Tudo, menos irmãos

Casamento - Parte 2


O casamento estava para começar e Catherine lançava um olhar mortal para tia. Takeru não sabia o que esperar, a mulher podia ficar quieta e assistir, mas o provável era que estava ali para responder a pergunta “Se alguém tem algo contra que fale ou cale-se para sempre”.

— O que está acontecendo? A Catherine não parece mais feliz. Questionou Miyako, observando o fundo da igreja.

— Ela tá é querendo matar um. Hawkmon apontou.

— A mademoiselle sempre, sempre fica muito nervosa na presença da tia dela, sabe… Já faz muito tempo, mas quando Adam se divorciou da mãe da minha digiescolhida, creio que Adriane pensou que ficaria com ele, mas ele preferiu seguir solteiro, pelo menos até a uns meses. Conta Floramon.

— Então foi essa que te deixou daquele jeito? Questionou Yamato surgindo atrás do irmão.

— Quem é esse? Perguntou a tia da digiescolhida.

— Prazer nenhum, sou o outro bastardo dessa família. A senhora devia ter um pouco de amor próprio; invade um lugar sagrado apenas por não aceitar…

Yamato se aproximou da orelha de adriane , Takeru acalmava Catherine.

— Não aceita que perdeu? Debochou o loiro, a provocando. — Mas as verdades estão contra a senhora, acabou! O Deneuve criou a filha que sua irmã largou e arrumou mulher digna, me pergunto… Adianta ficar atrás de quem não quer nada com você e ainda ferindo aquela que devia ajudar a proteger. Yamato é ríspido, deixando a mulher trêmula.

— Cale-se! Você não sabe de nada.

— Ah sabemos. Taichi surgiu para ajudar.

— E você?

— Dispensamos apresentações. Eu quero você bem longe daqui! Da última vez estragou o jantar, implicou com a noiva do meu pèrè e descemos o nosso nível a tapas, se não quiser outra daqueles acho bom desaparecer, aproveita e some de uma vez. Grita Catherine.


— Esse é um momento especial para os noivos, estão perturbando a paz nesse santuário. O padre intervém.


— Desolè, mas a única perturbando é essa penetra. Aponta Catherine.

— Vê lá como fala comigo sua… Adriane a ameaça.

— Vê você como fala com ela, não vou deixar estragar o dia da minha mãe e o noivo dela, e nem ferir a Cather, se não sumir.

— Vai fazer o que? Provocou a mulher.

— Não tenho ideia do que ele faria, mas eu sei o que eu farei se não abaixar sua mão e nos deixar em paz. Ameaçou o avô Michael.

— Vovô! Takeru sorriu.

— Não se levanta a mão para uma dame, mas essa é sua chance de sair sem ser carregada pela segurança.

— Adoro essa família, me sinto em casa. Taichi comenta.

— O que veio fazer aqui?

— Ajudar meu irmão! Respondeu Taichi.

— Você veio foi atrás de confusão que eu sei! Pentelha Yamato.

— Pode ser, eu não ia deixar essa maluca falar assim com vocês.

— Merci meninos. Catherine os abraça.

— A gente é tudo uma turminha de bastardos agora, não deixo ninguém falar assim com irmão meu… Catherine abraça o mais velho. — Nem com a cunhada. Yamato não resiste e dá uma cutucada na loira, a deixando catatônica, seu rosto branco estava pálido, e suas mãos geladas.

Yamato dá um sorriso satisfeito com a reação da francesa.

— Vocês vão se arrepender, isso não vai durar… Adriana caiu na frente de todos.

Catherine aproveitou o tamanho da cauda e piso

Adriane saiu segurando os tecidos e escondendo o que estava exposto.

—A gente vai se dar bem! Pentelhou Yamato.

— Niisan? Takeru também se impressiona. — Quem… A-Como descobriu?

— Eu não nasci ontem otouto, mas não estamos num lugar adequado, vamos assistir o casamento e depois com calma conversamos, mas que fique claro, torcemos pela sua felicidade, mas podia ter se aberto.

— Já que estamos agindo com sinceridade, o que deu pistas? Eu e o Takeru tomamos cuidados. Catherine desabafa se recompondo.

— Mademoiselle, aqui. Taichi pegou as almofada e Tailmon mia indicando as alianças que caíram do objeto.

—Arigato Tailmon. Taichi agradeceu e a parceira de Hikari voltou para o colo da digiescolhida. — Aqui, se faz diferença, a Mimi-Chan é pior que o FBI e mais fofoqueira que blogueira. O castanho pisca.

— Ah eu devia saber que não íamos escapar da Mimi-Chan. Takeru suspirou.

— Depois teremos tempo, vai pro seu lugar de daminho e faz a cena. Yamato arrumou a gravata e gola do irmão e entregou a almofada com a o par de aliança.


