A Busca por Fafnir

Júpiter! Uma grande vitória pede grandes sacrifícios


Capitulo 15: Júpiter! Uma Grande Vitória Pede Grandes Sacrifícios.

Uma energia maciça e gigantesca brotava dentre as árvores que rodeavam o grupo de jovens. Xiouma, uma garota que sempre estava calma e alerta, estava pouco desorientada. Ela estava a ponto decorrer desesperadamente para o lado oposto àquela presença, mas então Dalilah, sua amiga mais próxima, naquele grupo, segurou-a no ombro.

— Eu sei que ela é poderosa, mas veja... – Dalilah apontou ao restante do grupo. – Temos maior número e... – Ela estava relutante a falar aquilo, mas era a verdade. – todo o nosso esquadrão fora vencido por estes Lycans. Eles têm o poder necessário para nos proteger e com a nossa ajuda...

— Dalilah! Ela deve estar a algumas centenas de metros e nós já a sentimos tão bem. – apertou os pulsos – eu a conheço, já fui derrotada por ela. Várias vezes. Nós, os dez regentes de Ophis fomos derrotados por ela, com apenas dois golpes. Mesmo que sejamos oitenta, não iremos vencer. – Xiouma respirou fundo e segurou os próprios ombros, como se quisesse esconder o seu eu amedrontado aos outros.

Ian, que já estava cansado de ouvir aquele papo, resolveu se levantar e perguntar, o que talvez todos ali queriam saber.

— Quem é essa pessoa?

— Que bom que você perguntou, Gremory. – A garota-da-areia estava mais agitada do que amedrontada agora, então ela decidiu se acalmar, novamente. – Vou contar a vocês sobre o maior experimento de Ophis. Temos pouco tempo, então eu vou ser breve e pouparei detalhes.

Todos assentiram ao comentário de Xiouma e se acomodaram o mais próximo possível dela. Todos já estavam descansados das últimas batalhas e Layah já havia curado a todos por completo também, inclusive Yagger que não conseguia nem andar normalmente.

— Bem... Há mais ou menos vinte e oito anos, os Lycans do clã Gremory perdeu a sua “rainha”, por assim dizer, então eles tiveram de encomendar outra, para que ao menos o segundo filho do seu líder, pudesse nascer, então os demônios fizeram a criação forçada de uma Lycan ½ demônio. Para que isso não ocorresse com esse tempo não fosse perdido novamente, eles projetaram uma para cada líder que viesse, o fato voltou a ocorrer com Claudius, seu pai – Olhou para Ian, mas não tinha nenhuma emoção no olhar. – Essa loba era especial, o pai dela pertencia ao clã Bael, um clã de demônios respeitado, e a sua mãe era uma Lycan Gremory, sendo assim a nova loba nasceu com uma linhagem bem forte e isso era algo que não passaria despercebido aos olhos de Ophis. Ela foi criada pelos demônios e foi viver com Claudius quando possuía apenas catorze anos. Eles se apaixonaram no mesmo ano. O primeiro filho de Claudius completara dez anos quando eles se casaram aos métodos do clã. E, pouco tempo depois, ela engravidou, porém sua gravidez não fora algo comum, pois ela estava a usar as ervas místicas especializadas para o tratamento de uma gravidez segura, que lhes foi entregue por uma maga, que seria Ophis disfarçada, ela as usou e não percebeu que estava caindo numa armadilha. – Ian agora estava em pé, com os ouvidos apontados para Xiouma. – A loba estava gravida de gêmeos, porém um dos corpos saíra imóvel e, ao que parecia, congelado. As ervas que adiantaram o nascimento do seu filho, foi a mesma que sugou a magia demoníaca de sua filha. A menina então foi descartada por Claudius, sem que a Lycan soubesse, mas Ophis havia feito aquilo de propósito, pois neste dia ela já estava a espera de pegar o feto, então a mesma levou o corpo da garota congelada.

— Continue! – Ian estava com lagrimas nos olhos. Estava sendo difícil para ele saber daquilo tudo e, mesmo assim, ele queria toda a história.

— Então... Ophis a levou para seu laboratório, onde eu estava, ainda que com seis anos e sem nenhum tipo de treino ou informação. No laboratório ela cresceu, cresceu rápido, mas sempre fria e pálida. Seus cabelos não tinham cor e seus olhos também não refletiam nenhuma luz, mas Ophis murmurava sempre: “Ela é perfeita”. Com alguns anos, eu me aproximei daquela garota, que agora possuía nome. Júpiter.

— Como o Planeta? - Perguntou, Thiago.

