Thiago Narrando

Tinham-me jogado ao lado da Ana, como se quisessem que ficássemos juntos uma ultima vez. Não queria tirar meus olhos dos dela, mas depois do que aquela vampira falou, quero poder tirá-la daqui, salva-la dessa confusão, queria tirar todos nós daquele lugar.

Foi quando a Jessica chegou mais perto de e mim enquanto seus amigos pegavam a Nina e o Diogo segurando-os pelo pescoço com força o suficiente para eles começarem a perder o ar.

– Vou deixá-lo mais um pouquinho ao lado dela, porque depois não vai mais ter essa sensação de...- Ela não precisou terminar a frase, sabia o que ela queria falar e ela ja estava rindo.

Ana começou a desviar o olhar e respirar fundo, depois quando me olhou novamente era como se estivesse decidindo o que fazer, como fazer um plano para que pudéssemos fugir, mas com medo do que teria que fazer.

A vampira me pegou e me levantou e me jogou no chão estendido, ela era muito forte. Ela se aproximou até meu ouvido e disse: “Agora é à hora do show baby!" Ela olhou para a Ana com certo nojo e adicionou novamente cochichando "Você que decide: quer morrer primeiro ou ver sua namoradinha morrer? Você quem escolhe! De qualquer forma os dois vão morrer!”

– Nunca! Por favor, me mata, mas não faz nada com a Ana e nem com os outros! Eles são tudo para mim! Por favor!

–Para de implorar gato, odeio homens que ficam tentando se fazer de heroi na ultima hora!

Olhei para a minha irmã que estava de olho fechado e tremendo muito com medo, o Diogo não parava de olhá-la e para a Ana que ainda olhava para mim, decidindo, como se ela soubesse um jeito de escapar de tudo isso e não quisesse fazê-lo.

Olhei para a ela apoiando na sua decisão, seja ela qual for, então ela abaixou a cabeça por mais um tempo e olhou para mim decidida.

Ela abaixou a cabeça novamente e começou a mumurrar alguma coisa. Parecia estar bem concentrada, pois nada fazia ela levantar a cabeça. Deve ser impressão minha,mas comecei a senti uma brisa bem calma pasando por nos.

A vampira que estava me segurando me soltou como se estivesse assustada com alguma coisa, olhei para a Nina e para o Diogo e os vampiros que seguravam eles também os soltaram.

–Demétrio essa sanguinem venenato¹ esta fazendo alguma coisa.

Demétrio se aproximou de onde estavamos e sentiu o cheiro do ar perto dela.

–Pare sua...

Ele parou no meio da frase e os vampiros começaram a gritar como se estivessem com dor e, do nada eles começaram a pegar fogo como se tivessem acendido varias fogueiras.

Como aquilo tinha acontecido?

Olhei para a Ana e ela ainda estava no chão e olhando em volta comose procurasse alguem que estava faltando, ela respirava muito profundamente, pareciaque tinha corrido uma maratona. Fui até aonde colocaram nossas facas e soltei a Ana e a ajudei a levantar puxando-a e abraçando-a com força.

– O que aconteceu Ana? O que você fez? Como você fez?

Minha irmã, que estava com o Diogo se levantou e veio para o nosso lado.

– Nossa que estranho! Do nada eles pegaram fogo!

Larguei a Ana e o Diogo foi abraça-la e eu fui até minha irmã.

– Estranho mesmo!- Disse e olhei para a Ana.

– Concordo!- Ela olhou para mim com uma cara de cala a boca se não te mato.

Nina me soltou e pulou em cima da Ana, quase esmagando ela. Nina se afastou e foi falar com o Diogo novamente e eu aproveitei para falar com a Ana.

– Da para me contar o que aconteceu?

Ela fez que não com a cabeça sutilmente, querendo esconder alguma coisa.

Escutamos um choro, quando olhamos era de um casal. Eles estavam em um canto, ajoelhados e abraçados.

