Tudo, menos irmãos
Algo incomum
Para Adam os adolescentes se deram bem, tinham em comum os digimons, a dupla vida de digiescolhidos conciliada com o colégio, o que não lhe passava pela cabeça era que pudesse ter amor entre a filha e o enteado.
Natsuko conseguiu um emprego no jornal em Paris, a loira nunca fez o estilo dondoca, dificilmente entregava seus afazeres totalmente as empregadas, principalmente quando o assunto era seu filho e até mesmo Catherine, a governanta estranho uma tarde que ela ia lavar os uniformes dos adolescentes e foi informada por Catherine que sua madrasta havia lavado e passado as roupas, até mesmo o terno de seu patrão já se encontrava limpo e passado, o jantar já estava pronto e os gatos alimentados, no momento Natsuko elaborava a matéria.
— Sua mère cuidou de todos os afazeres da casa, como assim? Perguntou a digiescolhida sem acreditar no feito.
— Cather-Chan, ela nunca ficará de perna para cima, como diz o Oniisan ela cuida dos filhos, do marido e se duvidar ela cuida do resto todo, isso inclui concertos, falando nisso a sua prateleira de livros ta arrumada. Conta Takeru.
— Sua mère vai terminar deixando a governanta sem emprego. Pentelha Catherine.
— Ela pode ficar sossegada que ela ta longe de fazer isso, é uma distração e costume, eu também não sei como ela tem esse fôlego todo. Afirmou Takeru.
— Quem sabe ela não me ensine a fazer sobremesas, até hoje só fiz brigadeiro. Catherine cora.
— Tenho certeza que se você pedir ela não vai negar. Garantiu Takeru.
Mesmo sem jeito, Catherine pediu a Natsuko.
As duas passaram a tarde montando o cardápio de sobremesa, mesmo que no começo a jovem Deneuve tenha se atrapalhado, arrancou boas risadas da mãe de Takeru, era estranho pensar na jornalista como madrasta, até porque sentia como se a Takaishi fosse mesmo sua sogra, ainda que com esses pensamentos a digiescolhida se divertiu em meio aos erros e a recompensa veio após os quarenta minutos, o bolo de maçã estava grande e parecia saboroso pelo aroma que exalava.
— Que cheirinho delicioso! Floramon adentra a cozinha acompanhada do anjinho, que já queria botar as mãos e boca na sobremesa, mas foi repreendido por Natsuko.
— Pata, as regras continuam valendo, doce só após o jantar meu anjo, cadê o Takeru? Perguntou a mais velha.
— Tá falando com o Hiroaki-San, parece tão bom. Fareja o pequeno.
— Patamon após o jantar todos vamos experimentar o bolo da Catherine, você se saiu muito bem minha linda. Elogiou a jornalista.
— Merci madumazele, mas confessando aqui, a senhorita fez a maior parte do trabalho. Declarou a jovem.
— Nossa, o cheiro está lá no quarto… Cather-Chan! O que houve com você? Perguntou Takeru vendo a francesa toda coberta de farinha nos cabelos e no rosto.
— Pode ir se lavar e vocês também, já vou servir o jantar. Avisa Natsuko.
— Mamãe, olha até compreendo que era essa a rotina, mas lá onde morávamos, não acha que a governanta está sei lá sentindo que tá ficando para trás, mamãe você não descansa. Indagou Takeru.
— Meu filho, mas que conversa é essa, a casa é tão grande que tem trabalho o suficiente para todos, mas eu não vou ficar sentada balançando o sino e espero que também não dê uma de folgado. Pede Natsuko.
— O papai também disse a mesma coisa quando eu contei das empregadas, só estou dizendo que não precisa todo dia, a senhora já trabalha bastante, tenta relaxar as vezes, quanto a eu ficar relaxado com as empregadas pode ficar tranquila, vou continuar como fui criado, mas falando em afazeres, esse aqui ta fazendo meu estômago gritar. Articulou o loiro olhando para a sobremesa.
— Falta a calda, e o seu pai chegar, quanto a relaxar eu não posso garantir, andem vão se limpar.
— Mas eu nem tô sujo! Indagou o anjinho.
— Pata, para de ser pentelho anda. Takeru leva o anjinho e pede para os dois subirem na frente.
— O que foi Takeru… A fala foi interrompida pelos lábios do rapaz.
— Mon amour, aqui assim não. Sem falar que não estou muito apresentável toda suja assim.