O Casamento teve início, após a entrada das madrinhas, Catherine e Takeru apareceram com duas crianças pequenas que seguravam placas escritas pelos jovens daminhos, “Segura mais um pouco, a dame está a caminho”, “Não foge não que o pai dela é bravo eih!” Os convidados riam com as placas e Adam abafa o riso, Catherine abraça o pai e finalmente a marcha nupcial toca, o pai de Natsuko conduz a filha assim como sempre foi seu sonho.

— Como a Natsuko-San tá bonita. Comentou Miyako.

— Ela está reluzente, esse vestido harmonizou tanto, seu olhar está iluminado. Sora observa.

— Ela até parece uma princesa. Hikari tirava fotos da entrada da noiva.

— É muito diferente do casamento japonês, é muito mais animado, acolhedor, ambos estão muito felizes. Ken sorri e abraça Miyako.

Catherine e Takeru abraçam seus pais e sentam em seus lugares para assistir.

Enquanto o casamento acontecia…

Japão…


O pai de Ken não escondia a preocupação, desde que viu o filho e os amigos fora do colégio, tentou ao máximo não preocupar a esposa, embora soubesse que o colégio tinha o número do trabalho e da residência da família. Ele esperava ganhar um tempo e encontrar Ken, ou mesmo Daisuke, ou Miyako, qualquer um dos digiescolhidos o levaria a Ken.

O detetive tenta seguir a lógica, adolescente quando matam aula não vão para casa e menos ainda a casa dos amigos, seguindo isso o senhor Ichijouji dirigiu até o parque de Odaiba, mas só viu crianças pequenas, universitários seguindo para os cursos, buscando pelas árvores um sinal que fosse de Wormmon, ou outro digimon.

Depois de passar o dia procurando o filho por Odaiba, finalmente ele dirigiu-se para casa. Queria acreditar que os digiescolhidos estavam salvando o digimundo novamente, mas no fundo ele sabia que nesses casos Ken avisaria.

Enquanto o detetive tentava chegar em casa a tempo para contar com calma que o filho tinha desaparecido, nesse exato momento a mãe de Ken soltava as sacolas do supermercado no chão e atende o telefone que tocava insistentemente, atendeu da forma mais formal possível e quase derrubou o telefone, tentou negar e argumentar, mas a diretora de Odaiba High School insistiu dizendo que houve testemunhas, Ken junto com mais quatro alunos fugiram da segurança e pularam os muros.

Nesse momento a chave gira na maçaneta e ela pensa que era Ken, queria cobrar uma explicação para ele fugir do colégio no dia da prova, queria saber onde ele estava, mas o que viu foi seu marido também preocupado acabando de chegar em casa, o casal se sentou no sofá e como era esperado a senhora Ichijouji acabou chorando.

— Eu queria chegar em casa antes de você descobrir, vim pensando que ele tinha chegado, o Ken precisa entender que não pode sair por aí sem nos dar uma satisfação, muito menos desafiar a autoridade do colégio fugindo no dia de prova, ele deve estar a caminho.

Não era só a família de Ken que estava preocupada com a ligação, Matarou foi quem atendeu o telefone na residência da família , todos buscavam notícias por onde podiam, ligando para membros do clube de informática, o que chegou aos ouvidos do mais velho foi que sua irmãzinha tinha pulado o muro do colégio junto com Ichijouji, Hida, Yagami e Motomiya. A pergunta que ficava, em que universo Hida Iori mataria aula? Começava a se perguntar se conhecia de fato o cunhado, ele se reuniu com as irmãs, os pais e o avô de Iori e sua mãe, ambos tão incrédulos quanto a família Inoue, queriam e torciam para ter uma explicação, o colégio queria os alunos mais cedo para dar um castigo merecido.

Enquanto o clima estava a treva no Japão, os digiescolhidos curtiam o buffet, apesar de repreender a atitude dos jovens, Natsuko não podia fazer mais nada além aproveitar seu dia.

— Então esses são os seus amigos? Perguntou Labramon se sacudindo, quando Pierre tirou a coleira de seu pescoço. — Odeio essa coisa, Reclama o digimon.

— Uie, eu to muito feliz que puderam vir. Patamon fala animado.

— Poder não podíamos, mas quando nossos parceiros metem uma ideia sem noção na cabeça ninguém é capaz de tirar. Pentelha Gomamon.

— Isso foi muita falta de responsabilidade, em contrapartida bem que precisávamos de uma folguinha. Tentomon afirma despreocupado.

— Fico muito feliz em estar em meio de tantos amigos, aqui gente, a Catherine reservou essa sala somente para nós, vamos nos servir. Floramon convida os amigos e indica as mesas.

Miyako e Ken admiravam os arranjos e se declararam, sabiam que não ficariam sem se ver por anos, pois estudavam no mesmo colégio, mas era provável que seriam castigados pelas famílias e o colégio, o que não ia dar outra senão menos tempo a dois.

