vinha em minha mente. ____________________________________________________________________________________________