Vejamos, nesta aula serão vistos mais alguns tópicos sobre o uso da vírgula, acreditamos que essa seja a última aula sobre a vírgula e assim poderemos partir para uma nova missão. Sem mais delongas, vamos lá!
Caminho do ninja amador. Missão 02. Meta 02: |
Dominar a vírgula (final) |
Usaremos a vírgula para:
separar orações intercaladas |
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Relembrando: oração é uma construção gramatical que se organiza ao redor de um verbo.
Exemplo:
O importante, insistiam os Cavaleiros de Ouro, era a segurança do Santuário. |
Basicamente é isto, ou seja, identificamos os verbos para saber quantas orações existem no período e depois, devemos separá-las, intercalando-as, usando a vírgula.
Vamos também utilizar a vírgula:
para separar orações coordenadas assindéticas |
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Por exemplo:
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém. |
OBSERVAÇÃO: o verbo para não recebe mais o acento agudo depois da reforma ortográfica.
Até aqui, dúvidas? Não? Continuando...
para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas |
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Aqui as orações são coordenadas sindéticas e precisam de conjunções ligando-as. Dependendo da conjunção, a oração será classificada em adversativa, conclusiva, explicativa, alternativa ou aditiva, mas nos foquemos nos quatro primeiros tipos.
Exemplos:
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. (adversativa) |
Vá devagar, que o caminho é perigoso. (explicativa) |
Estuda muito, pois será recompensado. (conclusiva) |
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música. (alternativa) |
Embora a conjunção e seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de sua ocorrência: 1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Por exemplo: Goku comeu todo o arroz, e ChiChi protestou. Neste caso, Goku é sujeito de comeu, e ChiChi é sujeito de protestou. 2) Quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Por exemplo: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 3) Quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência, etc...). Por exemplo: Coitado! Treinou muito, e ainda assim não venceu o torneio. |
para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais, sobretudo quando vêm antes da principal |
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Por exemplo:
Quem tentou matar Saori, todos queriam descobrir. |
Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova. |
E, por fim, utilizaremos a vírgula:
para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas |
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Esse tópico foi bastante pedido e comentado, aqui está a explicação:
Observe a diferença entre a oração subordinada adjetiva restritiva e a explicativa:
O homem que fuma vive menos. |
Agora observe o mesmo exemplo com vírgula:
O homem, que fuma, vive menos. |
Aqui a oração é explicativa, a significação não se restringe só ao homem que fuma, mas a todos da espécie. Claro que nem todos os homens fumam, foi apenas um exemplo estranho.
O que deve ser observado é que a oração subordinada adjetiva explicativa não restringe informações, mas, sim, acrescenta uma característica própria de quem ou do que se diz. No texto escrito, é obrigatoriamente separada da principal por sinal de pontuação.
Por exemplo:
A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo. |
Aqui fica bem fácil de observar o que foi explicado acima, no exemplo, a característica da professora é explicada, usando-se vírgula no período.
-separar orações intercaladas: | O importante, insistiam os Cavaleiros de Ouro, era a segurança do Santuário. |
-para separar orações coordenadas assindéticas: | O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém. |
-para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas: | Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. (adversativa) Vá devagar, que o caminho é perigoso. (explicativa) Estuda muito, pois será recompensado. (conclusiva) As pessoas ora dançavam, ora ouviam música. (alternativa) |
- diante da conjunção e: | 1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Goku comeu todo o arroz, e ChiChi protestou. 2) Quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 3) Quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência, por exemplo). Coitado! Treinou muito, e ainda assim não foi venceu o torneio. |
-para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais, sobretudo quando vêm antes da principal: | Quem tentou matar Saori, todos queriam descobrir. |
-para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas: | A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo. |