- Quem vai primeiro ? - Zeke pergunta

- Eu vou - falo sem esperar a resposta de ninguém. Zeke me ajuda a subir e me empurra.

O vento é muito forte e gelado contra minha pele. Adrenalina é liberada a cada segundo em minhas veias, a senssação é incrível, meu coração parece sair pela minha boca.

Chego no final da Tirolesa e me solto desabando no chão. alguns minutos depois vejo Marlene chegando, eu ajudo a se soltar mas ela cai de mal jeito no chão.

- Aí - ela reclama colocando a mão em seu tornozelo - Eu acho que torci meu pé - eu a ajudo à levantar e sentar no meio fio.

Vejo Uriah chegando e o ajudo a descer.

- O que aconteceu com ela ? - ele me perguntou

- Ela torceu o tornozelo - ele vai até ela

- Você ta bem, amor ? - ele pergunta indo até ela

- Meu tornozelo está doendo muito - ela choraminga.

- Quando chegarmos na sede eu te levo no médio - ele fala a abraçando de lado

Eu ajudo algumas pessoas a descer da tirolesa. Quando chegaram à base já está quase escurecendo, então resolvemos voltar para a sede.

- Eu não consigo andar - Marlene fala, seu tornozelo está muito inchado.

- Vem, sobe - Uriah fala se virando de costas e apontando par suas costas. Marlene subiu e Uriah continuou a andar normalmente sem fazer nenhum esforço.

* * * * *

Já estávamos esperando o trem a uns 15 minutos até que conseguimos avisar sua luz.

- Mar, eu não vou conseguir subir com você nas minhas costas, você vai ter que pular sozinha, eu até ajudo mas o impulso é seu.

- Tudo bem

Nós começamos a correr e subimos no trem, Marlene ainda não pulou.

- Vamos logo! - Uriah berra e vou até ele.

- Eu não vou conseguir! - Ela esta quase chorando

- Vai sim, vem! - estico minha mão para ajudar-la, ele pulou na hora que o trem acelerou. Uriah a puxa para dentro mas sua mão escorrega, eu tento ao máximo puxa-la para dentro mas não tenho força suficiente, Marlene grita muito, Uriah se recupera mas já é tarde de mais, sua cintura choca contra uma árvore, ela grita de dor, finalmente conseguimos puxar-la par dentro Marlene não consegue movimentar suas pernas.

* * * * *

Uriah e eu levamos Marlene ao médio, ele pede para eu deixar ele cuidar dela, eu acento mas não quero voltar para meu quarto, então resolvo andar um pouco.

Os corredores estão vazios e silêncios, eu caminho até o penhasco e me sento lá e fico observando a agi cair ruidosamente.

- Tris? - eu me viro para ver quem é, é o Peter.

- Olá! - falo voltando a observar o abismo e ele se senta ao meu lado.

- Eu soube o que aconteceu hoje ... - ele exita - eu .... eu ..... eu sinto muito! - ele está sendo simpático comigo pela primeira vez na vida, ele está tentando me animar.

- Obrigada ... - falei enrubescida não sei porque.

- Eu tenho certeza que Quatro vai perceber que isso foi uma armação ... - ele fala me consolando, eu sorrio com o que ele fala.

- Eu espero que sim - nós ficamos em silêncio durante uns 20 minutos observando o abismo.

- Eu vou para meu quarto, quer que eu te leve até o seu ? - ele pergunta se levantando.

- Não, eu vou ficar mais um pouco aqui, obrigada, Peter! - falo sorrindo para ele, ele sorri de volta e vai embora.

Eu fico mais 5 minutos e vou para meu quarto. Todos parecem estar dormindo já, eu caminho calmamente, vejo alguém jogado no fundo do corredor, a pessoa não me é estranha. Eu chego mais perto reconheço os cabelos e o porte físico, é Tobias. Ele está muito bêbado, ele não conseguirá ir sozinho para seu quarto.

- Tobias ... - êxito me agachando ao seu lado.

- Tris, vá embora, eu não quero falar com você - ele fala embolando a língua de tão bêbado.

- Tudo bem, eu só vou te levar para seu quarto ... - falo o ajudando a levantar e ele apoia o braço m meu ombro e eu o levo para seu quarto.

Ele não consegue abrir sua porta eu tenho que fazer isso para ele. Eu o coloco em sua cama.

- Triz, por que você fez isso comigo ? - ele pergunta já com os olhos fechados.

- Eu não quis fazer isso - meus olhos se enchem de água - Não sei o que me deu, eu ... - ele me corta

- Eu te amo muito, Tris - ele fala e cai no sono. Meu chão desaba, como eu pude fazer isso ? Eu saio do quarto e antes de fazer a porta não resisto em dizer.

- Eu também te amo muito, me desculpe - fecho a porta.