A Busca por Fafnir

Caçador Azul X Caçador Vermelho


– Desculpe me intrometer... Mas quem era aquele tal de Brunne dito por você? – Avançou Janna até Red. Ele estava muito calado durante toda viagem pelo mediterrâneo. O que não é normal.

– É... Ele é... – Encarou o chão e com um falso sorriso disse: - Somente uma coisa do passado do meu clã. –

– Ah. É porque você pareceu tão... – Antes de completar ela olhou em direção a Yagger e o viu balançar a cabeça a repreendendo. –

– O que? Tão o que? –

– Ah! Deixa. Eu estou apenas tentando puxar assunto. – Desculpou-se de forma fingida e sorriu.

– Então... Tudo bem. Meu nome é Thiago Laser, sou Príncipe do Clã Glasya-Laser. Você deve estar se perguntando por que eu não tenho o nome de clã completo. É simples. Eu ainda não possuo total poderio da minha parte demônio. Ou seja, sou apenas ¼ demônio. E para ser um Glasya-Laser devesse ser ½ demônio. Sou Portador da Sacred Gear: Sword Birth. Ela cria espadas com vários atributos. E aquele ali... – Apontou para Yagger. – Ele é meu parceiro perfeito. A minha sacred gear completa a dele e vice-versa. – Ela sorriu. – Uma coisa que eu queria te perguntar, Janna. – Sua voz ficou tensa – Por que seu clã olha estranho para usuários de Sacred Gears? –

Ela ficou extremamente pálida e depois suspirou fundo. Antes de começar a falar ela mostrou suas mãos... Nelas tinham gemas, na esquerda uma gema quadrada com cor azulada e na direita uma gema em losango de cor dourada, ambas estavam sobre marcas.

– Estão vendo? Esta é minha Sacred Gear: Queen Destroyer. Com ela eu posso ter força o suficiente para matar uma rainha. Ela me permite criar luvas ou apetrechos em forma de energia que tendem a ser sólidos, com isso eu consigo lutar. Essa Sacred Gear só é entregue a quem possui a marca da recepção. Minha mãe, a ex-líder do clã e minha tia Zafrina, possuíam essa marca, por isso possuíam essa Sacred Gear. A minha Sacred Gear foi despertada após o desaparecimento do restante da sacred da minha mãe. A da Minha tia possui um nome diferente, pois foi a forma “secundária” do equipamento mágico. True Queen Destroyer. Por mais que possua o nome “True” não é mais forte que a minha. Bem... A sua pergunta foi sobre os olhares – ela desviou o olhar para as mãos – É por que. Todos do meu clã sempre desejavam ter o poder de uma Sacred Gear, até que um dia, antes de eu ou os gêmeos nascermos, um homem maléfico ir até nosso clã, levar um de nossos bebes e retirar todas as Sacred Gears das pessoas, a maioria. Vocês sabem o que acontece com quem tem a sacred retirada. – Todos sibilaram “Morte” – Então... Minha mãe, que não possuía a ideia de estar gravida, lutou ao lado do meu pai contra o homem. Enquanto eles lutavam, meu pai foi morto a frente de todos os membros do clã e minha mãe utilizou sua magia Solar ao máximo. O que gerou uma queimadura extrema nela e fez com que o homem que lutara sumisse. Totalmente. O bebe roubado fora levado com um dos capachos do homem, então não se sabe o que aconteceu com ele. E é por isso. Todos os adultos lembram bem do que ocorreu naquele dia. E sabem o custo de uma Sacred. –

– Mas olhar com desprezo não resolverá isso. – Insinuou Red.

– Sim, mas o olhar deles não é por medo ou consciência. Olham desta forma, pois colocaram em suas cabeças que quanto mais pessoas com Sacred Gear estiverem no clã mais homens como aquele viram ao clã causar mortes. –

– Entendo. –

Sem perceberem... Conversaram sobre métodos de ataques e posições de batalha que sabiam e tinham em comum, logo depois começaram a conversar sobre história do mundo místico e do mundo humano, assim souberam que ambos eram ¼ demônio, mas no caso de Janna ela não pode “colar grau”. Red sentiu pena, mas ela não parecia querer efetuar o feito. E assim passaram horas. Yagger tinha dormido e Ian ainda não havia parado de guiar a embarcação. Desde que falara com seu tio sobre a espada, o garoto estava diferente com o resto da equipe.