Hikari, procurou um cenário lindo para tirar fotos com o namorado, ambos aproveitavam o ritmo da música para declarações ao pé do ouvido.

— Hikari-Chan parece que o guarda tá aposto. Sussurrou Daisuke.

— Então vamos dar uma coisa pra ele ver. Pisca a castanha puxando a gravata do ruivo o beijando.

Yamato apoia o braço no ombro de Taichi o assustando.

— Tá andando na sombra, não aparece assim do nada. Reclama Taichi.

— O nenê não é mais nenê não é? Provocou o loiro.

— O que deu nela? Perguntou Taichi.

— Cresceu! Respondeu Yamato pegando duas bebidas da bandeja.

— Eu to vendo, mas…

— Mas o cão de guarda não vai largar o osso. Zomba Yamato.

— O sujo falando do mal lavado.

— Nesse caso você ta na lama sozinho cara, eu já desisti, eu to é orgulhoso do meu irmão, ele ta menos dependente, mais liberto da barra da saia da mamãe e já está construindo uma relação com uma mulher, ta que não abre o jogo, mas motivo ele deve ter, vou esperar e ver o que acontece, só dei uns sábios conselhos de irmão mais velho.

— Onde ta a sabedoria em “Coça o saco”? Perguntou o castanho, rindo.

— Pela gente esses dois continuariam crianças, mas não paramos o tempo, a Hikari cresceu e vai continuar evoluindo assim como o Takeru e todos os outros.

— Não quero parar o processo de evolução, só que é minha imouto, desde que a vi na barriga eu já dizia que ia protegê-la de tudo.

— Seu trabalho diminuiu Taichi, se ela precisar ela te chama pra ajudar, nem que seja pra trocar as fraldas, mas te chama.

— O que está se passando meninos? Perguntou o avô dos meninos.

— Só, a besta, do seu neto que tirou a noite pra me encher a paciência.

— Cadê a Sora? Pergunta Yamato.

— Matando as saudades da turma, quando que essa turma aprendeu a fugir da escola?

— Você não tá moendo isso certo? E sim o fato do cavalheiro estar beijando a mademoiselle.

— Vamos Taichi, vai procurar a Sora, se diverte, pois semana que vem vamos sair da mansão e voltar para os nossos lugares, aproveita, sua irmã te deu o toco, ta se divertindo como se essa fosse a última festa, e será, se conheço nosso antigo colégio vai demorar pra anjinha pôr os pés em outra festa, deixa ela curtir. Yamato aconselho e o castanho dá a última olhada na irmã que dançava a agita música.

— Fico muito feliz que pode abrir um espaço na sua agenda e veio para o casamento. O avô de Yamato o abraça. — Dá última vez que te vi, ainda te colocava no colo.

— Precisava de um tempo vovô, a vida no Japão nos consome, isso e… Bom eu tava com raiva dessa mudança mesmo, mas eu estou tranquilo, ver meus pais e meu irmão feliz pra mim já é o bastante. Yamato desabafa.

— Pensava que estava era com raiva do seu avô. A afirmação fez o coração de Yamato bater mais acelerado. “Será que eu dei na cara”?

— O que foi Yama-Kun? Mimi o cutucou.

— Nada, tá se divertindo? Perguntou Yamato.

— Iria mais se meu namorado não me largasse solta por aí. Pentelha Mimi.

— Vem cá se eu fico levo fama de grudento, se eu saio levo fama de desleixado…

Mimi o beija deixando Yamato corado e o vovô Michael sorriu feliz pelo neto.

— Eu te amo tanto Mimi-Chan. Yamato puxou o rosto da sincera e beijou os lábios.

Sora encontrou Taichi atrás da pilastra observando Hikari que dançava com Miyako e Catherine, durante a dança Daisuke tirou fotos das meninas.

— Então foi aqui que se meteu, Taichi, eu estive a uns minutos com sua irmã, ela tá ótima e está apenas se divertindo, está bem ciente que terá represálias em cima do feito histórico, vai baixar a guarda ou prefere passar o resto da noite sozinho de vigia?

— Você sabe ser dura quando tem que ser não é ruiva? Tá bom, suminasen, eu tava com saudades… Taichi beija o pescoço de Sora sobe até os lábios.

— E eu de você, se isso te tranquiliza eu também quis dar bronca, mas eles vieram cientes que fizeram coisa errada e já estão preparados pra levar todos os castigos que vão ser aplicados, mas esses não viram de nós, porque não vamos…

Taichi a beijou.

— Eu queria ir para o hotel tirar esse seu vestido, ficar só nós dois. Declara Taichi.

— Seu tarado, você ta bebendo? Pergunta Sora.

— Somos legalmente de maior então, aceita? Taichi ofereceu uma taça de champanhe para Sora.

—Uma, e só uma Yagami. Adverte Sora.