— Sim, como o planeta. O maior planeta, na verdade. E seu nome faz analogia a sua magia. Ela se tornou a melhor e mais usada bonequinha de Ophis. Se tornou uma guerreira fora dos meus olhos, pois sempre treinava sozinha com Ophis ou o neto dela, Douglas, o Hibrido. – Xiouma expirou de forma pesada. – Ela já está próxima o suficiente para atacar, mas ainda temos tempo para acabar a história. Bem, ela é uma Lycan como vocês, mas ela não sabe disso, ninguém além de mim sabia até hoje. Ela nunca utilizou seus poderes de lobo, pois teve eles selados como o nosso amigo aí – Apontou para o cadáver de Crommate. – Mas mesmo sem eles, ela é uma excelente caçadora e sabe exatamente onde todos os inimigos estão. Sua magia principal é uma magia espacial, porque ela mede o espaço, por isso sabe onde estão todos os corpos daqui mesmo os mortos. Ela não possuí Sacred Gear, mas sua magia vale por mais de dez Balance Breakers. Sua magia secundária é a mais poderosa, ela comanda todos os corpos celestes, seu nome é Planet User. É uma magia única que poucos podem utilizar e apenas Lycans conseguem suprir os efeitos e os poderes dela. Júpiter é uma loba de elite, uma caçadora e uma garota sem sentimentos. Ela era como uma irmã para mim, mas na realidade agora não me importo. Eu sou a única que ela realmente tentará matar por algum tempo, então ataquem com formações a distância e saibam o que realmente estão fazendo.

Todos assentiram, menos Ian.

— Então... Quer dizer que tenho uma irmã gêmea do lado de Ophis que quer e tem o poder de me matar e todos nós? – Ele chorava, sem ao menos se entender. – Eu não compreendo mais nada.

— Primeiro, fique calmo. – Ela olhou para Ian. - Segundo, mesmo que tentem, não conseguirão matá-la. Terceiro, não tenham piedade, pois ela não terá. Ataquem realmente para matar e dilacerar. – Dalilah falou enquanto preparava seu arco.

— O.K. – Ian respondeu suspirando.

Sem que percebessem, a presença sumiu. Todos ficaram alertas, mas já era tarde. Um brilho prateado caia do céu. Eram formas hexagonais que desciam girando entre si. No total, sete corpos. Todos os lycans ficaram pasmos com o tamanho daquele ataque, mesmo a distância que Xiouma estimava ser oitocentos e noventa e seis metros.

O grupo esperou um tempo e então, poucos segundos antes de serem atingidos, todos saltaram e esquivaram das formas prateadas.

— O que é isso?! – Janna gritou.

— São asteroides! – Dalilah respondeu. – Esses são sete, eles são só distração para o próximo golpe.

E a garota-do-arco estava certa. Assim que atingiram o solo, os asteroides prateados explodiram numa luz intensa, sem danos.

— Ela nos marcou! – Xiouma falou. Ela estava se cobrindo com sua areia rosa e fazendo uma espécie de armadura, provavelmente para quebrar a marcação.

— Deixa comigo! – Thiago, que estava muito calado, sacou uma nova espada do nada. – Sword Birth: Dusk Sound Sword!

Então uma espada perolada, negra com prata, apareceu nas mãos de Thiago Glasya-Laser, ele, por sua vez, efetuou um corte no vácuo. Esse ataque ao nada fez com que uma onda negra de lâminas passasse por quase todo o local, todas as marcações de prata tinham sido partidas.

— Boa. Toda vez que uma luz estranha aparecer use esta espada. – Aconselhou, Dalilah.

No mesmo instante que Thiago brandiu a lâmina negra perolada, uma sombra os cobriu. Era uma sombra muito grande e parecia pegar um grande espaço. E então, um planeta apareceu no céu.

Todos pararam ao ver aquilo. Era um planeta, uma versão bem reduzida, mas ainda assim era um planeta.

— Nossa! Esse é o ataque dela? Estamos ferrados. – Yagger falou sorrindo.

— Sim, Planet User te dá o poder de fazer tudo o que quiser com o astro que quiser, por um tempo e com pouca quantidade de vezes. – Xiouma explicou enquanto corria para debaixo do Planeta.

— Pela forma e pelos anéis excessivos, acho que é Saturno. E se ele está aqui, ela deve estar próxima. – Explicou, Dalilah.

— Você não imagina o quanto, pequena Dalilah. – Uma nova voz citou, por dentro das árvores.

E então, Júpiter estava lá, escondida, mas se fazia presente junto ao seu planeta, que aos poucos começou a girar seus anéis como uma serra dentada e, então, se lançou a direção dos lobos.

Cada um dos lycans fez um movimento. Os gêmeos fizeram com que ele se retardasse com um Double Solar Cannon, que saiu extremamente rápido, Yagger controlou milhares de rochas que formaram um pilar, Dalilah atirou três tiros concentrados e destruiu uma parte do planeta, Thiago não invocou nenhuma espada, mas usou a que empunhava lançando uma enorme onda de som negro que destruiu os anéis do planeta. Todos ficaram surpresos, mas ainda tinham que lidar com o resto do planeta, já que era enorme. O planeta (sem os anéis) era tão grande quanto um cômodo de uma mansão.

— Cuidado! – Ian tinha avisado. E então atirou uma flecha extremamente concentrada de poder destrutivo no planeta, que estourou em milhares de pedaços pequenos e grandes. – Livrem-se dos danos dos destroços.

Então Xiouma, por sua vez, levantou uma grande quantia de areia e absorveu todos os destroços para si.

— Isso não acabou. Cuidado antes que... – Xiouma foi interrompida. Um feixe de luz amarela atravessou sua barriga e saiu do outro lado do tronco.

