Então eles cavaram a sua sepultura

E o baile de máscaras

Chegará anunciando

A bagunça que você fez.

Demons – Imagine Dragons.

–Então foi isso? Eu balancei a cabeça indicando que sim, que meu longo relato finalmente havia chegado ao fim, eu consegui encarar Jack que estava sentado do outro lado da mesa de madeira redonda cozinha, eu pude encara-lo enquanto falava das melhores experiências que já tive com Rose, enquanto contava de quanto nos divertimos, de quando conhecemos os Beatles, dos momentos felizes, mas quando chegou a hora de contar sobre aquele dia, eu desviei meu olhar, não pude olha-lo nos olhos, não poderia suportar um olhar repressivo vindo dele, as lágrimas começavam a tentar forçar sua saída de meus olhos, enquanto um abismo imenso tomava conta de mim por dentro, e me devorava com abocanhadas cada vez maiores á cada letra que adicionava ao meu relato, eu reprimi as lágrimas, e senti um nó crescendo dentro da minha garganta, naquele momento eu suportava toda a dor do universo sobre os meus ombros, não havia sensação mais desesperadora do que aquela. Pude sentir o ambiente ao redor escurecer, e em um segundo tudo se resumia a mim, eu não sou egocêntrico, nunca fui, mas aquela dor tomou minha mente de tal forma que o universo em si se tornou para mim apenas um borrão negro, eu flutuava na escuridão eterna, sozinho, estava anestesiado, não sentia nada, você pode pensar que quando se encara uma dor muito intensa estar anestesiado é bom, mas é justamente o contrario, a dor por pior que ela seja te lembra de que você está vivo, que ainda pode lutar que pode vencer... No estado no qual eu me encontrava era como se eu tivesse apenas desistido de tudo. Finalmente permiti que as lágrimas banhassem meu rosto.

–Doutor?

–D-Desculpe Jack, não consigo, por favor, me desculpe. Eu cobri meus olhos com as mãos e comecei a soluçar. Ele pacientemente aguardou que eu me acalmasse. –Por que você não está gritando comigo? Perguntei por fim, eu me sentia uma criança que fez burrada esperando uma bronca de um adulto.

–Por que eu estaria? Eu sou seu amigo Doutor, se a situação fosse inversa você com certeza não gritaria comigo.

–Obrigado. Ele me deu um sorriso amigável.

–O homem que salvou o universo incontáveis vezes merece mais do que minha consideração e apoio, mas infelizmente isso é tudo o que eu posso oferecer. Ele parecia um pouco abatido, acho que não percebeu que me deu tudo o que eu precisava no momento.

–Eu só preciso disso. Eu disse sorrindo.

P.O.V Amy.

–Então vocês dois são...? Eu perguntei enquanto caminhávamos.

–Karyn Wolf sua... O homem limpou a garganta a interrompendo. –Seu chato! Ela disse –Só ia dizer ‘’ Sua humilde serva’’.

–Karyn se você abrir a boca, destruir toda linha do tempo das nossas vidas e nos matar eu acabo com você.

–Ah que mentiroso. Não conseguiria viver sem mim, meus cabelos loiros são a luz de sua vida. Ela disse dando um sorriso de canto.

–Agradeça a seus pais por ter um cabelo loiro tão bonito, caso contrário teria deixado num asteroide de Júpiter.

–E agradeça aos seus por ter esses olhos castanhos esverdeados. Se não fosse por eles já teria arrancado seus membros um por um.

–Ah é?

–Dúvida?

–Sempre. Eu limpei a garganta para chamar a atenção deles.

–Gente eu ainda estou aqui! Exclamei.

–Desculpa senhora.

–Lá vem você de novo com essa coisa de senhora! Nesse momento a nave caixa de polícia deu um solavanco forte, que jogou os três no chão com muita força. Amy gemeu quando sua cabeça bateu contra o duro metal disposto em formato circular do piso da Tardis, a última coisa que viu foram seus cabelos foram seus cabelos ruivos jogados ao chão e ouviu Daniel gritar algo em uma língua estranha.