— Sabia que suja de farinha você ta a coisa mais kawaii que eu já vi. Afirma Takeru.
— Takeru, cuidado não quero que saibam eu também amo você, mas vamos devagar se não podemos ter problemas.
Adam sempre chegava em casa as oito da noite, o jantar correu de maneira agradável, a sobremesa foi uma surpresa para o senhor Deneuve, não somente ele como os digimons e Takeru, o bolo estava delicioso.
— O bolo está delicioso, madumazele… Era só ter comprado um, mas esse está maravilhoso. Elogia o francês beijando sua noiva.
— Não adianta Deneuve-San, minha mãe é uma faz tudo. Takeru zomba.
— Quem fez mesmo o bolo foi a sua filha, a Catherine se empenhou na cozinha. Revela Natsuko.
— My petit, nunca me disse que gostava de preparar sobremesas. Indaga Adam.
— Papa, eu já fiz brigadeiro, é bom que agora eu tenho com quem aprender a cozinhar e a não queimar o bolo. Catherine agradeceu a mais velha. — Falando em bolo, e o casamento? Perguntou a francesa.
— My petit, estamos apenas dando um tempo para tudo se acertar, mas você tem razão, podemos começar os pequenos preparativos, o que acha Takeru, estou com tempo nesta sexta, que tal irmos ver uns ternos e sua mère leva a Catherine para ver os vestidos, se você não for contra é claro, suponho que já faz amigos no colégio e pretende passar o final de semana com eles. Sugere Adam.
A princípio aquela informação mexeu em algo que Takeru pensou que não tinha, o loiro pensou que tudo estava mudando muito repentinamente, tentava ver ao máximo o lado bom daquilo, mas agora iria sair com o padrasto, às sós.
— E-Eu vou ver o que tenho sexta, mas por mim não vejo problemas e você Catherine? Perguntou Takeru.
— Por algum lugar precisamos começar, se seremos os daminhos de vocês não podemos entrar mal vestidos, conheço uma loja ótima, mas os rapazes só vão nos ver no dia. Adverte Catherine.
— Nunca entendi essa regra tão boba, mas se é a condição, eu vou pensar gochiso sama deshita. Takeru limpou a boca e foi para o quintal da mansão, a lua cheia iluminava o chafariz no enorme jardim.
— Mon amour, eu não fui rápido demais fui? Pergunta Adam, preocupado.
— No, no, o Takeru só precisa de um tempo, não foi sua culpa, e de ninguém, então Catherine você podia nos ajudar, será ótimo esse passeio para nos conhecermos. Indaga Natsuko.
— Uie, uie, madumazele, eu peço licença, obrigada por hoje, me diverti, e não se preocupem eu converso com o Takeru. Oferece a francesa.
Catherine se levantou e saiu atrás de Takeru.
— Mon amour, mil perdões, eu não quero que ele ache que estou tentando usurpar o lugar do pai dele…
— Adam, você não fez nada errado… Tenho certeza que será muito divertido. Assegura Natsuko levantando e indo para os braços do namorado.
Enquanto isso, no jardim…
— Takeru, Takeru! Catherine gritava o nome do namorado.
— Estou aqui Cather-Chan. Takeru responde.
— O que houve, ficou chateado de ir passear com meu pai, olha daqui pra frente teremos que manter a boa convivência e meu papa sempre amou fazer passeios e viagens e programas que às vezes terminavam em alguma vergonha épica, mas percebi que não gostou da ideia de ir ver ternos com ele. Menciona a digiescolhida.
Takeru morde o lábio inferior, buscava dentro de si uma explicação, ele não havia reagido mal como Yamato quando o noivado e a mudança foi anunciado, agora de repente quando Adam resolveu sair às sós ele recuou e agiu como seu irmão, talvez não fosse tão diferente dele.
— Eu sei Cather, mas sei lá é algo diferente, eu vou ficar bem, e você, parece animada para passar o dia todo com a sogra na loja de vestidos de noiva, no shopping. Aponta Takeru.
— Sabia que está me atiçando a chamando de sogra. Insinuou Catherine.
A loira apoia as mãos no abdômen de Takeru e tateia por cima do tecido da camisa, enquanto o loiro enlaça os dedos pelos cachos da digiescolhida, ambos trocam um olhar apaixonado e beijos que foram se intensificando.
— Será libertador quando pudermos mostrar ao mundo, mas será uma problema se a revelação vir fora de hora. Prevê a francesa.