– Vocês são aquele casal desaparecido?!- Nina estava surpresa.

Mas quem estava surpresa mesmo era a Ana.

–Como vocês ainda estão vivos?

– Não fizemos nada de errado, eu juro! Por favor, não nos mate!

–Como vamos saber?- Diogo olhou para a Ana.

Ana estava se acalmando e olhava para o casal como se estivesse lendo os pensamentos deles.

– Olhe para eles! Se eles tivessem feito algo já teriam morrido ccom os outros, mas eles estão abraçados e... Vivos.

– E como vamos saber que eles não mataram ninguém Ana?

Quem respondeu dessa vez foi o Sandro.

– Não matamos ninguém! Ainda não sabemos com o que sobreviver alem de sangue humano, mas não somos assassinos.

Ana continuou os encarando.

–Acredito neles!

Todos nos viramos para a Ana.

–Como Ana?

–Acreditando Nina! Olhe para eles, estão muito pálidos, para um vampiro ficar assim tem que ficar dias sem se alimentar ou até semanas!

–Eu não acredito e nem confio na palavra deles!

Ana respirou pesadamente e começou fuzilar a Nina.

– Por favor, acredita na gente! Só queremos descobrir uma maneira de voltar para nossas casas! Meus pais devem estar loucos atrás de mim, sai para ir na casa da minha amiga e não voltei mais...

–Eu confio na Ana! O que ela diz fazia muito sentido e ela sempre esta certa, então por que não confiar?

–Estou com o Thiago! A Ana sempre esta certa no que fala e, Nina pense bem, se eles são tão ruins e estao comssede por que não nos atacaram ainda?

–Ainda não nos atacaram porque a Ana esta protegendo eles! Eu não confio na palavra deles!- Nina sempre foi muito teimosa.

Ana suspirou.

–Com você acreditando neles ou não eu vou ajudá-los!- Ela se virou para eles- Tem uma maneira de vocês voltarem para suas casas...

–Eu sei que essa pergunta é meio idiota, mas nos não podemos sair de dia se não vamos queimar? Igual nos filmes, estilo Blade, O Caçador de Vampiros?- Elaine perguntou meio hesitante.

Ana deu risada.

– Claro que não, isso é só um mito. É mais cansativo para vocês andar de dia pelo fato do organismo devocês estar acostumado com a noite e vai parecer que jogaram agua fervendo em vocês. Mas como ia falando, vocês podem voltar para casa, podem se alimentar de comida só por uns dois meses, depois é melhor vocês irem morar juntos e não facarem perto deles.

–Como nós nos alimentamos sem sangue humano?- Sandro perguntou sem hesitar, diferente da namorada ele não parecia estar com medo da Ana.

– Alguns vampiros param de se alimentar de sangue humano e usam sangue animal sangue animal, acho que não tem o mesmo sabor, mas deve ser igual para se alimentar, ou senão podempegar bolsas de sangue em alguns hospitais.

Elaine se aproximou da Ana, quis me colocar entre as duas para a vampira não encostar na Ana. Ela pegou a mão da Ana com carinho.

– Isso é sério? Podemos voltar para casa?

– Como ja disse, não por muito tempo, pois são cada vez mais perigosos e vocês envelhecem bem mais devagar, um ano a cada 2 séculos.

Ela abraçou a Ana que retribuiu.

– Obrigada! Você é uma bem diferente das historias queeles nos contavam da sua especie.

Ana olhou para gente assustada.

– Vai logo antes que eu e os meus amigos mudemos de ideia e não se esqueçam, vocês sabem o que eu sou, se vocês sairem da linha eu mesma caço vocês!

Elaine e Sandro saíram da casa.

Todos olhavam para Ana boquiabertos. Ela olhou para trás e deu mais um suspiro.

–Sem perguntas! Vamos embora? Essa casa já esta me dando nos nervos!

Comcordamos com ela e saimos daquela casa, olhei no relogio era quase sete horas da manha.


1-Sangue envenenado