O silencio era absoluto.

Taiga, dono do apartamento, e o namorado estudavam juntos na semana de provas. Ambos estavam por um fio, principalmente em Inglês. Até Taiga, que crescera nos Estados Unidos.

Por um tempo estudaram a sério, porém Daiki quebrou o silêncio. Ele coçou a nuca com os olhos fixos no livro e deu-se por vencido.

“Homi... homizio?”, resmungou. “É assim que lê essa merda?”, perguntou virando-se para o namorado. Aquela questão teve o poder de fazer Taiga inflar e se iluminar. Por um segundo assustador, Daiki pensou que ele iria irradiar as cores do arco-íris. Foi como se esperasse a vida toda para ouvir aquilo.

“Pague a prenda e eu respondo!”, exigiu alegrinho.

Pois Daiki não pensou duas vezes: engatinhou dando a volta na mesinha, parou ajoelhado a frente do outro e segurou-lhe o rosto com as duas mãos, cuidadoso. Só então uniu os lábios de ambos em um longo beijo de tirar o fôlego.

Ao se separar, voltou para o próprio lugar como se nada tivesse acontecido.

“Não quer saber como lê?” Taiga estranhou o desinteresse.

“Não. Eu sei como ler. Só queria que você me pedisse um beijo”, respondeu sacana.

“DAIKI!!”