— Xiouma... Sempre falou demais. Sempre recebeu maior dano. – Júpiter falava como um robô. Não havia emoção em sua voz. – Esse cometa se formou tão rápido que nem mesmo você o previu. É uma pena ter que matar você, a minha irmã de treino. – Então a garota fez um movimento com a mão e outro planeta se criou do nada. Esse era menor, mas era de um azul mórbido com cinza e aparentava ser gélido, pois exalava vapor azulado. O planeta caiu sobre o corpo tremulo de Xiouma e explodiu em uma onda de energia ciano gelada.

Thiago interceptou a onda de energia gélida com sua espada, mas mesmo as ondas se combatendo era algo grande demais para aquela área. A pedra rosa que Xiouma carregava levitou ao nada, desde onde ficara seu corpo, e então adentrou num círculo mágico, assim como todas as outras Sacred Gears extraídas a força e, provavelmente, retornou à Ophis.

Dalilah entrou em choque por alguns segundos e então mirou em Júpiter com seu arco. Nove círculos rosas percorreram o corpo da garota-cinza, mas ela não se preocupou em dar atenção. Quando a garota com o arco atirou, uma parede de luz dourada desceu, com uma velocidade extraordinária, do céu e ficou à frente de Júpiter. Dalilah hesitou ao ver aquela cena, mas logo seu ódio a recobrou o senso.

Dalilah e Ian estavam lado a lado, Janna, Yagger e Thiago estavam próximos também e os Gêmeos, junto a Layah e Daniel estavam mais afastados. Era uma formação mal feita, já que quem ataca a distância estava à frente de quem tem uma área de ataque menor, mas teria que ser aquela mesmo, afinal não tinham mais seu banco de informações sobre Júpiter.

— Xiouma amava você! Como pôde fazer isso a ela? – Dalilah perguntava com tanto ódio e pesar que parecia que iria desmoronar.

— Ela era, assim como você, uma traidora. Ophis não precisa de vocês. E eu também não e não pretendo gastar mais tempo. – A garota acinzentada estendeu as mãos, estas estavam cobertas por uma espécie de manto marrom que cobria quase todo o corpo de Júpiter. Ela modificou sua postura e, no mesmo tempo, uma energia negra cobriu tudo o que se podia ver. – Planetarium!

A tela negra que surgiu ao redor deles ficou cheia de astros, que aparentavam estar muito distantes deles. Os lycans estavam todos transformados em sua meia transformação, os magos possuíam auras ao redor de seus corpos e Dalilah era a única que estava em sua forma habitual.

— Não se preocupem. Isto é apenas uma ilusão. Ainda estamos na floresta tropical, mesmo a sensação ser de clima frio. Tudo ao nosso redor é igual. Ela apenas deixou o espaço livre para atrair mais astros grandes. – Dalilah apontou seu arco para a testa de Júpiter. – Pink Sagitta!

Duas flechas rosadas foram na direção da garota, mas o real alvo era a sombra dela. Entretanto, Júpiter fora mais rápida e criou uma fenda entre ela mesma e o ataque, que desapareceu assim que tocou a fenda espacial.

— Não será tão fácil assim, Dalilah. Eu me aperfeiçoe muito após o nosso último embate. – Júpiter falou enquanto cresciam linhas azuis finas, iguais as linhas que saem da Sacred Gear de Yagger, em seus dedos.

— Ela pode controlar os planetas com aquelas linhas. – Janna falou, mas parecia óbvio.

Janna, Clary e Zack começaram a emitir energias iguais em cor e tamanho. Ao redor dos seus pelos cresciam ondas douradas de energia. Janna ativou sua Queen Destroyer e gerou um par de patas de urso douradas em cada mão, Zack utilizou dos seus punhos de diamantes e os cobriu com a energia dourada e Clary sentou-se.

— Irei mostrar a vocês, o que desenvolvi nos meus treinos solo. – A princesa DrillShine estava confiante. – Bright Light!

Toda a luz que envolvia Clary, agora estava distribuída entre suas mãos e delas surgiram duas adagas enormes ligadas aos pulsos e mãos da garota.

Os três lobos então se puseram a movimentar. Suas velocidades eram gigantescas, eles atacavam Júpiter por todos os cantos, faziam ela correr e desviar. Eles tinham aberto uma brecha para que Yagger lançasse uma espada cinza, que Thiago invocou no momento correto, na garota-cinza. Júpiter, por sua vez, fez com que outra brecha, porém muito menor, se abrisse entre ela, os lobos e a espada, assim fazendo com que tudo fosse pausado e empurrado de volta.

— Acho que perceberam que eu tenho um limite por astro. Bem, vamos começar logo. – Ela então fez cada linha azul se conectar com uma parte negra da tela do Planetarium. – Via Láctea! – Uma onda prateada correu por toda a extensão negra.

— Que massa de poder imensa é essa? – Yagger perguntou abaixando próximo a Thiago.

— Ela irá invocar os Planetas! Essa foi a técnica que destruiu todos os dez regentes de uma só vez. Puppet Planet. Cuidado e procurem se defender e não atacar. Não gastem uma quantia grande de poder! – Dalilah ditava as ordens enquanto a tela negra ondulava.