— Uie, mas enquanto não flagram a gente… Takeru surpreende Catherine, a puxa para o colo e a segura, as pernas de Catherine passavam pelas suas nádegas.
— Podemos aproveitar a piscina essa noite parece estar mais quente do que as normais. Sujeriu Takeru.
— Assim estaremos jogando com a sorte… Isso me deixa tentada, e eu não vou conseguir me conter. Adverte
— Eu não quero que se contenha, você enche minha vinha vida com seu perfume e quero ficar embriagado com ele. Declara Takeru, Catherine cora e desce as mãos até a ponta da camiseta do loiro e retira, admirando o físico e deleita o momento, lambeu os lábios como uma lobinha faminta.
— Cather-Chan só você me fez ter esses pensamentos, esses desejos… Você me encheu de inspiração desde o beijo na bochecha, algo tão singelo, mas que já acordou sentimentos antes nunca mostrados, agora estamos mais velhos e com certeza sabemos o que queremos. Declara Takeru, abraçando Catherine, amos se sentaram nas cadeiras da piscina e colocam as pernas dentro.
— Eu sei o que eu quero, você todo pra mim, não sei o que fazer para tirar as minhas amigas de perto de você, mas hoje eu quero ficar assim, com você.
— Cather-Chan, tudo se resolve, ninguém vai nos separar, isso eu posso te afirmar. Declara o digiescolhido.
Os dois aproveitam as luzes da piscina o que deu um ar romântico as declarações e as carícias, as quais também eram trocadas na cozinha por Adam e Natsuko.
— Eu não quero forçar nada Catherine.
— Não está forçando, eu te amo! Declara a francesa.
O casal foi se tateando, as mãos deslizavam pelos corpos, o vestido de Catherine ficou boiando na piscina e Takeru pareceu impaciente ao tirar o sutiã, a loira arfou quando a língua de Takeru deslizava pelos seios, a língua molhada lhe arrancava arfadas e gemidos da loira que estava com as pernas enroladas na cintura de Takeru, que suga o bico arrancando um grito.
Após se recuperarem do primeiro orgasmo, a francesa não deixou a brincadeira somente para o namorado, a loira se mostrava uma loba, os lábios rosados mordiscava os mamilos de Takeru e subiam pelo pescoço, deixavam leves marcas pelo pescoço e marcava suas unhas na pele alva.
Após horas na piscina o casal achou melhor entrar no chuveiro e entrar antes dos pais vir atrás, a explicação seria trabalhosa e eles não queriam arcar com consequências ainda.
No dia seguinte no colégio…
Madeleine vinha disposta, a francesa queria conquistar o novato, para ela estava mais certo que Takeru cederia ao seu charme.
— O que houve Madeleine? Parece mais animada que o normal? Indagou Catherine, estranhando.
— Madumazele, quando acontecer com você, entenderá o que estou sentindo, vem cá o seu irmão é alérgico a alguma coisa, sabe coco, nozes, eu preparei um bolo para ele só não quero ser responsável por mandá-lo para um hospital, se pega homem pelo estômago já dizia minha mère. Afirma convicta, Catherine.
“Essa menina não desiste, o que eu faço”. Pensa Catherine.
— Bonjour meninas.
Madeleine tomou a frente estendo o pequeno embrulho com o bolo.
— Espero que goste de nozes com chocolate, Takeru como você ta lindo.
O elogio deixou o loiro desconcertado, pensou em estender as mãos para receber o embrulho, mas o nariz franzido de Catherine já fez suas pernas tremerem e ele tentava formular uma desculpa para não ofender as garotas.
— Arigato Madeleine-Chan, é que eu tenho alergia a nozes. Takeru mente, corando em seguida.
— Madumazele, eu ainda te perguntei, eu quase matei seu irmão, enfim… Tó pode ficar Catherine eu sei que você adora, desculpa. Pede Madeleine.
— Eu não contei para ela. Respondeu Takeru, que foi surpreendido pelas mãos da jovem, segurando as suas.
— Amanhã eu te faço um sem nozes, é bom saber que agora eu faço um que você vai amar. Oferece Madeleine, antes de sair ela abraça Takeru. e sai jogando os cabelos.
Como estava de costas, não viu quando sua amiga jogou embrulho na lixeira com certa raiva.
— Cather-Chan, eu não tenho como prever isso, precisamos nos conter, somos apenas amigos, a minha namorada é você e mais ninguém, está mexendo com todos os meus nervos esse seu ciúmes.