Finalmente eles encostaram à maior ilha do Japão. O cais da ilha estava na parte da Rede Mística. Porém de Floresta a dentro era totalmente a área de Mundo humano. Yagger fez uma pausa para pensar em algo, mas logo decidiu continuar a caminhar com seus parceiros.

– Bem... Saibam que entraremos logo no domínio humano. Não quero parecer chato, mas não se transformem até chegarmos até a outra fenda de Rede mística mais ao leste. E não façam contato com os humanos. – Disse Ian. Todos assentiram e continuaram...

Um sentimento ruim debatia-se contra Yagger e ele sabia que acontecia o mesmo com os outros...

Agora eles estavam em uma área inabitada, mas que com certeza um dia fora abitada por algum tipo de humano, pois havia prisões, casas, prisões, prédios, prisões e um hospital. Todos embolorados, mas as múltiplas prisões pareciam estar prontas para receber um novo prisioneiro. As correntes estavam ali. Os cadeados abertos e com as chaves penduradas, cheias de teia de aranha velha e areia. Janna estranhou o local. Eles estavam oficialmente em território humano. Foi quando...

– Ah. O que? Ah! – Exclamou Yagger, jogando-se ao chão.

– Yagger! – Gritaram todos. Eles agora estavam ao seu lado.

– O que está havendo? - Perguntou Janna.

– E-Eu Não sei. Mas estou me sentindo mal. Vamos voltar ao barco. – Sugeriu o garoto grandalhão.

– Não dá. Já estamos a uma hora e meia do barco. – Explicou Red.

– Merda! – Exclamou novamente, mas agora socando a parede velha de uma das prisões.

E então continuaram a andar. Chegaram perto de um prédio onde deveria ser uma lanchonete e então, notaram que Yagger, Red e Janna estavam com seus pelos demonstrados.

– Eu não avisei para não se transformar? – Perguntou Ian. E todos pareceram confusos, até que puseram as mãos sobre os rostos e disseram ao mesmo tempo: - O que? -

– Mas eu não... – Falou Janna.

– Nem eu! – Completou Red.

– Tsc. Então é verdade. – Yagger suspirou mil maldições.

– O que é verdade, Yagger? – Perguntou Red, antes que Ian pudesse fazê-lo.

– Vocês não sabem, pois são Príncipes e Princesa do clã, mas os da classe de batalha sabem. Existe um mito. Um mito sobre os lobisomens e o mundo humano. O que vocês sabem é o que leem em história, mas isso não é totalmente verdade. Vamos lá. Vocês sambem que somos lobisomens, Lycans que na verdade são humanos com o poder hereditário de ser tornar uma fera lobo. Mas nós não nos transformamos por completo. Por que será? Há alguns milhares de anos, o mundo era divido em Humanos e rede mística. A rede mística era controlada pelos magos que a criaram, mas certo dia, os Lycans se opuseram aos magos e, por serem mais fortes, os tiraram do poder. Com isso os magos foram para o mundo humano, entretanto os magos nunca perdem uma batalha sem deixar um grande pesar... Eles sabiam que nós, Lycans, só tomamos o mundo deles por termos a nossa transformação, então eles criaram e lançaram uma maldição. “Para estes cães imundos que anseiam terreno, desejamos o Azar. Sua transformação se tornará um peso. Em terras suas não se transformarão e em terras nossas terão o que querem, porém não se controlaram e serão mortíferos a si próprios.” Ou seja, na Rede mística, nós não nos transformaríamos, porém nossa natureza não pode ser retirada assim, logo só nos “semitransformamos” e no mundo humano, nos transformaremos e perderemos o controle, assim atacando-nos até achar e sobrar o mais forte, que por sua vez irá vagar até achar outro Lycan e matar ou ser morto. – Concluiu Yagger, agora além de pelos, ele possuía caninos enormes e garras.