Toda a extensão do Planetarium estava vibrando, mas logo os planetas apareceram, uma atrás do outro. Mercúrio, uma massa vermelha com vapores amarelados; Vénus, uma massa esférica rosada com vapores alaranjados; Terra, uma réplica do planeta em si, porém muito menor; Marte, uma massa amarela com vermelho, menor que a terra um pouco; Júpiter, o maior de todos com o tamanho equivalente ao de uma casa inteira, possuindo anéis finos. Saturno, o planeta serra-giratória; Urano, uma massa azul celeste e todo feito de gás; Netuno, uma esfera enorme de água azul-marinho; e Plutão, o planeta o qual matou Xiouma com uma explosão gélida.

Todas essas massas estavam indo em direção ao grupo de jovens, que estavam juntos no chão. Todos estavam boquiabertos com o tamanho daquele ataque. Ian agora estava entendendo o motivo de todos os dez regentes de Ophis perderem em apenas dois golpes, porém não era hora para pensar nisso, eles deveriam se defender.

— Ela não está atacando com todos, não tem espaço para isso, os planetas iriam se anular. Ela vira com no máximo um por vez. E o maior será o primeiro. – Thiago falava enquanto Júpiter enviava Júpiter para atingi-los.

— Ian! Thiago! Yagger! Venham aqui. – Dalilah os clamou e informou um plano rápido a eles.

Logo estavam juntos, os quatro. Thiago pôs sua mão esquerda no chão e puxou de lá uma nova espada. A nova lâmina era prateada com marcações brancas por todo o cabo.

— Sword Birth! Combiner! – Thiago gritava ao lança-la para Yagger, que no mesmo instante a pegou no ar.

Ian, por sua vez, saltou por trás de Yagger.

— Booster! – Ele ativou sua zona de poder Boost e inundou Gjard de poder acumulado rapidamente. – Dalilah! Thiago! Rápido!

— Blanc Mark! – Dalilah comandou seu ataque, marcando a ponta da espada de Yagger e marcando a parte de baixo do planeta.

— Match! – Thiago combinou todos os poderes num só, no mesmo instante que Ian colidiu sua lâmina de poder destrutivo com a lâmina de Yagger. – Vai!

— Redirect! – Dalilah ordenou, assim que Yagger fez o corte no nada, porém mirando o trajeto das marcações de Dalilah no Planeta.

Todos assistiam aquela destruição em massa do planeta com olhos atentos, mas então perceberam que todos aqueles golpes só foram capazes de fazer uma fissura no meio de Júpiter e agora um Planeta dividido em dois caía sobre eles.

Todos saltaram para a fissura, Daniel, o mago prateado, saltou para cima antes de todos e voltou rápido.

— Cuidado! – Ele gritou e caiu sobre Ian.

Saturno, que estava girando feito uma serra-elétrica, descia o céu e sua trajetória ia de encontro com a fissura onde estavam.

— Planet Crush! Para onde irão fugir agora? Mesmo que vocês consigam fugir aos anéis giratórios, vão ser esmagados pela explosão da colisão de duas super massas. – Ela estava começando a demonstrar emoções e a fazer sarcasmos.

Eles estavam à beira da morte, até que Dalilah teve uma ideia. Ela marcou todos com sua marca branca e falou para Daniel usar sua magia de teletransporte, no momento em que o garoto o fez, ela redirecionou a magia para onde Daniel estava com a esperança de todos serem transportados a ele. Deu certo, mas não por completo. Janna, os gêmeos, Yagger, Layah e Dalilah, que estavam mais próximos a Daniel, foram transportados, mas Ian e Thiago ficaram à deriva, na queda dentro da fissura de Júpiter. Entretanto, em poucos segundo todas as duas estruturas massivas explodiram.

— Não! – Janna gritou e tentou correr, mas foi segurada por Dalilah.

— Olhe de novo. – Sugeriu a garota de cabelos rosados.

Ian e Thiago estavam bem. Todas as massas ao seu redor foram desintegradas. Nem mesmo pequenas partículas dos planetas ficaram após a cortina de fumaça abaixar.

— Júpiter! Veja bem. Não sou tão inofensivo, hein?! – Ian gritou. – Já destruí seus planetas uma vez, posso fazer novamente e você, com o meu sangue, deve compreender isso! – Ele apontou a espada para a garota.

Seu sangue? Eu não possuo sangue de ninguém. E não ache que acabou por apenas destruir meus planetas massivos. Ainda tenho outras cartas na manga. – Ela arfava um pouco quando falava, aquela massa enorme de energia devia estar causando efeitos nela.

— Minha vez! – Thiago falou e então saltou. Ele estava segurando uma espada fina, porém enorme. – Giant Birth! Sucker! – Ele se aproximou o máximo possível do Planeta Urano e então lançou a espada nele.

— Tolo! Urano é uma bolha de gás venenoso a todas as criaturas, até a mim. Nunca precisei utilizá-lo e agora você lançou a morte sobre seus amigos.

