Alec se escondeu atrás de uma loja de lingerie, tentando não ser visto. Claro, talvez se esconder perto de uma loja feminina não fosse uma boa ideia...

Magnus virou o rosto na direção em que, segundos atrás, o caçador de sombras o espiava, franzindo o cenho. Ele tinha a ligeira sensação de estar sendo observado. Dando de ombros e decidindo que estava apenas nervoso, ele olhou ao redor novamente e foi em direção ao loft.

Alec, agachado com as costas contra a parede da loja, suspirou aliviado, sentindo o suor frio gelando sua pele. Foi por pouco! Levantou e checou se Magnus tinha realmente entrado. Depois, afastou-se da loja. Era agora ou nunca.

Deu um passo em direção ao loft quando seu celular apitou. Tirando-o do bolso traseiro da calça, ele encarou a mensagem recebida, embasbacado.

Magnus: Preciso falar com você. Venha até o loft.

Guardando o celular no bolso e respirando fundo, foi o mais silenciosamente possível, surpreendendo-se ao perceber a porta aberta. Magnus nunca fora tão descuidado.

Entrou cautelosamente, franzindo o cenho ao se deparar com o ambiente totalmente escuro.

E então...

– SURPRESA!

Alec arregalou os olhos, piscando diante da repentina claridade e da cena que tinha diante de si. Clary, Simon, Izzy, Jace, Magnus, Maia, Luke, Jocelyn, Jordan, Catarina, Presidente Miau e alguns outros que ele não conhecia, todos com chapéus pontudos de aniversário, diante de uma mesa com toalha de renda branca com um bolo azul e enooorme – e ele podia jurar, cheio de glitter –, em cima.

– Mas o quê...

– Feliz aniversário, Alexander – murmurou Magnus com um sorriso charmoso, se aproximando e lhe selando os lábios com os seus. – O.k, agora você já pode tirar essa expressão de horror do rosto e ficar feliz pela super surpresa que eu te fiz.

– Mas você... – começou Alec, ainda em choque.

– Alguém deveria pará-lo – comentou Izzy, sem o mínimo de vontade de ser ela a fazê-lo.

– Você está certa. Alguém deveria pará-lo – concordou Jace, também sem se mover.

– MAS VOCÊ TERMINOU COMIGO! – gritou Alec finalmente, completamente chocado.

– Ihhh, já era – sussurrou Simon.

– O QUÊ? – Agora quem estava chocado era Magnus.

– Você me deixou aquele bilhete, dizendo que era pra eu deixar as minhas chaves!

O feiticeiro o encarou ainda por um tempo, calado, antes de dobrar-se de tanto rir, sendo acompanhado por alguns outros convidados.

O caçador de sombras franziu o cenho, parecendo revoltado.

– Do que estão rindo?

Magnus pareceu se recuperar.

– Seu bobo, eu decidi trocar as fechaduras! Por isso pedi suas cópias das chaves. – Enfiando a mão no bolso da calça apertada, ele tirou um molho de chaves. – Essas são as cópias que eu pretendia te dar das novas fechaduras.

Alec sentiu as bochechas esquentarem. Se um demônio tentasse matá-lo agora ele nem tentaria se defender.

– Foi por isso que você levou suas coisas? – indagou Magnus, ficando totalmente sério agora.

– Sim. – Ele fez uma careta. – Desculpe.

Magnus revirou os olhos.

– Não precisa se desculpar. Mas, sim, você foi precipitado. Deveria ter me esperado, para que pudéssemos conversar. – Ele aproximou-se mais, enlaçando sua cintura e pousando o queixo em seu ombro, continuando em um sussurro: – Eu nunca vou deixá-lo, entenda isso, seu grandessíssimo estúpido.

Alec abriu a boca para responder, mas foi interrompido por Jace, que levantou o braço bem alto, como se tentasse alcançar o teto.

O feiticeiro suspirou.

– O que foi Jace?

– Eu tenho uma dúvida... Quem de vocês é o passivo?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.