— Takeru é fácil dividir os amigos, mas o namorado é um pouco a mais. Catherine deixa claro que era um tanto possessiva, um beiço magoado fez Takeru abraçar Catherine.
— Cather, não me provoca aqui na escola! Pede Takeru. — Vontade de te beijar.
— Takeru, nem se fossemos um casal sem impedimentos poderíamos, iamos acabar na detenção por nos agarrar nos corredores. E tira a Madeleine da cabeça. Intima a digiescolhida.
— Uie, mas ela nem entrou, fica calma, eu não faço o estilo pegador. Argumentou Takeru se defendendo.
Na hora da educação física, outras pérolas foram surgindo, após o mico com o bolo que foi parar no lixo, Madeleine confessou para a amiga no corredor o que pretendia para amarrar o chrush, a loira estava mesmo disposta a conquistar o novato.
Madeleine espera o melhor momento mirando Takeru sentado ouvindo as instruções do professor, a francesa desce a arquibancada e se joga soltando um grito.
Sentiu braços fortes e um perfume leve, e sorriu.
“Sete aulas de teatro serviram para alguma coisa”. Sorria convencida.
— Ainda bem que estava ai Pierre, ela ta bem? Perguntou o professor.
— Pierre? A-mas o que pensa que está fazendo seu stupide. Reclama Madeleine ao olhar o capitão do time de basquete, totalmente confuso, tentando entender o porque da colega ter se jogado daquela altura, o loiro ainda a segurava no colo, sua altura deixava Madeleine um pouco baixa.
— O que pensa que fez, olha de onde se jogou! Acusa Pierre.
— E-Eu não me joguei, eu caí. Defendeu-se Madeleine aos berros.
— Fingi... Madeleine acho que nem a idiota lá dos cinquenta tons de cinza “caia” dessa arquibancada. Provoca Pierre.
O som do apito interrompeu a discussão ambos foram colocados para pagar vinte voltas em torno da quadra, mesmo sentindo o quão era errado Catherine não segurou o deboche com a situação.
— Isso tudo foi culpa sua, perna mole. Reclama Pierre.
— Minha… Ora seu boboca, não fale o que não sabe, eu escorreguei. Madeleine insistia na história.
Pierre debocha e Madeleine se irrita saindo correndo atrás do capitão do time com o punho fechado, levantando risos dos alunos.
— Pelo amor de kami, parece a versão francesa do Daisuke e da Miyako-San. Pentelhou Takeru.
— É a de óculos que namora o Ichijouji e o ruivo que namora a Yagami não é? Perguntou Catherine.
— É sim, você também ia se divertir, parecem muito esses dois, mas a Madeleine ainda ta pegando leve, se fosse a Inoue já tinha nocauteado. Debocha o loiro.
A aula acabou se tornando mais puxada para os dois, e Pierre ainda teria o treino, o que salvava era o ótimo condicionamento físico, já Madeleine, o que dizer a aspirante a madame estava exausta.
— Tá tudo bem Pierre-San? Perguntou Takeru levando uma garrafa de água para o jogador.
— Graças a perna torta eu treinei muito mais que o necessário. Resmunga o jogador.
— Puxa também não precisa ofendê-la. Defende Takeru.
— Deixa esse palmito, Takeru, nem gaste seu tempo. Madeleine ofegava e se sentia muito feliz em ser defendida.
— Se vocês cinco quiserem podem continuar com uma nova série. Ameaça o treinador, os adolescentes olham ao redor e viram que todos tinham ido para classe.
— Eu nem sei se consigo andar, acho até que torci o tornozelo. Insinua a francesa olhando dengosa para Takeru, o deixando sem jeito de dar o fora, percebeu o que estava acontecendo e olhou para Catherine que apenas o olhou fixo e o chamou com a cabeça.
— Madeleine, eu tenho certeza que está tudo bem… V-Você pode ir a enfermaria, é que agora temos filosofia, não podemos nos atrasar mais se não levamos notificação. Takeru argumentou e pegou a mão de Catherine a levando com ele.
— Que menina fouineur! Ofende Catherine.
— E isso o que significa? Perguntou Takeru.
— Intrometida, ou pode chamar de baka também.
— Você fica um amor toda nervosa e enciumada…
— Os dois vão continuar fora da classe ou vão assistir aula? A inspetora perguntou apontando para porta.