— Não seja tão convencida! – Thiago retrucou e então estalou os dedos. A espada reagiu ao comando simples e começou a girar. Ao girar a espada estava sugando todo o gás que estava em Urano para si. Sua cor estava mudando aos poucos, todavia em menos de seis segundos todo o planeta havia sido sugado e já não existia mais naquele local. A espada então se desintegrou no ar. – Mais uma ótima espada perdida. Poxa!

— Como um recipiente tão pequeno foi capaz de sugar meu Planeta? – Uma faísca de surpresa foi perceptível em Júpiter – Bem, isso não importa. – A garota cinzenta saltou de onde estava e ficou sobre o Planeta Terra. Ela, então, fez uma das linhas na sua mão tremer e Vénus começou a se mover. Vénus era mais rápido que todos os outros, mas também não parecia oferecer um perigo tão grande quanto os outros. – Vénus, esmague-os.

O planeta foi na direção do local onde tinham mais pessoas, longe de Ian e Thiago. Dalilah e Janna já estavam preparadas para destruir o planeta quando ele atingiu o solo a frente delas. O planeta rosado explodiu numa enorme cortina de energia e fumaça alaranjada. Os gritos do grupo foram rápidos e logo pararam, de forma abrupta.

Ian e Thiago correram na direção deles, mas ao chegarem lá não conseguiam nem enxergar. Ian então fez uma explosão varrer toda a fumaça alaranjada para longe e então viu a cena. Todos estavam paralisados, porém aparentavam ter quebrado alguns ossos, mesmo que não expressassem dor era perceptível a intensidade.

— Eles estão em condições ruins, não é? Agora só restam vocês dois. – Júpiter, de cima da Terra, zombava deles. O que demonstrava cada vez mais a volta da emoção às suas ações.

— Não seja por isso. – Thiago criou um círculo mágico azul em baixo de todos os amigos. – Bones Realese! – Todos os ossos quebrados e torcidos dos amigos de Thiago voltaram ao seu normal. – Eles estão bem agora.

— Não por muito tempo! Ainda estão paralisados.

— Não diria isso. – Layah falava enquanto se levantava. – Minha aura mágica não permite que meu corpo seja controlado por magias de terceiros e, agora que estou no nível High, posso mandá-la para mais algumas pessoas. Heal the Team! – com o comando, uma energia avermelhada caiu sobre todos os outros lycans e humanos deitados no chão.

Logo Yagger, Dalilah e Clary estavam de pé. Janna, Zack e Daniel não foram curados por completo, mas podiam falar e mexer o rosto. Yagger, então, pegou os outros três incapacitados e se pôs a mover para longe dos planetas restantes.

— Não adianta correr. Meu ataque será massivo. Netuno! – Júpiter então cortou a corda que mantinha Netuno no ar.

O planeta azul-marinho perdeu sua orbita e caiu em direção ao nada. Nem um dos Lycans se mexeu, eles já estavam se cansando. Logo o planeta se chocou com o chão e se transformou numa enorme Tsunami, Ian e Thiago foram os primeiros a serem pegos pela água. Ela não era tóxica e não parecia dar danos, porém era densa e não parecia gerar atrito o suficiente para deixar com que eles pudessem nadar. Clary, Layah e Dalilah também foram atingidas, mas não com tanta força, pois saltaram a onda inicial, com muito esforço.

— Pluto. – Sussurrou, Júpiter e lançou seu planeta gélido ao chão.

— Ela quer nos congelar! – Thiago Gritou e começou a invocar várias espadas vermelhas, mas só conseguiu completar a invocação de quatro delas. – Usar a Bones magic me consome muito. Merda!

— Deixa comigo! – Dalilah gritou do outro lado. Ela já havia ativado sua Balance Breaker e agora possuía uma enorme lança ligada as mãos. – Isso tem de ser perfeito. – Falou enquanto posicionava a lança, lançou a mesma e gritou: - Black Mark! –

Enquanto voava, a lança entrou em combustão e uma chama negra urgiu do nada. Ao atingir a base do planeta, que era bastante lento, um círculo mágico enorme se criou e começou a sugar o planeta.

— Não. Não vou deixar! – Então Júpiter estalou os dedos e Plutão explodiu em várias ondas de energia azuis-ciano.

A água embaixo do círculo começou a congelar, mas logo parou. O círculo mágico estava a sugar cada vez mais rápido a essência marcada e isso fez com que todas as ondas de energia voltassem para ele. A lança então retornou para Dalilah, que já estava quase se afogando quando Layah a pegou. Todo o círculo mágico se transformou em apenas uma marca negra, que fora atingida pelas lâminas vermelhas de Thiago e levada o mais alto possível e lá, explodida em chamas enormes e de longa duração. Thiago também caiu, sem forças.

— Red! – Ian o apoiou nas costas e o levou, com muita dificuldade, para um destroço enorme, que ainda sobressaía a água. – Fique aqui e descanse.

Ian deixou Thiago na rocha e voltou a luta. Ele sabia que também estava chegando no seu limite, mas nada ia pará-lo. Nem mesmo uma gêmea louca. Ele, agora de volta a sua forma humana, saltou da água com seu arco de energia sobre sua lâmina, Gjard, cuja esfera da Zona de poder Boost estava cintilante. A partir do arco, ele formou seis flechas do mesmo tamanho e grossura, mas de cores diferentes: Do carmesim ao quase rosa.