– É verdade. Está acontecendo. Mas o que iremos fazer? – Perguntou Ian.

– Eu não sei. Caro amigo. Vocês que são parte demônio e possuem duas naturezas demorarão a se transformar. Visto que você Ian nem pelos tem ainda. – Disse o grandão.

– Bem... Posso resolver isso por vocês. – Ressoou da floresta uma voz até agora desconhecida. Era uma voz masculina de criança.

– Quem está aí? – Gritou Yagger, mas não houve resposta.

Agora Yagger estava criando Focinho e sentia as dores dos músculos se forçando a mexer. Janna e Red estavam começando a por para fora os caninos e as garras, eles realmente estavam num tipo de vagareza maior. Ian não estava sendo alterado.

– Você. Garoto de cabelo carmim. Não se preocupe. Seu lado demônio cortou completamente a maldição. Esse é o lado bom de ser ½ demônio, não é? – Citou rindo a voz, agora mais longe do que antes.

– Apareça! – Gritou Ian.

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Gritou Yagger. Seus ossos começaram a quebrar. Estava completamente cheio de pelos e seu rosto já era o de um lobo. Ao mesmo tempo em que seus ossos quebravam, os músculos se espalhavam e inchavam como antes. Ele ainda tinha o controle, por isso foi direto para uma das prisões. Lá dentro ele estava trancado, por si próprio.

Red estava quase chorando de preocupação, Janna estava começando a sentir as dores e Ian não sabia o que fazer e então olhou para sua espada... Seu caminho nem tinha começado e já parecia que Ophis iria sair vitoriosa.

– Desistindo? Já? – Disse uma voz máscula e firme, porém fria como um Iceberg. Era estranhamente familiar para Ian.

Quando se virou, lá estava. Reluzindo em contraste com a lua. Um traidor. Um homem cujo nome não honrava. Lá estava o caçador azul. Irmão mais velho de Red, Brunne Glasya-Laser.

– Olá. Ian e Irmão. – Disse Brunne.

Red estava congelado. Estava Azul de tão pálido. Nem conseguia se virar para saber se era real. Então o homem, com um círculo mágico em mãos, o fez virar torcendo os ossos dele para que se virasse.

– Vamos lá. Não me diga que não queria ver seu irmão. – Falou sarcasticamente.

O azul passara a ser verde e Red ficou enjoado como se tivesse recebido um soco no estomago.

– Bem... Mano. Não estou aqui por você. Apenas devo matar seu amiguinho Gremory. A Senhora Ophis não quer que este menino chegue ao seu próximo destino. –

Aquilo foi como um choque em todos. Ophis já estava ciente do que faziam e já tinha traçado seu caminho. Ela estava um passo a frente deles. E o pior... Brunne. O ex-Príncipe escolhido para ser Líder dos Glasya-Laser. Seu membro mais forte e controlador da Bones magic, a magia que controla os ossos... Aquilo era totalmente inesperado. Brunne é conhecido por The Blue Hunter, por seus olhos cor d’água e por suas habilidades de caça, assim como Red.

– Então. A Ophis está se movendo. Não podia esperar menos de quem busca o conhecimento... – Ian parou. Mas parou, pois todos os gritos e urros e uivos de Yagger haviam parado. Ele estava quieto. E da prisão negra e escura, apenas uma luz azul brotava de seu fundo. Os losangos do braço de Yagger estavam pelo menos quatro vezes maiores.

– Oh sim. O Yagger... Aquele lobinho fraco que surrei antes de deixar o clã. Ele ainda está vivo? Com uma Sared Gear Inútil daquelas? – Falou e no fim Gargalhou Brunne.

Todos empalideceram. Yagger era o mais rápido e mais forte dentre os quatro. Brunne o havia derrotado. Como três crianças, sendo duas úteis e uma quase inútil, poderiam derrota-lo?

Janna gemeu de dor novamente, o que tirou a atenção de Ian de Brunne. E neste segundo...

– Cuidado! – Red pulou e atravessou o caminho até Ian, o empurrando para o lado.

– Droga... – Sibilou o garoto de olhos azuis cor do mar.