— Desolé dame, já vamos. Catherine se desculpou.
Ao longo do dia Catherine acabou escutando um som vindo do seu digivice, quando olhou temia Floramon ter escapado novamente da mansão e ter ido ao colégio como a dois anos, se fosse assim, provavelmente Patamon também viria e isso lhe renderia problemas.
— Takeru mandou uma mensagem para mãe que respondeu imediatamente que Patamon estava na piscina com a digimon de Catherine, e pergunta o que houve, Takeru apenas respondeu que quando chegasse em casa contava, mas ficou olhando o digivice que emitia um sinal.
— Sabe Cather-Chan, se não são eles. Takeru tenta uma explicação e olha para os lados para não revelar o que não devia já que Madeleine grudava neles até na classe.
— O que acha que pode ser? Perguntou Catherine preocupada. — Não acha que é um problema, acha?
— Não Cather, mas eu vou mandar para o Koushiro e a Miyako, se alguém consegue descobrir, são eles, mesmo de longe, mas acho que podemos ficar tranquilos, creio que temos mais um dos nosso aqui no prédio.
— Ta dizendo outro…
Takeru pede calma para ela, pois quase a animação a fez revelar a palavra.
— Desolé… Quem será? Catherine se animou curiosa.
— Já sabemos que não é a Madeleine. Pentelha Takeru.
No intervalo, Miyako mandou uma mensagem para Takeru respondendo o e-mail mandado na classe, com a confirmação que sim o aparelho estava mesmo indicando uma nova criança escolhida no prédio onde eles estudavam, e o sinal se intensificou e depois ficou fraco, indicando que a pessoa com o dispositivo digital hora estava perto ora longe.
— Não dá para revistar cada um dos alunos. Catherine bufa, olhando pela janela apontando o pequeno dispositivo pela janela e virando em todas as direções até o mesmo começar de novo quando a mesma vira na direção do ginásio, Takeru também pega o D-3 e ajuda Catherine, mas acabam se assustando com uma voz.
— O que estão fazendo? Perguntou Madeleine, perto da loira os digivices não emitem nada e Takeru olha o D-3 e o esconde.
— Bonjour Madeleine, olha estamos atrasados! Disfarça o loiro.
— Para quê, estamos em aula vaga, anda pessoal o que é esse brinquedos, onde vocês conseguiram? Perguntou Madeleine cercando Catherine.
— N-Nós ganhamos quando pequenos, não sei quem me deu, mas bom Madeleine está um dia muito inspirado para jogar, nós vamos ver como está o treino de basquete.
— Chato demais, olha… Eu vou comer um lanche na cantina, vocês vem? Pergunta Pierre aparecendo de repente, os dispositivos começaram a emir o conhecido som e os quatro ficaram se encarando enquanto ouviam o som.
— É ele! Sussurra Catherine. Os olhares trocados só diziam uma coisa, Catherine pediu para Takeru cuidar do novo digiescolhido e ela distrairia Madeleine para ela não descobrir o segredo.
— Anda Pierre-San, você ficou de me mostrar como marcar uma cesta de três pontos! Chama Takeru.
— Cesta? Olha cara, no dia do treino você conseguiu encestar muito bem, o que…
Takeru e Pierre saíram para o pátio e Takeru perguntou para o garoto a quanto tempo ele havia conseguido o digivice, Pierre tentou tudo para disfarçar, mas acabou revelando.
— Como você sabe o que é o digivice? Perguntou Pierre.
— Um digiescolhido sabe quando tem outro por perto, o dispositivo avisa. Revela Takeru, tirando o D-3 do bolso.
— Não acredito, o seu parece ser algo diferente, mas é um digivice.
— São chamados de D-3, a história é meio longa e aqui não é um lugar muito adequado, mas fico feliz que temos mais um amigo para compartilhar a experiência.
— Amigo! Temos… Pera… Não! A Catherine? Perguntou Pierre em choque.
— Uie, uie! Olha se quiser podemos marcar no parque, na parte fechada para você conhecer nossos digimons, tenho certeza que vão gostar, o seu ta em que fase? Perguntou Takeru empolgado.
— Ele no momento é uma criança, mas quando digivolve é algo meio indescritível, eu nunca ia imaginar que vocês são digiescolhidos. Pierre se anima. — Tenho certeza que o Labramon vai gostar também, e o de vocês são crianças? Pergunta Pierre sendo interrompido.