- Rainbow Shoot! – Gritou e então as seis flechas foram a direção de Júpiter, mas a garota saltou de cima para água. Os planetas Terra e Marte foram destruídos com muita facilidade, já que eram bem menores que Saturno.

Ian iria cair e se afogar. Sua zona de poder Boost estava apagada, mas então a segunda safira roxa ascendeu. Zona de poder Demon. Várias ondas de poder cobriram o corpo dele.

— Agora somos nós dois, Júpiter!

— Não, não somos. – A garota saltou com tanta força que formou uma onda na água abaixo dela. Ela subiu até Mercúrio, onde o chutou com tanta força que o mesmo foi com uma velocidade gigantesca para a direção onde estavam Yagger e os outros incapacitados. Com aquela velocidade Yagger não poderia soltá-los e se defender.

O planeta com vapor vermelho era muito menor, porém muito mais rápido que todos os outros, até mesmo mais veloz que Vénus. Ele cruzou facilmente todo os espaço de matéria negra, mas foi abruptamente parado.

— O que aconteceu? – Júpiter estava assustada. Ninguém nunca havia parado mercúrio Antes.

— Eu aconteci! – Clary, a garota loira, gritou. Seus pelos de loba dourados estavam cintilando em energia.

Nesse momento Júpiter urrou de raiva, mas antes que pudesse fazer algo Ian lançou uma flecha em sua direção e a fez se desconcentrar de Clary.

“É sua vez.” – Pensou Clary – “Eu sei que é arriscado. Posso morrer queimada, mas não deixarei Janna e Zack morrerem.”

E então a garota irrompeu em chamas douradas. Todos ficaram assustados pelo clarão e pela quantidade de poder que ela emanava. Ian e Júpiter até pararam sua pequena luta. Clary então gritou fazendo seu ataque. Toda sua pele queimava e formigava, mas ela continuou. Ela liberou todo o seu poder, todas as suas marcas e explodiu o planeta que estava parando. Rochas e brilho dourado voaram para todos os lados numa cortina de fumaça sobre a luz dourada. Entretanto, Júpiter puxou a linha do dedo indicador, a matéria do Planetarium vibrou rapidamente e uma forma circular surgiu e atravessou, com velocidade similar a velocidade de Mercúrio, a cortina de fumaça fazendo-a ser cortada em duas e começar a se dissipar. O brilho também havia acabado. E quando tudo sumiu, apenas restou um corpo de planeta pequeno sobre o corpo de Clary, ela tinha sido cortada no meio pelos anéis giratórios de um Saturno em miniatura.

— Não! Clary! – Zack gritou e tentou sair dos braços de Yagger, mas só caiu na água em agonia e gritos.

— Não é possível... – Janna não conseguia acreditar no que estava vendo. Clary, sua prima, quase irmã mais nova, estava morta. Morreu para protegê-la e ela não pôde fazer nada. – Layah. Tente... Tente ajudá-la!

Layah correu o mais rápido possível, mas ao se mover ela viu o braço de Clary se levantar, como se pedisse para ela parar e então...

— Boom! – Júpiter gritou seguido de uma gargalhada, enquanto olhava para Ian, que estava sem reação em sua frente.

O mini Saturno explodiu, levando com ele o corpo de Clary, sua consciência e sua essência. Zack, agora não gritava mais, apenas parou em choque e desmaiou. Yagger o pegou novamente nos braços.

A água de Netuno estava sendo sugada para fora do Planetarium, que também estava sendo dissipado.

“Droga. Eu não posso perder para esses lobos, mas estou me cansando. Ninguém nunca conseguiu sair consciente do Planetarium.” – Pensou, Júpiter enquanto corria de Ian e lançava estrelas nele.

E então toda a matéria negra deu lugar a floresta tropical, que agora estava praticamente toda destruída e com várias áreas inundadas, congeladas ou em chamas.

— O mundo humano é muito grande! Arg! Odeio isso. – Douglas Grummper, o híbrido assassino, estava atravessando a última fronteira antes do território denominado: América Insular. As ilhas. – Já atravessei tantas correntes de ar que posso sentir todas as aberturas das minhas escamas. Não sei se foi uma coisa boa ter absorvido aquele Youkai, agora tudo está mais difícil.

Ele estava sobrevoando uma área aberta com poucos arbustos secos abaixo dele. Douglas percebeu que o ar ficava cada vez mais úmido também e isso estava o deixando apreensivo, já que o garoto podia sentir toda a natureza e todo o ódio dela por ele. O híbrido também podia sentir a força da maldição do Youkai querendo sair do corpo dele e ir de encontro com o novo espírito hospedeiro.

— Não entendo o motivo para aquela velha me forçar matar aqueles lobos. Nenhum deles me ofereceu perigo, nem mesmo o de cabelos vermelhos. E agora eu estou tendo que atravessar essa distância gigantesca por eles. Eu estou muito zangado e eles vão ter que valer a pena. Já são cinco horas voando e ainda nem cheguei a oitenta por cento do caminho. – Ele lançou uma enorme onda de fogo nos céus. E parou seu voo acelerado abruptamente. – Deveria usar o poder daquele Youkai, já que ele está aqui, ele deve servir para algo.