– Enquanto ele estiver com aquele circulo em mãos. Ele poderá a cada três minutos quebrar os ossos de alguma parte de seu corpo, na distancia em que ele está de nós. – Explicou Red.

– Tenham Cuidado! – Gritou uma voz rouca e turbulenta de dentro da prisão. Era Yagger. Ele estava completamente transformado, mas estava tentando recobrar o controle sobre ela. Sua Sacred Gear estava piscando e cada vez mais forte. Ele perdia e recobrava o senso de controle varias vezes e continuou com isso.

Brunne se apavorou, por um segundo, logo voltou à pose de rei.

– Então o lobinho é forte. Está lutando contra a maldição de quase mil magos. Por mais forte que seja não irá conseguir. – Gargalhou.

– Isso é o que veremos! – Gritou ele novamente.

Janna estava com medo, mas já estava pronta. Em suas mãos ela tinha enormes punhos de urso cor de ouro.

– Não deixarei que essa dor me impeça. E você não tocará Ian! – Gritou para Brunne.

– Ô! Um trio de desajustados. Ian e Eu somos os únicos fortes o bastante para reduzir a maldição a nada. Você e meu irmão logo ficaram no mesmo nível do lobinho ali e começaram a se matar. Então me deixe começar. Bones Reductor! – Então o cículo mágico a mão do mesmo cresceu e explodiu-se, logo ele apontou na direção de Janna, mas antes que algo ocorresse uma espada azul-marinho passou por entre o ombro dele e explodiu em um turbilhão d’água.

– Você NÃO irá mais tocar em nada que é meu. Você irá pagar por tudo o que me fez passar. Irá pagar agora! – Gritou Red, criando duas espadas negras do chão.

– Ora, Ora. Vejamos quem está a querer morrer antes do tempo. Ok, irmão. Irei acabar com você, mas não o matarei. Ainda. Primeiro o farei ver seus amigos morrerem. – Falou e começou a andar pela cidade abandonada, em direção a Red.

No meio do caminho, a prisão onde Yagger estava cedeu e ele sai, completamente transformado e foi atrás de Brunne.

– Será que... – Sibilou a voz de antes... Somente Ian pôde ouvir, mas nesse momento não deu importância.

– AH! Seu Impuro! Morra! – Gritava meio que uivando de forma Tremula Yagger, que foi em direção de Brunne.

– Vem lobinho. – Disse, mas logo preferiu não ter ouvido.

Yagger partiu sobre Brunne, que desviou da colisão, mas, com sua sacred gear, o lobo puxou uma das espadas de Red e esta voou e rasgou o braço esquerdo de Brunne, onde o turbilhão havia acertado e deixado exposto.

– Argh! Seu desgraçado! Bones Reductor! – E então um círculo mágico se criou e explodiu. Yagger que vinha em direção a Brunne foi atingido pela magia e lançado para trás.

No ar, todos os ossos do corpo do lobo foram destorcidos e quebrados para torcer em forma humana. Com um único chiado, Yagger caiu ao chão em sua forma humana, sem roupas, desacordado caído de bruços.

Red se viu em pânico, mas logo foi substituído por ódio.

– Desorder Swords! - E então apareceram três espadas. Nesse momento, Red pegou uma delas, mas o osso de seu braço torceu e deslocou. – Ah!-

– Não fui eu. – sorriu Brunne.

E então as espadas foram lançadas em Brunne, que desviou das três de forma rápida, mas logo foi surpreendido com o efeito das mesmas. Elas se dispersaram e várias agulhas.

– Bone Defense. – E então ossos surgiram do chão girando e desviando todas as agulhas. – Bone Sword! – Gritou e um osso grosso, que parecia o de algum fêmur bovino, subiu a sua frente, mas o mesmo se desintegrou e se formou, o resto, numa espada media do estilho medieval, igual as espadas que Red invoca. – Vamos lá! – Gritou correndo em direção ao irmão.

Com os ossos estalando e quebrando, Red saltou e disse: - Não pense que só você usa magia. Bones Construtor! – E então um brilho amarelo surgiu no chão e vários ossos surgiram do chão e foram à direção de Brunne, que desviou todos com seu controle.