— O que é uma criança? Perguntou Madeleine.
— Meu kami essa menina me segue que nem sombra. Takeru solta a frase com gotinhas na cabeça.
— Meu cachorro, um labrador que eu ganhei de aniversário ele é uma criança, que nem você Madeleine. Provoca Pierre, irritando a colega.
— Eu devia te encher de socos, como pode ser amigo de um idiota desses? Aponta Madeleine.
— Do mesmo jeito que a Catherine é sua amiga, a gente aguenta. Pierre da a lingua para a francesa.
— É ele? Questionou Catherine, falando no ouvido de Takeru, recebendo um sinal de positivo.
— É um digimon na fase criança, eu vou pedir mais informação, mas o nome é Labramon, vou pedir para o Iori levar a informação ao Koushiro-San, ele vai descobrir tudo.
— Pessoal, olha já que estão fazendo tantos segredinhos, que tal fazermos uma festa do pijama, podemos fazer todos juntos, menos a peste do Pierre…
— Não tava nem um pouco interessado, não me convido para os lugares feito uns ai. Provoca o jogador.
— Pessoal, vamos começar novamente? Sério? Catherine repreendeu os amigos que viram um de costa para o outro.
Takeru no mesmo momento pensou nas festas que participava com os amigos no Japão, era um grupo que sem dúvidas quebravam as tradições do país, os doze dormiam e faziam os trabalhos juntos e olha para Madeleine explicando como era quando ela e Catherine eram crianças.
Por um lado seria divertido, mas a garota não sabia de nada sobre os monstrinhos digitais, a reação poderia ser para o bem ou o mal, ela poderia achar fofos ou mesmo estranhos e tirar fotos espalhando a história, o que acabaria com o segredo não só dos três da França como os digiescolhidos no Japão.
— Madeleine-Chan, mil desculpas, mas eu ainda estou me adaptando na casa do Deneuve-San, isso estaria sendo contrário ao costumes lá no Japão de não fazermos essas reuniões em casa, após as aulas fazemos tudo sozinhos, as tarefas e festas só em aniversários em casa não recebemos amigos para dormir. Mente Takeru.
Pierre tenta conter o riso.
— Désolé Pierre! Pede Catherine.
— To adorando encher o saco da perna torta, porque nunca me contou, sabe… O segredo? Sussurra Pierre.
— Até hoje eu e você não nos falávamos, e bom comecei a trazer o digivice a pouco tempo comigo. Lembra Catherine.
— Fala ai o pó amarelo na quadra a dois anos, você se desesperou naquele dia, aquilo foi…
— Floramon, a minha digimon estava entediada e veio ao colégio, Pierre, eu não conto sobre…
— Madumazele, para mim é uma honra ser digno de confiança, somos digi…
— Xi, eu sei, nós três nos encontraremos no parque, sábado, aw kami, eu esqueci, vamos pensar melhor, eu e meu irmão estamos ocupados, vamos ver nossas roupas de daminhos.
— Nossa que chato, enfim, podemos ir domingo, após o almoço, o que acha? Perguntou Pierre.
— Para mim tá ótimo, leva o seu parceiro. Sussurrou Catherine.
— Pode deixar, a última vez que vi outros monstrinhos foi a quatro anos, a confusão foi imensa, mas minha família acabou fugindo e foi aí que não consegui mais escondê-lo, precisei sair do carro com o Labramon e não sei se dá para dizer isso, mas tivemos que salvar a França. Conta nostálgico o jogador.
— Uie, eu entendo! Afirma Catherine.
— Tenho certeza que se você fizer vai se acostumar, qual o problema Catherine, você gostava de fazer festa do pijama. Aponta Madeleine.
“Ela é teimosa”! Pensa Takeru.
— Uns evolui mais depressa que outros, perninha torta. Provoca Pierre.
— Você e o Daisuke se dariam muito bem. Takeru coloca a mão na testa.
— Desole Madeleine, é só que eu e o Takeru estamos nos adaptando, a mãe dele e o meu pai estão se adaptando com os novos filhos e precisamos de um tempinho para nos ajustar, fora que o meu irmão te disse ele não está acostumado com reuniões em casa, marcamos na sorveteria outro dia, esse final de semana vou com a mãe do Takeru escolher o vestido de noiva e o meu de daminha, eu vou te mandar as fotos. Catherine revela como se fosse um segredo.
— Aw mulheres! Suspira Takeru.
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