Douglas então desceu a terra firme, não havia nada ao seu redor, nada além de arvores tropicais e pastos baixos. Logo o híbrido começou a exalar o poder de espírito da natureza que estava dentro dele e em poucos instantes estava coberto por pelos e com duas caudas extras, porém suas escamas e asas haviam sumido.

— Ótimo! – Reclamou. – Não posso manter ambas as naturezas. Não estou mais com pressa, então testarei isso por um tempo.

O garoto-dragão agora era um garoto-gato-cinzento que corria a oitenta metros por segundo. Ele percorreu toda uma ilha em poucos minutos, mas ao chegar à água, ele forçou a mudança de estado e se tornou um garoto-tartaruga com pele robusta e verde, nadadeiras no lugar de braços e pernas e um casco negro nas costas. A velocidade em água era ainda maior que em solo, porém o percurso também. E no meio do caminho, dentro da água, a força híbrida se fez forte fazendo com que ele voltasse a ser um garoto-dragão cansado e pesado, afundando no mar.

— O que? – Bateu forte as asas duras de dragão e liberou uma forte rajada de chamas o impulsionando para fora d’água. – Eu quase morri. É muito difícil usar esses poderes de Youkai e eles me desgastam demais. O irei deixá-los como último recurso. – Disse voltando a voar, agora com menos velocidade.

— Isso tem que acabar! – Júpiter gritou lançando uma estrala cadente na direção de Ian.

— Só depois que você perder.

Ian passou a lâmina de Gjard por dentro da estrela e girou o cabo fazendo pressão o suficiente para que o corpo de luz fosse dividido em dois e explodido para cima e para o solo, enquanto ele avançava. O garoto-lobo-vermelho tentou fazer fortes cortes em arco, porém Júpiter era tão rápida quanto ele e era escorregadia também. A garota-cinza estava adquirindo cor e emoções ao decorrer da batalha, agora ela parecia estar desesperada.

Júpiter então conseguiu surpreender Ian, ela o explodiu por baixo com uma espécie de nebulosa azul-rosada. A explosão teve tanta pressão que o empurrou até onde estavam Layah, Yagger e Dalilah e também o corpo morto e molhado de Cromatte, ele parecia não ter sofrido dano algum durante a batalha dentro do Planetarium.

“É minha chance” Júpiter pensou.

— Planetarium! – Ela ergueu as mãos e mais uma vez tudo fora coberto por uma massa negra mágica.

— Você está louca!? – Dalilah gritou. – Você não todo esse poder, é impossível.

— Cale-se, traidora! Eu tenho todo o poder necessário. E a magia planetarium é derivada da minha Unkwon Dispelling Light, quase não consume meu poder. Eu utilizo da luz ao seu redor. – Ela flutuou em uma forma negra e então estalou os dedos e toda a atmosfera ao redor ficou quente.

— Isso é mau! – Zack gritou acordando do seu breve desmaio. Todos olharam para ele. – Esse calor. Eu já o senti. Ela vai invocar o sol. Não vou deixar macular o símbolo de Apollo assim!

O garoto então inflamou-se em uma flama dourada. Janna gritou para que parasse, entretanto ele não parou. O garoto estava tão ardido que chegava a superar sua irmã. Diamantes encrustados em rochas brotavam do solo ao redor dele, a pressão na terra e nele eram gigantescas. Júpiter se preocupou, então esticou os braços para a frente e fez uma enorme onda mágica sair dela mesma e ir para dentro do Planetarium e dele surgiu uma bola amarela com vermelho inflamada com um brilho dourado liberando choques térmicos em tudo o que estava ao redor. Dali mesmo aquela massa de poder poderia matar todos se explodisse ou algo do tipo. Todos queimariam ou cozinhariam se ficassem ali por mais tempo.

— Mesmo que eu cozinhe com vocês, os que estão contra Ophis morrerão!

— Não será assim. – Disse uma voz forte do nada. E com essa voz veio um brilho gigantesco tão dourado que poderia cegar qualquer um que olhasse diretamente para ele.

— Não. – Zack estava sem ação. Toda sua magia havia sumido e seu corpo estava todo queimado, mesmo que agora um muro feito de pedras e diamante estivesse a frente deles. O garoto estava de joelhos chorando e socando o chão. – Não! Não! Por que você veio também!?

Enquanto ele gritava, Dalilah não entendia nada. E então ela olhou ao redor e todos estavam sérios se apoiando nas paredes de diamante feitas por Zack. Janna estava tremendo enquanto lágrimas escorriam dos seus olhos. Até mesmo Ian não conteve sua emoção e começou a chorar também.

— Parem de chorar! Não vim ajudá-los por que queria ver crianças choronas! Clary não morreu protegendo crianças choronas! Ela morreu para dar uma esperança de vitória a vocês, assim como eu. Não desperdicem sua segunda chance! Seus tolos! Zack. Janna. Sobrevivam, eu amo vocês e façam nosso clã continuar lindo como é e sempre foi! – Zafrina DrillShine estava ali, segurando aquele sol enorme sozinha. Ela absorveu toda a massa daquele astro gigantesco em um círculo mágico maior ainda. Seu corpo, cabelos, pelos de loba estavam todos inflamados. – Garota. Você se arrependerá de ter matado alguém que eu amo. Extreme Solar Cannon!