– Vejo que ainda usa minha magia. Tem um melhor controle, mas sou soberano nela. Você não me deterá! – Falou efetuando um ataque a Red, um corte em vertical para baixo.

Tlink! A espada de osso de Brunne se colidiu com a espada de prata vermelha Ian.

– Você... – Rosnou o caçador azul.

Neste mesmo momento, Janna saltou sobre ele, mas foi detida. Com um giro, o cara empurrou-a para o lado com a perna esquerda, jogando-a no chão diretamente ao lado de Yagger. E com Ian, Brunne fez um ataque serrilhado, empurrando Ian e Red para trás.

– Vocês sempre pareceram tão bem juntos. E agora estão ai, no chão, o lugar de vocês. Seus insetos, morram juntos! Bones Release! – Gritou.

Um círculo mágico apareceu em baixo de ambos os garotos, Gremory e Laser, e com um brilho amarelado explodiu. No mesmo momento, Red empurrou Ian para fora e a explosão fez com que ele, sozinho, tivesse todos os ossos de seu corpo quebrados e torcidos para fora.

Red estava no ar, quando seu corpo todo tremeu. Brunne viu tudo com um sorriso venenoso no rosto, mas isso mudou quando ele recebeu um soco bem no meio da cara. Red estava ali, na sua frente. Vivo e brilhando em azul, com seus pelos e dentes voltando ao normal.

– Mas... Como isso é possível? – citou Brunne estupefato.

– Agora. Chame-me de... Thiago Glasya-Laser! – Citou Red.

Ele havia colado seu grau. Agora era um ½ demônio. Isso significava que ele havia atingido o nível mais alto de magia demoníaca dele. Ele estava no ponto máximo da Bones magic. Seus olhos passaram de somente vermelhos-sangue, para um vermelho demoníaco e amedrontador.

– Bone Reductor! – Citou Red, quebrando os ossos das coxas e canelas de Brunne, o que o fez cair no chão de joelhos.

– Irmão. Você não me mataria, não é? – Falou se arrastando e tentando consertar as pernas.

– Não. Pelo menos não até você me dizer o porquê de tudo isso? – Falou serio.

– Eu odeio meus pais. Eles deram a você, um menino fraco demais o poder da MINHA sacred gear. Sempre quis retira-la de você. E irei fazer isso agora! – Gritou tentando quebrar o osso a mão direita de Red, mas o nível de magia de Red o fez quebrar a técnica de Brunne ainda no ar.

Levantando a mão, Red começou a brilhar e citou: - Balance Breaker! Ancient Sword Creator: Ancient Sword's Creator: Divine Birth! – Seus olhos cor de sangue, estavam em Brunne.

Todos pararam para ver Red e ao redor dele, várias espadas de atributos diferentes. Fogo, água, luz, ar, trevas. Todas as espadas já invocadas por Red estavam ali. Ian deixou seu queixo cair. E Brunne semitransformou-se e se pôs a correr, mas Red quebrou suas pernas de lobo e o resto dos ossos do braço dele, o que o fez cair com tudo no chão.

– Adeus, Irmão! Cry of Nature! – Gritou e então todas as espadas liberaram seus respectivos elementos, todos se uniram em uma luz. Uma luz enorme. Esta consumiu todo o corpo de Brunne e todas as espadas de Red se moveram, com um único corte, e desapareceram. Quando a luz cessou, Brunne havia desaparecido, só restava uma cratera com sangue e roupas no centro dela.

Red parou de brilhar e despencou para o lado, mas Ian, novamente, foi rápido e o pegou no colo. Ele havia usado muito poder de uma vez. E era a primeira vez que ele havia usado sua Balance Breaker, sua Magia no nível Ultimate e ainda por cima, havia colado o grau como demônio. Ele superara qualquer uma das estimativas sobre ele.

– Obrigado – Sussurrou Ian.

– Eu que agradeço. Acabei com o que me destruiu por dentro por muito tempo. – Sussurrou, mas logo sibilou... - Yagger... –

Levantando Red, Ian foi andando até Yagger e Janna. Ambos estavam no chão... Janna se contorcendo e sentindo os ossos quebrar com a boca totalmente fechada e lagrimas nos olhos e Yagger deitado de bruços, sangrando pela boca, mas respirando lentamente. Ian e Red agradeceram por ele estar vivo.

