17 Outra Vez (HIATUS)

Capítulo 1-Devolta aos dezesete


Capitulo 1- de volta aos dezessete-

Aqueles últimos dias estavam pesando nas minhas costas, sem míseros segundos para descansar, sem deitar numa cama a dois dias e sem comer direito. Assim ficaram minhas semanas depois das “férias”, o departamento da policia lotado e todos com copos de café ao lado da mesa, expressos puros, com mais leite...etc.

Meus cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, o suor caia pela testa me dando agonia, aquele caso mexia com meus neurônios. O mesmo assassino e crimes, estupros, assaltos...

Seria bom se o maldito pula-se logo da ponte, então minha rotina parada voltaria,sem estresse, os cursos para subir no emprego da policia, os casos pequenos resolvidos em poucos dias, tudo exatamente normal.

-Senhorita, houve um novo crime essa semana-

-Sim, sim eu já fiquei sabendo-suspiro-seria bom se tudo fosse pelos ares...

-Sim senhora, as provas estão no laboratório pode olhar ou deixar para amanhã ,como a senhora preferir-

-se continuar a me chamar de senhora vou me sentir idosa!-reclamei.

-desculpe.-

-Tá tudo bem, vou deixar para amanhã, preciso dormir-levanto pegando minhas coisas-até.

---u.u----u.u-----u.u-----

O caminho para casa estava como sempre, silencioso e vazio sem carros na rua.

Uma velha era a única naquela ponte, uma senhora de aparentemente 70 ou 80 anos subiu, ficando em pé na ponte, pisei o pé no freio, ela iria pular eu não poderia deixar que ela fizesse aquilo.

-Senhora!-gritei correndo para perto dela-

-.....-

Ela não respondia parecia estar confusa entre pular ou não, ficava olhando pra baixo como se medisse quantos metros teria até o impacto com a agua.

-senhora!-Eu a puxei com força para o asfalto, ela não cairia mais-

Seu olhar era indecifrável, parecia se perguntar o porque de eu ter a ajudado.

-Está tudo bem? você ia mesmo pular daquela ponte?-eu questionei de olhos arregalados-

-Não gosto de humanos-ela respondeu-

-Como não? você mesma é uma humana!-falei, aquilo era serio eu ajudo uma pessoa a não morrer e ela chega me falando que não gosta de humanos, é o fim do mundo-

-oque você quer, jovem?-a velha questionou, ignorando minhas perguntas-

-Se eu pudesse escolher, claro, meus dezessete anos de novo sem faculdade só basquete e baladas-ironizei- mas não tenho 26 e uma vida na policia, só isso! agora se me der licença...-

Ela me segurou quando eu ia na direção do carro. Aquele momento se passou por meus olhos diversas vezes durante a queda, ela me empurrará da ponte.

-Viva de novo, querida!- sua voz veio lá de cima-

Depois disso eu apaguei.

----u.u----u.u----u.u---- O despertador era oque eu menos queria ouvir, minha cabeça latejava.

-Lucy, venha tomar café! você está atrasada!-minha mãe disse lá embaixo-

Minha mãe? Ela estava lá embaixo mesmo? ela estava viva? como assim?

Eu tentei me levantar, a dor era enorme. Me arrastei até o banheiro da minha...casa?

Louca, era isso que eu pensava mergulhada na agua quente da banheira. Era possível? ela estava ali? minha mãe havia renascido do além? louca essa palavra me descrevia no momento.

Meu reflexo estava diferente ,sem as olheiras que tanto me enjoavam nesses últimos dias de trabalho, meus cabelos na cintura, ainda ontem não eram curtos?

Coloquei qualquer roupa daquele guarda roupa ,só havia calças rasgadas ou parecendo que gatos arranharam , blusas regata ,polo e soltas e rasgadas. Sem vestidos ou blazers sociais.

Eu desci aquelas escadas tão conhecidas por mim, minha casa quando era mais nova.

Sting, meu irmão que não via a nove anos estava lá com uma cara de sono, e comendo claramente o meu café.

Eu corri e o abracei, fazia tantos anos.

-Lucy?- ele arregalou os olhos- Pirou foi? Você me abraçando tá doente?-

-A gente não se vê a tantos anos não se lembra Sting!-eu olhei para ele estranhando seu comportamento.

-Tá louca é? a gente se viu ontem mesmo loira oxigenada-ele bagunçou o meu cabelo o deixando todo amarrotado-Por falar nisso, parabéns loira burra pelos seus 17 anos-

-Que, meu aniversário está longe! Vou fazer 27-eu exclamei parando para perceber, eu tinha dezessete anos ,lembro desse dia, lembro da maldita velha que me empurrou da ponte. Lembro que estou na metade do 3 ano do ensino médio.

A realidade tinha caído junto comigo na cadeira ao lado do meu pai que me olhou assustado.

Agir como eu era antigamente, era só oque eu precisava fazer, era o dia mais feliz da minha vida, meus amigos os jogos de basquete tudo de volta. Parecia um sonho.

-Hey loira, se quiser carona é melhor tirar essa bunda gorda da cadeira e vir logo se não te deixo ir a pé para a escola-Sting falou com comida na boca-

-Já vou, abelha mutante- seria melhor do que eu pensava-

Fui a cozinha pegar comida e ver minha mãe.

-Bom dia ,mãe!-eu a abracei vendo a comida que a mesma fazia, ovos para meu pai.

-Bom dia, querida.- ela falou sem tirar os olhos dos ovos-Feliz aniversário!

Peguei uma maça, me despedindo de minha mãe e fui correndo para o carro com meu irmão.

-Eae loirinha, já decidio se vai viajar com seus amigos daqui três dias?-ele falou ligando o som no volume máximo enquanto tomava caminho para a escola.

-Acho que vou- eu falei tentando reconhecer aquele caminho-

Ele ficou quieto o resto do caminho e depois me expulsou na porta do colégio dizendo ir visitar a mais nova namorada, ele já deve ter tido umas dez, yukino, ultear, minerva...

Ver um trio de cabeleiras azuis nunca havia me agradado tanto.

-LEVY!- eu gritei e ela abanou para que eu fosse até eles-

-Maninha, não chegou tão atrasada hoje- o azulado implicou bagunçando meus cabelos-

-Hora!- eu fiquei tentando fazer cocegas nele, mas ele defendia-

Fiquei emburrada fiz um bico e fiquei abraçada com Juvia dando língua para Jellal que me mostrava língua também.

-Parecem crianças-Levy balançou a cabeça negativamente-

-Levyzinha, você não cresceu nenhum pouquinho, né?- eu falei tirando uma com a baixinha que ficava vermelha e murmurava xingamentos baixinhos para mim, fazendo os dois azulados rirem.

Nós riamos, o sinal bateu e todos já entravam para as salas. Eu mudaria meu destino, estava certa daquilo. Era minha segunda chance e eu iria aproveitar.

“Para sala, alunos!-a voz do diretor deu inicio as aulas”.