E então um canhão de luz dourada gigantesco cobriu toda a tela negra que era o Planetarium. A magia de Júpíter foi forçada a desaparecer e a garota-cinza foi lançada quilômetros de distância deles, provavelmente totalmente queimada ou até mesmo morta. Todavia, Zafrina desapareceu. Apenas restou um círculo mágico dourado com a sua marca no céu e o mesmo foi desfalecendo aos poucos. Todo o clima quente e úmido da floresta passou a ser seco e frio.

— Não acredito que ela fez isso. – Yagger estava incrédulo com o que havia acontecido. Atrás dele Layah cuidava de todos os feridos.

— Eu também não acredito. – Ian falou perto de Yagger. – Ela realmente era uma pessoa invejável.

— Invejável!? Ela era minha mãe! – Zack gritou tão alto que os próprios ouvido estouraram com a pressão feita. – Eu não tenho mais ninguém.

Ian abraçou o garoto, enquanto todos os olhavam. Eles agora estavam mais parecidos. Ian não tinha irmãos e nem pais e agora Zack acabara de perder suas parentes mais próximas, então o garoto Gremory podia entendê-lo muito melhor que todos ali.

— Bom. – Disse Layah. – Agora que acabou de batalhar, posso me poupar tirando isso de você. – Ela encostou em Ian e o fez cair no chão tremendo.

— O que você fez!? – Zack gritou.

— Se acalmem. Eu apenas tirei a minha magia que supria os efeitos colaterais das zonas de poder da lâmina espiritual dele. Dox me pediu para fazer isso assim que ele entrasse em batalha com a zona de poder Demon. Entretanto estou muito cansada e se eu desmaiar ninguém aqui ficará curado até que o inimigo volte.

— Voltar? Depois do que minha mãe fez, aquela garota não pode estar viva.

— Não. Ela não está morta, Zack. – Janna falou. – Sua mãe nos pediu para ser fortes. Então honre o pedido dela. Pare um pouco e sinta o poder vindo de Júpiter. Mesmo que ela estava cansada e debilitada, ela ainda está com tanto poder que dá pra sentí-la bem daqui. Ela está a algumas milhas daqui. É uma questão de tempo para que ela volte. E—

Antes que Janna pudesse falar, Isack Gremory parou no meio deles. Assustando a todos.

— O que você está fazendo aqui? Essas participações inusitadas estão me deixando louco. – Daniel disse enquanto tentava se mexer direito.

Isack sorriu e então contou a todos a história. Desde o nascimento dos bebes, até o que aconteceu na viagem com Zafrina e como ele sabia o que ela iria fazer, porém não tinha dito a ela o que ela faria.

— Quatro!? – Yagger e Thiago falaram ao mesmo tempo.

— Sim. Esme Laser, Rubi Laser, Cobalto Laser e Ame Laser. As quatro joias da coroa Laser. – Ele falou sorrindo, entretanto logo olhou para Ian desmaiado. – O que aconteceu com meu primo?

— Ele exagerou para nos proteger. – Layah disse. – Agora dormirá por algum tempo. Espero que acorde antes que o inimigo chegue. Ele é a nossa esperança mais forte.

— Não se preocupe. Eu estou aqui agora. Protegerei vocês enquanto ele descansa. Enquanto todos vocês descansam.

— Não estou querendo ofender você nem nada. – Layah falou olhando para espada de Isack. – Mas a escama de um dragão de coral é mais forte que uma pena inflamada de uma fênix fátuo. Além disso, ele tem os poderes do clã bael, assim como a nossa inimiga também possui, porém os dela estão escondidos, selados com o lado loba dela, porém quando o selo dela quebrar, ela recobrará a essência de lobo e ficará louca por algum tempo atacando a todos com força total. E isso é muito ruim.

— Entendo. Mesmo assim, vocês precisam descansar.

Depois de Isack insistir tanto para ficar com o turno da noite, todos foram dormir. Ou pelo menos, quase todos. Zack não dormia de forma alguma e então foi conversar com Isack para saber melhor sobre os últimos momentos de sua mãe. E eles ficaram ali por horas, até que a noite deu lugar a um amanhecer bem azulado.

— Arg! O sol tem que nascer dessa forma tão soberba mesmo? – Douglas reclamava.

O garoto-dragão estava sobrevoando os últimos quilômetros do país humano chamado Cuba. Quando foi atingido uma forte energia azul claro que o fez dar para trás e no mesmo segundo foi atingido nas costas por uma lança que cortou a parte esquerda do seu peito e ainda lhe desferiu uma rajada de energia elétrica. Ele gritou, mas conseguiu forças para bater suas asas para mais acima e então olhou para trás e depois para baixo e então viu uma equipe com seis pessoas. E viu a mulher com a lança que o feriu.

— Sou RyuGran Sitri! E essa é a minha Peerage. Prepare-se para ser capturado, hibrido.

— Vamos começar então! – Douglas respondeu gerando uma enorme bola maciça de chamas e lançou-a.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.