– Vocês foram muito bem. – Citou uma nova voz, mas na realidade era a voz de antes.

Virando-se para trás, Ian e Red se depararam com um garotinho. Era um garoto entre catorze e dezesseis anos, loiro, baixo e com olhos de cor rósea. Ele explicou a Red e Ian que não estava ali para o mal. Ele era o morador da floresta há muito tempo. Ele cuidava da Fronteira mística. Até que Brunne apareceu a mando de Ophis e o surrou. Não matou, pois este era um mago forte. Ele explicou que ajudaria Janna e Yagger, sem demorar muito Ian consentiu.

– Vou explicar uma coisa sobre seu amigo. A sacred gear dele é muito poderosa. Ela fez com que ele atingisse um novo estado no patamar de controle. Ele é o que chamamos de Lycan Master. A partir de agora ele pode se transformar por completo e possuir o controle de sua transformação, mas para isso deve focar em algum Lycan ou inimigo para sobrepor à vontade de matar algo. Vou abençoa-lo e ele receberá uma cura rápida. Lycans Master detêm o poder de quebrar os ossos e reintegra-los, por isso ele não morreu, mas por ser a primeira vez dele, o mesmo quase teve uma morte por hemorragia, mas eu cuidei disso durante a batalha. –

– AHHHHHHHHHHHH! – Foi interrompido por um grito de Janna seguido de um Plack! O osso das juntas da canela esquerda havia quebrado.

– A sim, a moça. Não tenho esperanças dela ser ½ demônio e muito menos de despertar o Lycan Master, então vou repreender o poder de transformação dela. Como está sendo forçada a se transformar eu posso parar, mas isso significa que ela não irá mais se transformar em hora nenhuma no mundo humano. E para isso, eu devo negar a natureza dela e para isso preciso do consentimento dela. E então mocinha? – Perguntou o mago.

– A-Anda! AAH! Por favor... – Outro Plack!

– Ainda disse “por favor” isso é bom. O selo será mais forte. Goindiska! – e então ele tocou a testa de Janna e, no mesmo momento, uma marca preta circular com traços horizontais foi feita. Assim que o mago tirou o dedo da testa dela, Janna parou de se debater e respirou fundo, assim caindo ao lado de Yagger.

– “Vocês serão abençoados. Eu, Giordo, peço aos espíritos naturais que os guiem ao lugar certo. E lá os protejam do mal e do veneno que possam infiltrar em seus espíritos.” – Cruzou os olhos por todos os quatro. Yagger e Janna acordaram. – Agora Adeus meus amigos. E mocinha. Esse selo é permanente. Só será retirado por outro mago. – E então com o aviso o mesmo sumiu nas folhas...

– P-Por que? Por que eu estou pelado?! – Gritou Yagger e tapou os olhos de Janna com as mãos. Vestiu-se e ouviu tudo de Ian e Red. Ficou simplesmente surpreso com seu poder novo, mas estupefato com o de Red. Janna sorriu, mas ao olhar para Ian o viu cabisbaixo e sabia exatamente o que estava a acontecer.

– Não se preocupe. Logo virá. Eu sei que você é tão especial quanto qualquer um aqui. – Falou a garota pondo a mão no ombro de Ian e logo após o abraçando.

– Obrigado, mas... Só espero e vejo até agora. Não sou útil e só atrapalho vocês. – Falou ainda olhando para a espada, que agora estava no chão.

Red estava vermelho nas bochechas e com um ar de raiva. – O-O que vocês dois estão fazendo aí sozinhos? Venham para cá. Agora! – Ordenou.

Depois de juntarem-se e reagrupar as coisas, todos voltaram ao seu objetivo... Agora eles estavam indo para o mais leste. Na área onde vivem os Clãs do Lycans não sócios. Os Bullevardier e Os Cannier. São Clãs que se isolaram no Japão e são totalmente independentes dos outros clãs. Será difícil, mas Ian e seus amigos irão tentar.